sábado, 26 de junho de 2010

LUCAS (O Evangelho Segundo) – CAPÍTULO 4 – SEGUNDA TENTAÇÃO (Programa de 27 e 30 Junho/2010)

LUCAS (O EVANGELHO SEGUNDO), CAPÍTULO 4 : A SEGUNDA TENTAÇÃO

NESSE PROGRAMA DE RÁDIO FORAM ABORDADOS OS SEGUINTES TÓPICOS:

5 o diabo, levando-o para mais alto, mostrou-lhe num instante todos os reinos da terra. 6 e Disse-lhe: Eu te Darei todo este poder com a glória destes reinos, porque ela me foi entregue, e eu a dou a quem eu quiser. 7 Por isso, se te prostrares diante de mim, toda ela será tua. 8 Replicou-lhe Jesus: “Está escrito: adorarás ao Senhor teu Deus, e só a ele prestarás culto.



OUÇA NOVAMENTE O ÁUDIO DO PROGRAMA


 Na alegoria da segunda tentação, compreendendo tratar-se de linguagem figurada (recomendo rever em “A GÊNESE”, o Cap. III, itens 1, 2 e 3, Origens do Bem e do Mal; e o Cap. XV, itens 52 e 53, Tentação no Deserto), Jesus teria sido transportado para o alto de uma das montanhas do Deserto da Judeia, de onde o “inimigo” teria lhe apresentado a divisão dos reinos da Terra, conquanto, todos os reinos já pertencessem a Jesus: Deus delegou para Jesus a condução da evolução intelecto-moral do planeta Terra, desde antes da gênese desse mundo, portanto, não haveria lógica em oferecer algo que Jesus já possuísse, corroborando com a assertiva de referir-se apenas a uma parábola.

 Anelando o entendimento do significado da alegoria da parábola da segunda tentação no deserto, poder-se-ia dizer que a missão de Jesus encontraria uma divisão sócio-política extremamente complexa no mundo, intensamente dominado pelos políticos, realezas, hostes e demais poderes temporais.


 E a hegemonia – militar, judicial, cultural, tributária e política - da época vivida por Jesus cabia ao Império Romano.



 Jesus não fora tentado por nenhum “inimigo”, no entanto, o desafio da missão de Jesus teria sido não fazer alianças, ou parcerias, com os poderes do mundo, com o fito de abrir os caminhos para o Seu ministério. E Jesus, de forma indelével, ensina a humanidade não ser necessário estabelecer sociedades com os poderes mundanos para a difusão do Evangelho, ou para agregar adeptos para A Causa.


 Ajoelhar-se perante o diabo traz como simbolismo fazer concessões políticas, estabelecer negociações e acordos com os poderes temporais para lograr êxito na divulgação da Boa Nova.


 Mais uma exegese aponta para a condição de Jesus, enquanto O Messias, em não usar seu poder para libertar o povo de Israel, contrariando a expectativa da Nação Hebréia, a qual depositava no “Ungido” a promessa de restabelecer a soberania de Israel. Indubitável, Ele teria condições de usar sua vontade vigorosa para construir um sistema político que acabasse não só com as dominações sobre os israelitas, conquistando a liderança territorial, como também com as dominações nas demais nações subjugadas. Nada obstante, para as transformações políticas e sociais que as civilizações careciam, no tempo certo, Jesus enviaria emissários e missionários, que ao longo dos séculos promoveriam a reconstrução sócio-político-econômica no planeta. Porquanto, Seu ministério não teria espaço para alianças políticas com reinos e soberanos.


 Poder-se-ia, igualmente, fazer um paralelo com a tentação dos cristãos, e das religiões cristãs: a perdição para as religiões cristãs está em ceder à tentação de fazer acordo com os poderes políticos do mundo. Jesus não aceitou os reinos do mundo, porque os interesses do Reino de Deus seriam edificados no espírito imortal, concretizando A Vontade de Deus para Seus filhos. As religiões cristãs devem estar vigilantes contra as tentações de estabelecer ligações políticas param lograrem seus próprios negócios, ainda que – supostamente – sejam de angariar vantagens para a evangelização. Modernamente, a tentação para as religiões cristãs seria ingressar nos círculos da política com o intuito de garantir os interesses de suas denominações, e de suas igrejas. Esse tentamento deve ser tratado como no-lo ensinou o Mestre Amorável: não se ajoelhar perante a política, a fim de não misturar o trabalho político com o trabalho do cristianismo.


 O Evangelho é independente. Obedece às leis da terra, mas não faz conluio, ou participa oficialmente, com o Poder, sob qualquer pretexto. Como triste exemplo a ser recordado, vejamos a corrupção dos verdadeiros interesses do Evangelho, ao longo da história do cristianismo, todas as vezes que a idéia de que “os fins justificariam os meios” foi usada por divisa das religiões cristãs.


 Devemos evangelizar a política, e os políticos, sem nunca permitir a politização da religião evangélica, seja ela espírita, protestante, pentecostal ou católica romana.


 Seria lícito questionar: existe uma diretriz para as Instituições Cristãs no que diz respeito às atividades políticas? Recomendamos o estudo do Livro “Conduta Espírita”, ditado por André Luiz a Francisco Cândido Xavier, na pág. 46, capítulo “Nos Embates Políticos”. No próximo programa conversaremos sobre essa mensagem.


 Jesus prossiga nos abençoando com a Sua caridade!


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LUCAS (O Evangelho Segundo) – CAPÍTULO 4 – SEGUNDA TENTAÇÃO (Programa de 27 e 30 Junho/2010)

LUCAS (O EVANGELHO SEGUNDO), CAPÍTULO 4 : A SEGUNDA TENTAÇÃO

NESSE PROGRAMA DE RÁDIO FORAM ABORDADOS OS SEGUINTES TÓPICOS:

5 o diabo, levando-o para mais alto, mostrou-lhe num instante todos os reinos da terra. 6 e Disse-lhe: Eu te Darei todo este poder com a glória destes reinos, porque ela me foi entregue, e eu a dou a quem eu quiser. 7 Por isso, se te prostrares diante de mim, toda ela será tua. 8 Replicou-lhe Jesus: “Está escrito: adorarás ao Senhor teu Deus, e só a ele prestarás culto.



OUÇA NOVAMENTE O ÁUDIO DO PROGRAMA


 Na alegoria da segunda tentação, compreendendo tratar-se de linguagem figurada (recomendo rever em “A GÊNESE”, o Cap. III, itens 1, 2 e 3, Origens do Bem e do Mal; e o Cap. XV, itens 52 e 53, Tentação no Deserto), Jesus teria sido transportado para o alto de uma das montanhas do Deserto da Judeia, de onde o “inimigo” teria lhe apresentado a divisão dos reinos da Terra, conquanto, todos os reinos já pertencessem a Jesus: Deus delegou para Jesus a condução da evolução intelecto-moral do planeta Terra, desde antes da gênese desse mundo, portanto, não haveria lógica em oferecer algo que Jesus já possuísse, corroborando com a assertiva de referir-se apenas a uma parábola.

 Anelando o entendimento do significado da alegoria da parábola da segunda tentação no deserto, poder-se-ia dizer que a missão de Jesus encontraria uma divisão sócio-política extremamente complexa no mundo, intensamente dominado pelos políticos, realezas, hostes e demais poderes temporais.


 E a hegemonia – militar, judicial, cultural, tributária e política - da época vivida por Jesus cabia ao Império Romano.



 Jesus não fora tentado por nenhum “inimigo”, no entanto, o desafio da missão de Jesus teria sido não fazer alianças, ou parcerias, com os poderes do mundo, com o fito de abrir os caminhos para o Seu ministério. E Jesus, de forma indelével, ensina a humanidade não ser necessário estabelecer sociedades com os poderes mundanos para a difusão do Evangelho, ou para agregar adeptos para A Causa.


 Ajoelhar-se perante o diabo traz como simbolismo fazer concessões políticas, estabelecer negociações e acordos com os poderes temporais para lograr êxito na divulgação da Boa Nova.


 Mais uma exegese aponta para a condição de Jesus, enquanto O Messias, em não usar seu poder para libertar o povo de Israel, contrariando a expectativa da Nação Hebréia, a qual depositava no “Ungido” a promessa de restabelecer a soberania de Israel. Indubitável, Ele teria condições de usar sua vontade vigorosa para construir um sistema político que acabasse não só com as dominações sobre os israelitas, conquistando a liderança territorial, como também com as dominações nas demais nações subjugadas. Nada obstante, para as transformações políticas e sociais que as civilizações careciam, no tempo certo, Jesus enviaria emissários e missionários, que ao longo dos séculos promoveriam a reconstrução sócio-político-econômica no planeta. Porquanto, Seu ministério não teria espaço para alianças políticas com reinos e soberanos.


 Poder-se-ia, igualmente, fazer um paralelo com a tentação dos cristãos, e das religiões cristãs: a perdição para as religiões cristãs está em ceder à tentação de fazer acordo com os poderes políticos do mundo. Jesus não aceitou os reinos do mundo, porque os interesses do Reino de Deus seriam edificados no espírito imortal, concretizando A Vontade de Deus para Seus filhos. As religiões cristãs devem estar vigilantes contra as tentações de estabelecer ligações políticas param lograrem seus próprios negócios, ainda que – supostamente – sejam de angariar vantagens para a evangelização. Modernamente, a tentação para as religiões cristãs seria ingressar nos círculos da política com o intuito de garantir os interesses de suas denominações, e de suas igrejas. Esse tentamento deve ser tratado como no-lo ensinou o Mestre Amorável: não se ajoelhar perante a política, a fim de não misturar o trabalho político com o trabalho do cristianismo.


 O Evangelho é independente. Obedece às leis da terra, mas não faz conluio, ou participa oficialmente, com o Poder, sob qualquer pretexto. Como triste exemplo a ser recordado, vejamos a corrupção dos verdadeiros interesses do Evangelho, ao longo da história do cristianismo, todas as vezes que a idéia de que “os fins justificariam os meios” foi usada por divisa das religiões cristãs.


 Devemos evangelizar a política, e os políticos, sem nunca permitir a politização da religião evangélica, seja ela espírita, protestante, pentecostal ou católica romana.


 Seria lícito questionar: existe uma diretriz para as Instituições Cristãs no que diz respeito às atividades políticas? Recomendamos o estudo do Livro “Conduta Espírita”, ditado por André Luiz a Francisco Cândido Xavier, na pág. 46, capítulo “Nos Embates Políticos”. No próximo programa conversaremos sobre essa mensagem.


 Jesus prossiga nos abençoando com a Sua caridade!


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EXEGESE DO NOVO TESTAMENTO - PELO ESPÍRITO EMMANUEL - PSICOGRAFIA DE FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER




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EXEGESE DO NOVO TESTAMENTO - PELO ESPÍRITO EMMANUEL - PSICOGRAFIA DE FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER




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sexta-feira, 25 de junho de 2010

CONHECENDO O DINHEIRO DO NOVO TESTAMENTO

O VALOR DAS MOEDAS NO NOVO TESTAMENTO

Dentre os recursos pedagógicos que Jesus - com genial inteligência - aplicava, um se nos afigura de ímpar importância: as parábolas.

Através de histórias belas e simples, sempre situadas no contexto sócio-cultural dos ouvintes para que fossem muito bem compreendidas, Jesus conduzia as mentes e os corações - de forma apaixonante - nas artes de pensar e de viver, enquanto, concomitantemente, desvelava as Leis do Criador para todas as gerações de aprendizes, ao longo dos séculos.

O impacto dessas parábolas na alma desses ouvintes foi tão significativo que, mesmo mais de seis décadas depois, no período em que os Evangelhos teriam sido escritos, foram recordadas com sutilezas e precisão de informações.

Porquanto, faz-se oportuno conhecer os meios de pagamento da época histórica de Jesus, com o fito de melhor apreender o sentido da mensagem ensinada pelo Sublime Rabi.

Denário (Mateus 22:19): era uma moeda romana de prata, sendo a unidade básica de pagamento romano por um dia de trabalho. Deu origem a palavra “dinheiro”.

Dracma (“Parábola da Dracma Perdida”, Lucas 15): moeda grega de prata, cujo valor era equivalente a 1 denário.

Ceitil (“Digo-te que não sairás dali enquanto não pagares o derradeiro ceitil”, Lucas 12:59): Moeda romana de cobre, cujo valor era equivalente a 1/16 do denário.

Quadrante (“A Esmola da Viúva Pobre”, Marcos 12:42): Moeda romana de cobre, cujo valor equivalia a 1/64 do denário.

Estáter (“vai ao mar, lança o anzol, e o primeiro peixe que fisgar, tira-o; e, abrindo-lhe a boca, acharás um estáter”, Mateus 17:27): Moeda grega de prata, cujo valor equivalia a 4 denários.

Mina (“Parábola das dez Minas”, Lucas 19): peça grega de ouro, cujo valor era equivalente a 100 denários.

Talento (“Parábola dos Talentos”, Mateus 25): peça em barra de ouro, cujo valor era equivalente a 6.000 denários.

Consentâneo, nos próximos trabalhos prosseguiremos nos estudos acerca do contexto social, cultural e político do período histórico em que viveu Jesus.

Votos de paz, do seu amigo Fabiano Nunes

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CONHECENDO O DINHEIRO DO NOVO TESTAMENTO

O VALOR DAS MOEDAS NO NOVO TESTAMENTO

Dentre os recursos pedagógicos que Jesus - com genial inteligência - aplicava, um se nos afigura de ímpar importância: as parábolas.

Através de histórias belas e simples, sempre situadas no contexto sócio-cultural dos ouvintes para que fossem muito bem compreendidas, Jesus conduzia as mentes e os corações - de forma apaixonante - nas artes de pensar e de viver, enquanto, concomitantemente, desvelava as Leis do Criador para todas as gerações de aprendizes, ao longo dos séculos.

O impacto dessas parábolas na alma desses ouvintes foi tão significativo que, mesmo mais de seis décadas depois, no período em que os Evangelhos teriam sido escritos, foram recordadas com sutilezas e precisão de informações.

Porquanto, faz-se oportuno conhecer os meios de pagamento da época histórica de Jesus, com o fito de melhor apreender o sentido da mensagem ensinada pelo Sublime Rabi.

Denário (Mateus 22:19): era uma moeda romana de prata, sendo a unidade básica de pagamento romano por um dia de trabalho. Deu origem a palavra “dinheiro”.

Dracma (“Parábola da Dracma Perdida”, Lucas 15): moeda grega de prata, cujo valor era equivalente a 1 denário.

Ceitil (“Digo-te que não sairás dali enquanto não pagares o derradeiro ceitil”, Lucas 12:59): Moeda romana de cobre, cujo valor era equivalente a 1/16 do denário.

Quadrante (“A Esmola da Viúva Pobre”, Marcos 12:42): Moeda romana de cobre, cujo valor equivalia a 1/64 do denário.

Estáter (“vai ao mar, lança o anzol, e o primeiro peixe que fisgar, tira-o; e, abrindo-lhe a boca, acharás um estáter”, Mateus 17:27): Moeda grega de prata, cujo valor equivalia a 4 denários.

Mina (“Parábola das dez Minas”, Lucas 19): peça grega de ouro, cujo valor era equivalente a 100 denários.

Talento (“Parábola dos Talentos”, Mateus 25): peça em barra de ouro, cujo valor era equivalente a 6.000 denários.

Consentâneo, nos próximos trabalhos prosseguiremos nos estudos acerca do contexto social, cultural e político do período histórico em que viveu Jesus.

Votos de paz, do seu amigo Fabiano Nunes

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TRANSPARÊNCIA

ARTIGO PUBLICADO NA REVISTA CULTURA ESPÍRITA - ICEB, ANO I, N. 4, JULHO DE 2009

TRANSPARÊNCIA
Vivemos um período ímpar da história, em que o mundo moderno demanda altos padrões de honestidade, nas relações interpessoais e profissionais.

Nada obstante, habitualmente assumimos posturas que ocultam nossos verdadeiros sentimentos e intenções, com o fito de preservamos nosso ego de frustrações e sofrimentos, gerando-nos insatisfações e conflitos íntimos.

Em outras situações, dissimulamos sentimentos pusilânimes ou venais, laborando com malícia e maquiavelismo, em face das imperfeições morais que ainda conservamos.

As naturais consequencias de tais procedimentos serão, sempre, a dor, o sofrimento ou a doença, poderosas ferramentas que a Lei de Deus – misericordiosamente – aplica para a correção do nosso caráter.

Como sempre, em Jesus - o Cristo de Deus - aprendemos o mais elevado padrão de comportamento.

Jesus, de forma inaudita, é o Modelo e Guia da perfeita transparência de sentimentos, desvelando ao homem a mais inequívoca demonstração sobre como viver livre da aparência enganadora.

Revelaram-nos os Benfeitores Espirituais, especialmente pela psicografia de Chico Xavier, que os sentimentos de Jesus eram de uma clareza tão diamantina que facilmente se fazia possível compreender Sua mensagem, não somente através do sorriso largo e amistoso com que acolhia todos que O procuravam, como também pelo olhar afável e leal que pousava sobre os que O encontraram.

Sem dissimulação ou hipocrisia, falava com franqueza e bondade.

Conforme percebemos em João (capítulo 6, Versículos 66 e 67), muito dos discípulos e seguidores que O acompanhavam desistiram do Evangelho: “À vista disso, muitos dos seus discípulos o abandonaram e já não andavam com ele”. No entanto, em uma atitude de imensuráveis transparência e lisura, Jesus voltou-se para Os Doze Apóstolos, questionando-os, “à queima roupa”:

“Porventura, quereis também vós outros retirar-vos?”

Raramente na história alguém procedeu com seus amigos com tanta diafaneidade de caráter.

Observemos, igualmente, a postura de Jesus em relação à admoestação acirrada dos Doutores da Lei da Judéia, as principais autoridades religiosas e judiciárias da época.

Malgrado Jesus fosse fiel e devotado cumpridor das Leis, romanas e hebraicas, essas autoridades estavam sempre presentes em Suas pregações, buscando encontrar provas que O incriminassem como subversivo e traidor.

Quem foram esses prelados? Foram eles:

Os fariseus, cuja etimologia significa os “separados”, os “distinguidos”, ou os “abalizados”. Essa seita judaica fazia uma interpretação das Escrituras ao pé da letra, por isso, se perdiam em regras, práticas exteriores e normas que acabavam fazendo-os esquecer a essência do Judaísmo, que é o amor.

Os Escribas, aqueles que escreviam a Lei, e faziam a interpretação para o povo, portanto, dela eram profundos conhecedores. Todo fariseu era um escriba, mas nem todo escriba era fariseu.

Os Saduceus, que constituíam a elite do povo e da classe sacerdotal, os quais costumavam ocupar o cargo de Sumo Sacerdote, na época de Jesus. Acreditavam em Deus e nos Profetas, mas não criam na imortalidade da alma.

O apóstolo João, também narra no capítulo 8, versículo 46, do seu evangelho, que Jesus encontrava-se sob o açodar das criticas desses Doutores da Lei.

De todas as maneiras, buscavam colocar Jesus em contradição, ou mesmo em oposição, às Leis Judaicas – conquanto – o discurso de Jesus transcendia em inteligência, ao ponto de emudecê-los, em razão de Suas argumentações desconcertantes.

A inteligência de Suas exposições só era superada pela vida reta e incorruptível que transluzia para todo o povo. Foi por essa razão que, no aludido capítulo de João, Jesus argúi aos Doutores:

- “Quem dentre vós me convence de pecado?”

A tradução dessa expressão de linguagem tem por significado interrogar quem – dentre todos os presentes – poderia apontar uma única situação na vida de Jesus que pudesse criticada, ou pelo menos apontar alguma atitude, palavra ou pensamento, que pudesse ser qualificada como “pecaminosa” ou equivocada. Inolvidável cristalinidade de sentimentos e ações.

Dessa forma, apresentou ao mundo o mais singelo – e imitável - modelo de como viver mantendo elevados padrões de honestidade e integridade, de como agir conforme os ditames da consciência e - sobretudo – de como pensar, sentir, falar e obrar numa extraordinária combinação de transparência e bonomia.

Sigamo-lo, pois!

Até o nosso próximo “Encontro com Jesus”. Um abraço fraternal do seu amigo Fabiano P Nunes.

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TRANSPARÊNCIA

ARTIGO PUBLICADO NA REVISTA CULTURA ESPÍRITA - ICEB, ANO I, N. 4, JULHO DE 2009

TRANSPARÊNCIA
Vivemos um período ímpar da história, em que o mundo moderno demanda altos padrões de honestidade, nas relações interpessoais e profissionais.

Nada obstante, habitualmente assumimos posturas que ocultam nossos verdadeiros sentimentos e intenções, com o fito de preservamos nosso ego de frustrações e sofrimentos, gerando-nos insatisfações e conflitos íntimos.

Em outras situações, dissimulamos sentimentos pusilânimes ou venais, laborando com malícia e maquiavelismo, em face das imperfeições morais que ainda conservamos.

As naturais consequencias de tais procedimentos serão, sempre, a dor, o sofrimento ou a doença, poderosas ferramentas que a Lei de Deus – misericordiosamente – aplica para a correção do nosso caráter.

Como sempre, em Jesus - o Cristo de Deus - aprendemos o mais elevado padrão de comportamento.

Jesus, de forma inaudita, é o Modelo e Guia da perfeita transparência de sentimentos, desvelando ao homem a mais inequívoca demonstração sobre como viver livre da aparência enganadora.

Revelaram-nos os Benfeitores Espirituais, especialmente pela psicografia de Chico Xavier, que os sentimentos de Jesus eram de uma clareza tão diamantina que facilmente se fazia possível compreender Sua mensagem, não somente através do sorriso largo e amistoso com que acolhia todos que O procuravam, como também pelo olhar afável e leal que pousava sobre os que O encontraram.

Sem dissimulação ou hipocrisia, falava com franqueza e bondade.

Conforme percebemos em João (capítulo 6, Versículos 66 e 67), muito dos discípulos e seguidores que O acompanhavam desistiram do Evangelho: “À vista disso, muitos dos seus discípulos o abandonaram e já não andavam com ele”. No entanto, em uma atitude de imensuráveis transparência e lisura, Jesus voltou-se para Os Doze Apóstolos, questionando-os, “à queima roupa”:

“Porventura, quereis também vós outros retirar-vos?”

Raramente na história alguém procedeu com seus amigos com tanta diafaneidade de caráter.

Observemos, igualmente, a postura de Jesus em relação à admoestação acirrada dos Doutores da Lei da Judéia, as principais autoridades religiosas e judiciárias da época.

Malgrado Jesus fosse fiel e devotado cumpridor das Leis, romanas e hebraicas, essas autoridades estavam sempre presentes em Suas pregações, buscando encontrar provas que O incriminassem como subversivo e traidor.

Quem foram esses prelados? Foram eles:

Os fariseus, cuja etimologia significa os “separados”, os “distinguidos”, ou os “abalizados”. Essa seita judaica fazia uma interpretação das Escrituras ao pé da letra, por isso, se perdiam em regras, práticas exteriores e normas que acabavam fazendo-os esquecer a essência do Judaísmo, que é o amor.

Os Escribas, aqueles que escreviam a Lei, e faziam a interpretação para o povo, portanto, dela eram profundos conhecedores. Todo fariseu era um escriba, mas nem todo escriba era fariseu.

Os Saduceus, que constituíam a elite do povo e da classe sacerdotal, os quais costumavam ocupar o cargo de Sumo Sacerdote, na época de Jesus. Acreditavam em Deus e nos Profetas, mas não criam na imortalidade da alma.

O apóstolo João, também narra no capítulo 8, versículo 46, do seu evangelho, que Jesus encontrava-se sob o açodar das criticas desses Doutores da Lei.

De todas as maneiras, buscavam colocar Jesus em contradição, ou mesmo em oposição, às Leis Judaicas – conquanto – o discurso de Jesus transcendia em inteligência, ao ponto de emudecê-los, em razão de Suas argumentações desconcertantes.

A inteligência de Suas exposições só era superada pela vida reta e incorruptível que transluzia para todo o povo. Foi por essa razão que, no aludido capítulo de João, Jesus argúi aos Doutores:

- “Quem dentre vós me convence de pecado?”

A tradução dessa expressão de linguagem tem por significado interrogar quem – dentre todos os presentes – poderia apontar uma única situação na vida de Jesus que pudesse criticada, ou pelo menos apontar alguma atitude, palavra ou pensamento, que pudesse ser qualificada como “pecaminosa” ou equivocada. Inolvidável cristalinidade de sentimentos e ações.

Dessa forma, apresentou ao mundo o mais singelo – e imitável - modelo de como viver mantendo elevados padrões de honestidade e integridade, de como agir conforme os ditames da consciência e - sobretudo – de como pensar, sentir, falar e obrar numa extraordinária combinação de transparência e bonomia.

Sigamo-lo, pois!

Até o nosso próximo “Encontro com Jesus”. Um abraço fraternal do seu amigo Fabiano P Nunes.

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INCLUSÃO SOCIAL

ARTIGO PUBLICADO NA REVISTA CULTURA ESPÍRITA - ICEB, ANO I, N. 8, NOVEMBRO DE 2009

INCLUSÃO SOCIAL

A Inclusão Social é uma importante política que combate a exclusão dos desfavorecidos, usualmente, grupos sob risco social como idosos, minorias étnicas, e especialmente, os portadores de deficiências físicas ou mentais, oferecendo-lhes oportunidades de também participarem dos direitos e deveres de forma justa e igualitária.

Outrossim, a exclusão social tem profunda correlação com o preconceito e a discriminação.

No nosso país, o pensamento da inclusão social orientou o Estado na elaboração de políticas e leis voltadas ao atendimento das necessidades especiais de deficientes, somente, nos últimos 50 anos.

Infelizmente, o preconceito ainda permeia as relações da nossa sociedade, constituindo desafio para todos os cidadãos. A problemática, não obstante, remonta a antiguidade, estando presente nas diversas civilizações da história.

Na tradição do povo hebreu, ao tempo de Jesus, existia grande carga de preconceito para com portadores de doenças e males, pois acreditava se tratar de uma punição de Deus pelos pecados, ou pelo de seus antepassados.

Acrescentava-se a isso a idéia da proibição de se tocar em determinadas pessoas enfermas, os chamados “imundos”. Essas práticas ocorriam em decorrência da interpretação equivocada das leis Mosaicas, sobretudo do livro Levítico.

A consequência natural desse pensamento eram a discriminação e a exclusão social dos hebreus que estivessem nas condições que os tornassem “imundos”, e de modo especial, por haverem sido apenados por Deus.

Como sempre, em Jesus aprenderemos o mais elevado padrão de conduta.

Ninguém, como ele, apresentou ao mundo tão belo exemplo sobre como tratar aos necessitados de toda ordem, superando os abismos do prejulgamento, operando de forma a reinseri-los no trabalho e na alegria da vida comunitária, independente do contexto que se lhes afigurasse.

E, especificamente, no procedimento para com os “imundos”, e as demais vítimas do enjeitamento e da segregação, nos ofereceu a sublime lição de respeito e compaixão para com os marginalizados da sociedade.

Um dos belos exemplos da preocupação do Mestre Incomparável com os excluídos é descrito nos Evangelhos.

Em determinado sábado1, Jesus entrara numa sinagoga, e enquanto ensinava observara haver um homem apartado do grupo. Ele possuía a mão – direita1 – mirrada (atrofiada).

Sobre esse processo patológico, o insígne professor Carlos Oswaldo Degrazia2, em seu admirável artigo publicado no Jornal do Conselho Federal de Medicina, alegou acreditar tratar-se de uma gangrena seca, causada pela diminuição contínua e prolongada da circulação sanguínea na mão do enfermo bíblico, levando à “mumificação” dessa mão.

Tal processo, no entanto, poderia ser revertido em determinadas condições, com o consequente restabelecimento do fluxo nos vasos sanguíneos obstruídos.

Escribas e fariseus observavam o Alegre Rabi, a fim de obterem provas de suas transgressões à Lei Mosaica, visto que - na interpretação dessas seitas judaicas - tais leis proibiriam os trabalhos de cura no Sabbat, dia que deveria ser dedicado ao repouso e à adoração do Senhor.

Conquanto, Jesus promovera incontáveis curas no Sabbat, com o fito de ensinar a real exegese do Torah, onde a mais sublime forma de consagrar a Deus um dia da semana é vivê-lo com amor e compaixão, na plenitude da caridade, porquanto, afirmara que “O sábado foi feito para o homem, e não o homem para o sábado” 3.

Por essa razão, auscultando o pensamento dos escribas e fariseus, em um ato de formidável comiseração, convida o homem da mão atrofiada para que supere a si mesmo, e ingresse no círculo dos que comungavam com Deus na sinagoga, dizendo:

– “levanta-te e fica de pé no meio de todos”1.

O homem ergueu-se, avançou para um lugar de destaque, muito próximo ao Mestre do Amor, ouvindo Sua voz reconfortante a dizer-lhe:

- “Estende a Mão”1.

Aquele homem era um dos intocáveis, um excluído, todavia, agora estava interposto nos seus direitos como um Filho de Abraão, e mais ainda, integrante do grupo, ilimitável, de amigos do Messias de Israel.

Ao apresentar a mão atrofiada ao Médium de Deus, Dele recebera o toque afetuoso e a energia prodigiosa, voltando a ter sua mão direita perfeitamente normal, como a esquerda4.

Eis mais um dos inesquecíveis ensinos do Rabboni (significa Mestre Superior) de Deus!

Apreendamos com Ele, pois, a inolvidável lição para uma vida livre dos corrosivos preconceitos, laborando na coletividade pela reinserção dos enjeitados nos seus direitos fundamentais, sobretudo, daqueles que estão em situação de risco social.

Meditemos nisso! Um abraço do seu amigo Fabiano P Nunes

Referências Bibliográficas

1. LUCAS, O Evangelho Segundo. O Novo Testamento, in: Bíblia de Jerusalém. Português. Nova edição rev. e ampl. São Paulo: Paulus, 2002. Lucas, cap. 6, vers. 6 - 11, p. 1798.

2. DEGRAZIA, Carlos O. O homem da mão seca. Jornal do Conselho Federal de Medicina, n. 152, Dezembro de 2004/ Janeiro 2005.

3. MARCOS, O Evangelho Segundo. O Novo Testamento, in: Bíblia de Jerusalém. Português. Nova edição rev. e ampl. São Paulo: Paulus, 2002. Marcos, cap. 2, vers. 27, p. 1762.

4. MARCOS, O Evangelho Segundo. O Novo Testamento, in: Bíblia de Jerusalém. Português. Nova edição rev. e ampl. São Paulo: Paulus, 2002. Marcos, cap. 3, vers. 3, p. 1762.

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INCLUSÃO SOCIAL

ARTIGO PUBLICADO NA REVISTA CULTURA ESPÍRITA - ICEB, ANO I, N. 8, NOVEMBRO DE 2009

INCLUSÃO SOCIAL

A Inclusão Social é uma importante política que combate a exclusão dos desfavorecidos, usualmente, grupos sob risco social como idosos, minorias étnicas, e especialmente, os portadores de deficiências físicas ou mentais, oferecendo-lhes oportunidades de também participarem dos direitos e deveres de forma justa e igualitária.

Outrossim, a exclusão social tem profunda correlação com o preconceito e a discriminação.

No nosso país, o pensamento da inclusão social orientou o Estado na elaboração de políticas e leis voltadas ao atendimento das necessidades especiais de deficientes, somente, nos últimos 50 anos.

Infelizmente, o preconceito ainda permeia as relações da nossa sociedade, constituindo desafio para todos os cidadãos. A problemática, não obstante, remonta a antiguidade, estando presente nas diversas civilizações da história.

Na tradição do povo hebreu, ao tempo de Jesus, existia grande carga de preconceito para com portadores de doenças e males, pois acreditava se tratar de uma punição de Deus pelos pecados, ou pelo de seus antepassados.

Acrescentava-se a isso a idéia da proibição de se tocar em determinadas pessoas enfermas, os chamados “imundos”. Essas práticas ocorriam em decorrência da interpretação equivocada das leis Mosaicas, sobretudo do livro Levítico.

A consequência natural desse pensamento eram a discriminação e a exclusão social dos hebreus que estivessem nas condições que os tornassem “imundos”, e de modo especial, por haverem sido apenados por Deus.

Como sempre, em Jesus aprenderemos o mais elevado padrão de conduta.

Ninguém, como ele, apresentou ao mundo tão belo exemplo sobre como tratar aos necessitados de toda ordem, superando os abismos do prejulgamento, operando de forma a reinseri-los no trabalho e na alegria da vida comunitária, independente do contexto que se lhes afigurasse.

E, especificamente, no procedimento para com os “imundos”, e as demais vítimas do enjeitamento e da segregação, nos ofereceu a sublime lição de respeito e compaixão para com os marginalizados da sociedade.

Um dos belos exemplos da preocupação do Mestre Incomparável com os excluídos é descrito nos Evangelhos.

Em determinado sábado1, Jesus entrara numa sinagoga, e enquanto ensinava observara haver um homem apartado do grupo. Ele possuía a mão – direita1 – mirrada (atrofiada).

Sobre esse processo patológico, o insígne professor Carlos Oswaldo Degrazia2, em seu admirável artigo publicado no Jornal do Conselho Federal de Medicina, alegou acreditar tratar-se de uma gangrena seca, causada pela diminuição contínua e prolongada da circulação sanguínea na mão do enfermo bíblico, levando à “mumificação” dessa mão.

Tal processo, no entanto, poderia ser revertido em determinadas condições, com o consequente restabelecimento do fluxo nos vasos sanguíneos obstruídos.

Escribas e fariseus observavam o Alegre Rabi, a fim de obterem provas de suas transgressões à Lei Mosaica, visto que - na interpretação dessas seitas judaicas - tais leis proibiriam os trabalhos de cura no Sabbat, dia que deveria ser dedicado ao repouso e à adoração do Senhor.

Conquanto, Jesus promovera incontáveis curas no Sabbat, com o fito de ensinar a real exegese do Torah, onde a mais sublime forma de consagrar a Deus um dia da semana é vivê-lo com amor e compaixão, na plenitude da caridade, porquanto, afirmara que “O sábado foi feito para o homem, e não o homem para o sábado” 3.

Por essa razão, auscultando o pensamento dos escribas e fariseus, em um ato de formidável comiseração, convida o homem da mão atrofiada para que supere a si mesmo, e ingresse no círculo dos que comungavam com Deus na sinagoga, dizendo:

– “levanta-te e fica de pé no meio de todos”1.

O homem ergueu-se, avançou para um lugar de destaque, muito próximo ao Mestre do Amor, ouvindo Sua voz reconfortante a dizer-lhe:

- “Estende a Mão”1.

Aquele homem era um dos intocáveis, um excluído, todavia, agora estava interposto nos seus direitos como um Filho de Abraão, e mais ainda, integrante do grupo, ilimitável, de amigos do Messias de Israel.

Ao apresentar a mão atrofiada ao Médium de Deus, Dele recebera o toque afetuoso e a energia prodigiosa, voltando a ter sua mão direita perfeitamente normal, como a esquerda4.

Eis mais um dos inesquecíveis ensinos do Rabboni (significa Mestre Superior) de Deus!

Apreendamos com Ele, pois, a inolvidável lição para uma vida livre dos corrosivos preconceitos, laborando na coletividade pela reinserção dos enjeitados nos seus direitos fundamentais, sobretudo, daqueles que estão em situação de risco social.

Meditemos nisso! Um abraço do seu amigo Fabiano P Nunes

Referências Bibliográficas

1. LUCAS, O Evangelho Segundo. O Novo Testamento, in: Bíblia de Jerusalém. Português. Nova edição rev. e ampl. São Paulo: Paulus, 2002. Lucas, cap. 6, vers. 6 - 11, p. 1798.

2. DEGRAZIA, Carlos O. O homem da mão seca. Jornal do Conselho Federal de Medicina, n. 152, Dezembro de 2004/ Janeiro 2005.

3. MARCOS, O Evangelho Segundo. O Novo Testamento, in: Bíblia de Jerusalém. Português. Nova edição rev. e ampl. São Paulo: Paulus, 2002. Marcos, cap. 2, vers. 27, p. 1762.

4. MARCOS, O Evangelho Segundo. O Novo Testamento, in: Bíblia de Jerusalém. Português. Nova edição rev. e ampl. São Paulo: Paulus, 2002. Marcos, cap. 3, vers. 3, p. 1762.

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quinta-feira, 17 de junho de 2010

LUCAS (O Evangelho Segundo) – CAPÍTULO 4 – VERSÍCULOS 5

Lucas (O Evangelho Segundo), capítulo 4, versículo 5 (próximo programa)

5. o diabo, levando-o [ para mais alto ] , mostrou-lhe num instante todos os reinos da terra.

Abaixo, uma visão panorâmica do Deserto da Judéia, em um lugar "mais alto", de onde - em linguagem figurada, na alegoria da segunda tentação no deserto - teriam sido mostrados todos os reinos da terra.


Votos de paz, Fabiano


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LUCAS (O Evangelho Segundo) – CAPÍTULO 4 – VERSÍCULOS 5

Lucas (O Evangelho Segundo), capítulo 4, versículo 5 (próximo programa)

5. o diabo, levando-o [ para mais alto ] , mostrou-lhe num instante todos os reinos da terra.

Abaixo, uma visão panorâmica do Deserto da Judéia, em um lugar "mais alto", de onde - em linguagem figurada, na alegoria da segunda tentação no deserto - teriam sido mostrados todos os reinos da terra.


Votos de paz, Fabiano


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LUCAS (O Evangelho Segundo) – CAPÍTULO 4 – VERSÍCULOS 5 (Programa de 20 e 23 Junho/2010)

Lucas (O Evangelho Segundo), capítulo 4, versículo 5


5. o diabo, levando-o para mais alto, mostrou-lhe num instante [ todos os reinos da terra ].


OUÇA NOVAMENTE O ÁUDIO DO PROGRAMA

Clique no PLAY ("setinha") da figura abaixo:


"TODOS OS REINOS DA TERRA" 

 O deserto da Judéia é composto por cadeias de montanhas rochosas.

 Na alegoria da segunda tentação, em linguagem figurada (ver em “A GÊNESE”, o Cap. III, itens 1, 2 e 3, Origens do Bem e do Mal; e Cap. XV, itens 52 e 53, Tentação no Deserto), Jesus teria sido transportado para o alto de uma das montanhas desérticas, onde o “inimigo” teria lhe apresentado a divisão dos reinos da Terra.

 Anelando o entendimento do significado do simbolismo da parábola da tentação no deserto, poder-se-ia dizer que a missão de Jesus encontraria uma divisão sócio-política extremamente complexa no mundo, intensamente dominada pelos políticos, reis, exércitos e demais poderes temporais.

 Naquele tempo, as nações estavam partidas em reinos, impérios, e dominadores militares. Destarte, o Império Romano exercia a hegemonia militar da época, controlando quase todos os povos do mediterrâneo e Ásia Menor. Roma foi um estado totalmente militarista, cuja história e o desenvolvimento sempre foram muito relacionados às grandes conquistas de suas legiões, durante os seus 12 séculos de história. Então, o tema central a ser analisado quando se discute a História Militar da Roma Antiga é o sucesso conseguido pelos exércitos romanos em batalhas campais que garantiam sua hegemonia, desde a conquista da península Itálica às batalhas finais contra os bárbaros.

Nos territórios dominados pelos romanos eram estabelecidas províncias, nas quais, para que houvesse qualidade de vida para os funcionários e soldados romanos que nelas vivessem, desenvolvia-se o urbanismo, construíam-se aquedutos, consolidava-se um sistema judiciário, implementava-se o comércio, contudo, para subsidiar essa reforma social, exorbitavam em cobrança de impostos, o que acarretava nas classes menos favorecidas uma pobreza mais intensa ainda. O território hebreu foi anexado aos territórios dominados com o nome de Província da Judéia, e posteriormente fora denominada província sírio-palestina.

Muitos soldados das legiões eram recrutados dentre os habitantes do povo dominado (dentre as recompensas para os que ingressassem, a mais importante era a cidadania romana, obtida  após mais de 20 anos de serviço). No caso da Província da Judéia, em razão da proibição da Lei Judaica a esse respeito, a coorte militar era constituída quase exclusivamente por estrangeiros, o que contribuía para o preconceito nacional, por vezes ódio, contra os gentios.

Para o entendimento do contexto dos personagens citados no Novo Testamento, cabe explicar que um grupamento de oitenta homens (e não cem, como o nome induz-nos a crer) era chefiado por um centurião, formando uma centúria.

O grupamento de 5 a 8 centúrias constituíam uma coorte. A coorte poderia ser comandada por várias autoridades, por exemplo um TRIBUNO (vide a história de Públio Lentulus, o tribuno do romance “Há dois mil anos”) ou um praefectus. O tribuno (em latim tribunus) era o magistrado que atuava junto ao Senado em defesa dos direitos e interesses da plebe. Um destacamento de 6 a 8 coortes formava uma legião romana. As legiões eram comandadas por Generais, em sua maioria. Na Síria havia duas, e posteriormente 4, legiões estacionadas, enquanto que na Judéia – acredita-se - havia apenas uma (ou talvez duas) coorte, a qual era comandada pelo praefectus, ou prefeito da Judéia, que era a maior autoridade delegada do Poder Romano na província. Não obstante, a maior autoridade romana em toda a região era o Governador da Síria.

Abaixo, o Império Romano, ao tempo de Caio Júlio César Octaviano Augusto (Imperador César Augusto de 27ac - 14dc)

Clique na imagem para ampliar.



Abaixo, o Império Romano sob Trajano em 117 d.C.; Províncias imperiais são sombreadas em verde, províncias senatoriais são sombreadas em bege e estados-clientes são sombreados em cinza.

Clique na imagem para ampliar.


Abaixo, a evolução territorial no "mundo romano" ao longo dos séculos.

Legenda
*



Clique na imagem abaixo, e observe as mudanças no mapa! Você verá as diferentes fases do Império Romano na linha do tempo. Muito interessante.


Abaixo, a divisão da Província da Judéia em Tetrarquias, ou governo da quarta parte do território dominado.


Posição das Legiões Romanas nas regiões dominadas




Para estudar mais sobre a Roma Antiga, clique NESTE LINK

Votos de paz, Fabiano


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LUCAS (O Evangelho Segundo) – CAPÍTULO 4 – VERSÍCULOS 5 (Programa de 20 e 23 Junho/2010)

Lucas (O Evangelho Segundo), capítulo 4, versículo 5


5. o diabo, levando-o para mais alto, mostrou-lhe num instante [ todos os reinos da terra ].


OUÇA NOVAMENTE O ÁUDIO DO PROGRAMA

Clique no PLAY ("setinha") da figura abaixo:


"TODOS OS REINOS DA TERRA" 

 O deserto da Judéia é composto por cadeias de montanhas rochosas.

 Na alegoria da segunda tentação, em linguagem figurada (ver em “A GÊNESE”, o Cap. III, itens 1, 2 e 3, Origens do Bem e do Mal; e Cap. XV, itens 52 e 53, Tentação no Deserto), Jesus teria sido transportado para o alto de uma das montanhas desérticas, onde o “inimigo” teria lhe apresentado a divisão dos reinos da Terra.

 Anelando o entendimento do significado do simbolismo da parábola da tentação no deserto, poder-se-ia dizer que a missão de Jesus encontraria uma divisão sócio-política extremamente complexa no mundo, intensamente dominada pelos políticos, reis, exércitos e demais poderes temporais.

 Naquele tempo, as nações estavam partidas em reinos, impérios, e dominadores militares. Destarte, o Império Romano exercia a hegemonia militar da época, controlando quase todos os povos do mediterrâneo e Ásia Menor. Roma foi um estado totalmente militarista, cuja história e o desenvolvimento sempre foram muito relacionados às grandes conquistas de suas legiões, durante os seus 12 séculos de história. Então, o tema central a ser analisado quando se discute a História Militar da Roma Antiga é o sucesso conseguido pelos exércitos romanos em batalhas campais que garantiam sua hegemonia, desde a conquista da península Itálica às batalhas finais contra os bárbaros.

Nos territórios dominados pelos romanos eram estabelecidas províncias, nas quais, para que houvesse qualidade de vida para os funcionários e soldados romanos que nelas vivessem, desenvolvia-se o urbanismo, construíam-se aquedutos, consolidava-se um sistema judiciário, implementava-se o comércio, contudo, para subsidiar essa reforma social, exorbitavam em cobrança de impostos, o que acarretava nas classes menos favorecidas uma pobreza mais intensa ainda. O território hebreu foi anexado aos territórios dominados com o nome de Província da Judéia, e posteriormente fora denominada província sírio-palestina.

Muitos soldados das legiões eram recrutados dentre os habitantes do povo dominado (dentre as recompensas para os que ingressassem, a mais importante era a cidadania romana, obtida  após mais de 20 anos de serviço). No caso da Província da Judéia, em razão da proibição da Lei Judaica a esse respeito, a coorte militar era constituída quase exclusivamente por estrangeiros, o que contribuía para o preconceito nacional, por vezes ódio, contra os gentios.

Para o entendimento do contexto dos personagens citados no Novo Testamento, cabe explicar que um grupamento de oitenta homens (e não cem, como o nome induz-nos a crer) era chefiado por um centurião, formando uma centúria.

O grupamento de 5 a 8 centúrias constituíam uma coorte. A coorte poderia ser comandada por várias autoridades, por exemplo um TRIBUNO (vide a história de Públio Lentulus, o tribuno do romance “Há dois mil anos”) ou um praefectus. O tribuno (em latim tribunus) era o magistrado que atuava junto ao Senado em defesa dos direitos e interesses da plebe. Um destacamento de 6 a 8 coortes formava uma legião romana. As legiões eram comandadas por Generais, em sua maioria. Na Síria havia duas, e posteriormente 4, legiões estacionadas, enquanto que na Judéia – acredita-se - havia apenas uma (ou talvez duas) coorte, a qual era comandada pelo praefectus, ou prefeito da Judéia, que era a maior autoridade delegada do Poder Romano na província. Não obstante, a maior autoridade romana em toda a região era o Governador da Síria.

Abaixo, o Império Romano, ao tempo de Caio Júlio César Octaviano Augusto (Imperador César Augusto de 27ac - 14dc)

Clique na imagem para ampliar.



Abaixo, o Império Romano sob Trajano em 117 d.C.; Províncias imperiais são sombreadas em verde, províncias senatoriais são sombreadas em bege e estados-clientes são sombreados em cinza.

Clique na imagem para ampliar.


Abaixo, a evolução territorial no "mundo romano" ao longo dos séculos.

Legenda
*



Clique na imagem abaixo, e observe as mudanças no mapa! Você verá as diferentes fases do Império Romano na linha do tempo. Muito interessante.


Abaixo, a divisão da Província da Judéia em Tetrarquias, ou governo da quarta parte do território dominado.


Posição das Legiões Romanas nas regiões dominadas




Para estudar mais sobre a Roma Antiga, clique NESTE LINK

Votos de paz, Fabiano


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sábado, 12 de junho de 2010

LUCAS (O Evangelho Segundo) – CAPÍTULO 4 – VERSÍCULO 4 (Programa de 13 e 16 Junho/2010)

4 Replicou-lhe Jesus: “ Está escrito: [ Não só de pão viverá o homem ] ”.



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Clique no PLAY ("setinha") da figura abaixo:




* Livro “FONTE VIVA”

Emmanuel, psicografia de Francisco Cândido Xavier

Capítulo “NÃO SOMENTE”

Nem só de pão vive o homem. - Jesus. (MATEUS. 4:4).

Não somente agasalho que proteja o corpo, mas também o refúgio de conhecimentos superiores que fortaleçam a alma.

Não só a beleza da máscara fisionômica, mas igualmente a formosura e nobreza dos sentimentos.

Não apenas a eugenia que aprimora os músculos, mas também a educação que aperfeiçoa as maneiras.

Não somente a cirurgia que extirpa o defeito orgânico, mas igualmente o esforço próprio que anula o defeito íntimo.

Não só o domicílio confortável para a vida física, mas também a casa invisível dos princípios edificantes em que o espírito se faça útil, estimado e respeitável.

Não apenas os títulos honrosos que ilustram a personalidade transitória, mas igualmente as virtudes comprovadas, na luta objetiva, que enriqueçam a consciência eterna.

Não somente claridade para os olhos mortais, mas também luz divina para o entendimento imperecível.

Não só aspecto agradável, mas igualmente utilidade viva.

Não apenas flores, mas também frutos.

Não somente ensino continuado, mas igualmente demonstração ativa..

Não só teoria excelente, mas também prática santificante.

Não apenas nós, mas igualmente os outros.

Disse o Mestre: - "Nem só de pão vive o homem".

Apliquemos o sublime conceito ao imenso campo do mundo.

Bom gosto, harmonia e dignidade na vida exterior constituem dever, mas não nos esqueçamos da pureza, da elevação e dos recursos sublimes da vida interior, com que nos dirigimos para a Eternidade.


* LIVRO "CEIFA DE LUZ"


Capítulo LEGENDAS DO LITERATO ESPÍRITA

Emmanuel/Francisco Cândido Xavier


"... Nem só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que procede de Deus." - JESUS (Mateus, 4:4.)


Optar, como deseje, por essa ou aquela escola literária respeitável, mas vincular a própria obra aos ensinamentos de Jesus.


Emitir com dignidade os conceitos que espose; no entanto, afeiçoar-se quanto possível, ao hábito da prece, buscando a inspiração dos Planos Superiores.


Exaltar o ideal, integrando-se, porém com a realidade.


Cultivar os primores do estilo, considerando, em todo tempo, a responsabilidade da palavra.


Enunciar o que pense; entretanto, abster-se de segregação nos pontos de vista pessoais, em detrimento da verdade.


Aperfeiçoar os valores artísticos; todavia, evitar o hermetismo que obstrua os canais de comunicação com os outros.


Entesourar os recursos da inteligência, mas reconhecer que a cultura intelectual, só por si, nem sempre é fundamento absoluto na obra da sublimação do espírito.


Devotar-se à firmeza na exposição dos princípios que abraça, sem fomentar a discórdia.


Valorizar os amigos, agradecendo-lhes o concurso; no entanto, nunca desprezar os adversários ou subestimar-lhes a importância.


Conservar a certeza do que ensina, mas estudar sempre, a fim de ouvir com equilíbrio, ver com segurança, analisar com proveito e servir mais.