sábado, 29 de maio de 2010

LUCAS (O Evangelho Segundo) – CAPÍTULO 4 – VERSÍCULOS 3 e 4 (Programa de 30 Maio e 02 Junho/2010)

3 Disse-lhe, então, o diabo: “Se és Filho de Deus, manda que esta pedra se transforme em pão”. 4 Replicou-lhe Jesus: “Está escrito: [ Não só de pão viverá o homem ]”.

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 Interpretação Profunda (esotérica) - no caso uso que estamos empregando ao termo - nada tem a ver com hermetismo, ocultismo, mas sim com a possibilidade de aprofundar uma doutrina com novos conhecimentos, no caso, com as chaves oferecidas pela Doutrina Espírita para a compreensão das parábolas e ensinos de Jesus à luz das Leis Divinas.

Segundo o insigne professor Carlos Torres Pastorino, em sua coleção “Sabedoria do Evangelho”, a primeira tentação guarda como simbolismo a vida do espírito imortal, em sua trajetória evolutiva, nas encarnações sucessivas ou reencarnações, o qual precisa confrontar – na aridez do deserto da existência num planeta de expiações e de provas – com três grandes “tentações”:

I - de EGOÍSMO - transformar as pedras em pães, para saciar a própria fome. Trata-se do desejo animal de satisfazer à fome, isto é, aos apetites egoístas dos instintos inferiores. A resposta de Jesus, extraída de Deuteronômio 8:3, faz-nos compreender que a alimentação espiritual da tríade superior também pode saciar essas fomes.

 Livro “O CONSOLADOR”

Emmanuel, psicografia de Francisco Cândido Xavier

PERGUNTA 68
68 - Como conceituar o estado de espírito do homem moderno, que tanto se preocupa com o “estar bem na vida”, “ganhar bem” e “trabalhar para enriquecer”?

-Esse propósito do homem viciado, dos tempos atuais. Constitui forte expressão de ignorância dos valores espirituais na Terra, onde se verifica a inversão de quase todas as conquistas morais.
Foi esse excesso de inquietação, no mais desenfreado egoísmo, que provocou a crise moral do mundo, em cujos espetáculos sinistros podemos reconhecer que o homem físico, da radiotelefonia e do transatlântico, necessita de mais verdade que dinheiro, de mais luz que de pão.

 Livro "O ESPÍRITO DA VERDADE"

Espíritos Diversos, psicografia de Francisco Cândido Xavier

Capítulo “Prece do pão”
(estudando O Evangelho Segundo o Espiritismo, Cap. XIII – Item 7)
Senhor!

Entre aqueles que te pedem proteção, estou eu também, servo humilde a quem mandaste extinguir o flagelo da fome.

Partilhando o movimento daqueles que te servem, fiz hoje igualmente o meu giro.

Vi-me freqüentemente detido, em lares faustosos, cooperando nas alegrias da mesa farta, mas vi pobres mulheres que me estendiam, debalde, as mãos!...

Vi crianças esquálidas que me olhavam ansiosas, como se estivessem fitando um tesouro perdido.

Encontrei homens tristes, transpirando suor, que me contemplavam agoniados, rogando em silêncio para que lhes socorresse os filhinhos largados ao extremo infortúnio...

Escutei doentes que não precisavam tanto de remédio, mas de mim, para que pudessem atender ao estômago torturado!...

Vi a penúria cansada de pranto e reparei, em muitos corações desvalidos, mudo desespero por minha causa.

Entretanto, Senhor, quase sempre estou encarcerado por aquelas mesmas criaturas que te dizem honrar.

Falam em teu nome, confortadas e distraídas na moldura do supérfluo, esquecendo que caminhaste no mundo, sem reter uma pedra em que repousar a cabeça.

Elogiam-te a bondade e exaltam-te a glória, sem perceberem junto delas, seus próprios irmãos fatigados e desnutridos.

E, muitas vezes, depois de formosas dissertações em torno de teus ensinos, aprisionam-me em gavetas e armários, quando não me trancam sob a tela colorida de vitrines custosas ou no recinto escuro dos armazéns.

Ensina-lhes, Senhor, nas lições da caridade, a dividir-me por amor, para que eu não seja motivo à delinqüência.

E, se possível, multiplica-me, por misericórdia, outra vez, a fim de que eu possa aliviar todos os famintos da Terra, porque um dia, Senhor, quando ensinavas o homem a orar, incluíste-me entre as necessidades mais justas da vida, suplicando também a Deus:

– “O pão nosso de cada dia dai-nos hoje.”

MEIMEI

 Livro “FONTE VIVA”

Emmanuel, psicografia de Francisco Cândido Xavier

Capítulo “NÃO SOMENTE”

Nem só de pão vive o homem. - Jesus. (MATEUS. 4:4).

Não somente agasalho que proteja o corpo, mas também o refúgio de conhecimentos superiores que fortaleçam a alma.

Não só a beleza da máscara fisionômica, mas igualmente a formosura e nobreza dos sentimentos.

Não apenas a eugenia que aprimora os músculos, mas também a educação que aperfeiçoa as maneiras.

Não somente a cirurgia que extirpa o defeito orgânico, mas igualmente o esforço próprio que anula o defeito íntimo.

Não só o domicílio confortável para a vida física, mas também a casa invisível dos princípios edificantes em que o espírito se faça útil, estimado e respeitável.

Não apenas os títulos honrosos que ilustram a personalidade transitória, mas igualmente as virtudes comprovadas, na luta objetiva, que enriqueçam a consciência eterna.

Não somente claridade para os olhos mortais, mas também luz divina para o entendimento imperecível.

Não só aspecto agradável, mas igualmente utilidade viva.

Não apenas flores, mas também frutos.

Não somente ensino continuado, mas igualmente demonstração ativa.

Não só teoria excelente, mas também prática santificante.

Não apenas nós, mas igualmente os outros.

Disse o Mestre: - "Nem só de pão vive o homem".

Apliquemos o sublime conceito ao imenso campo do mundo.

Bom gosto, harmonia e dignidade na vida exterior constituem dever, mas não nos esqueçamos da pureza, da elevação e dos recursos sublimes da vida interior, com que nos dirigimos para a Eternidade.

EMMANUEL

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