sábado, 26 de junho de 2010

LUCAS (O Evangelho Segundo) – CAPÍTULO 4 – SEGUNDA TENTAÇÃO (Programa de 27 e 30 Junho/2010)

LUCAS (O EVANGELHO SEGUNDO), CAPÍTULO 4 : A SEGUNDA TENTAÇÃO

NESSE PROGRAMA DE RÁDIO FORAM ABORDADOS OS SEGUINTES TÓPICOS:

5 o diabo, levando-o para mais alto, mostrou-lhe num instante todos os reinos da terra. 6 e Disse-lhe: Eu te Darei todo este poder com a glória destes reinos, porque ela me foi entregue, e eu a dou a quem eu quiser. 7 Por isso, se te prostrares diante de mim, toda ela será tua. 8 Replicou-lhe Jesus: “Está escrito: adorarás ao Senhor teu Deus, e só a ele prestarás culto.



OUÇA NOVAMENTE O ÁUDIO DO PROGRAMA


 Na alegoria da segunda tentação, compreendendo tratar-se de linguagem figurada (recomendo rever em “A GÊNESE”, o Cap. III, itens 1, 2 e 3, Origens do Bem e do Mal; e o Cap. XV, itens 52 e 53, Tentação no Deserto), Jesus teria sido transportado para o alto de uma das montanhas do Deserto da Judeia, de onde o “inimigo” teria lhe apresentado a divisão dos reinos da Terra, conquanto, todos os reinos já pertencessem a Jesus: Deus delegou para Jesus a condução da evolução intelecto-moral do planeta Terra, desde antes da gênese desse mundo, portanto, não haveria lógica em oferecer algo que Jesus já possuísse, corroborando com a assertiva de referir-se apenas a uma parábola.

 Anelando o entendimento do significado da alegoria da parábola da segunda tentação no deserto, poder-se-ia dizer que a missão de Jesus encontraria uma divisão sócio-política extremamente complexa no mundo, intensamente dominado pelos políticos, realezas, hostes e demais poderes temporais.


 E a hegemonia – militar, judicial, cultural, tributária e política - da época vivida por Jesus cabia ao Império Romano.



 Jesus não fora tentado por nenhum “inimigo”, no entanto, o desafio da missão de Jesus teria sido não fazer alianças, ou parcerias, com os poderes do mundo, com o fito de abrir os caminhos para o Seu ministério. E Jesus, de forma indelével, ensina a humanidade não ser necessário estabelecer sociedades com os poderes mundanos para a difusão do Evangelho, ou para agregar adeptos para A Causa.


 Ajoelhar-se perante o diabo traz como simbolismo fazer concessões políticas, estabelecer negociações e acordos com os poderes temporais para lograr êxito na divulgação da Boa Nova.


 Mais uma exegese aponta para a condição de Jesus, enquanto O Messias, em não usar seu poder para libertar o povo de Israel, contrariando a expectativa da Nação Hebréia, a qual depositava no “Ungido” a promessa de restabelecer a soberania de Israel. Indubitável, Ele teria condições de usar sua vontade vigorosa para construir um sistema político que acabasse não só com as dominações sobre os israelitas, conquistando a liderança territorial, como também com as dominações nas demais nações subjugadas. Nada obstante, para as transformações políticas e sociais que as civilizações careciam, no tempo certo, Jesus enviaria emissários e missionários, que ao longo dos séculos promoveriam a reconstrução sócio-político-econômica no planeta. Porquanto, Seu ministério não teria espaço para alianças políticas com reinos e soberanos.


 Poder-se-ia, igualmente, fazer um paralelo com a tentação dos cristãos, e das religiões cristãs: a perdição para as religiões cristãs está em ceder à tentação de fazer acordo com os poderes políticos do mundo. Jesus não aceitou os reinos do mundo, porque os interesses do Reino de Deus seriam edificados no espírito imortal, concretizando A Vontade de Deus para Seus filhos. As religiões cristãs devem estar vigilantes contra as tentações de estabelecer ligações políticas param lograrem seus próprios negócios, ainda que – supostamente – sejam de angariar vantagens para a evangelização. Modernamente, a tentação para as religiões cristãs seria ingressar nos círculos da política com o intuito de garantir os interesses de suas denominações, e de suas igrejas. Esse tentamento deve ser tratado como no-lo ensinou o Mestre Amorável: não se ajoelhar perante a política, a fim de não misturar o trabalho político com o trabalho do cristianismo.


 O Evangelho é independente. Obedece às leis da terra, mas não faz conluio, ou participa oficialmente, com o Poder, sob qualquer pretexto. Como triste exemplo a ser recordado, vejamos a corrupção dos verdadeiros interesses do Evangelho, ao longo da história do cristianismo, todas as vezes que a idéia de que “os fins justificariam os meios” foi usada por divisa das religiões cristãs.


 Devemos evangelizar a política, e os políticos, sem nunca permitir a politização da religião evangélica, seja ela espírita, protestante, pentecostal ou católica romana.


 Seria lícito questionar: existe uma diretriz para as Instituições Cristãs no que diz respeito às atividades políticas? Recomendamos o estudo do Livro “Conduta Espírita”, ditado por André Luiz a Francisco Cândido Xavier, na pág. 46, capítulo “Nos Embates Políticos”. No próximo programa conversaremos sobre essa mensagem.


 Jesus prossiga nos abençoando com a Sua caridade!


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