TRADUÇÃO “BÍBLIA DE JESRUSALÉM”
LUCAS, 4: 10. porque está escrito: “Ele dará ordens a seus anjos a teu respeito, para que te guardem; LUCAS, 4: 11. e ainda: E eles te tomarão pelas mãos, para não tropeces em nenhuma pedra”.
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Nas tentações anteriores, Jesus teria redarguido ao “inimigo” usando como sustentação o próprio Antigo Testamento. Conquanto, na terceira tentação, é o “diabo” quem emprega as Escrituras para negociar com Jesus. Evidentemente, nesse simbolismo, o diabo faz uma adulteração do Antigo Testamento, com o intuito de adaptá-lo aos seus interesses nefastos.
Na alegoria da tentação, essa frase teria sido proferida pelo diabo, que a havia falsificado do original do salmo 91, “Sob as Asas Divinas”, que diz: 11, “pois em teu favor ele ordenou aos seus anjos que te guardem em teus caminhos todos”; 12, “Eles te levarão em mãos, para que teus pés não tropecem numa pedra”.
Essa estória serve de profunda advertência aos cristãos em geral, e aos espíritas em particular, porquanto urge exercer grande cuidado com os livros que adulteram a unidade da doutrina espírita, nela tentando inserir meias-verdades - que são, de fato, mentiras completas – fazendo parte de plano das trevas, no sentido de tentar implodir o edifício da Doutrina Espírita, adulterando-o de dentro para fora.
Os cuidados com as tentativas de corroer os textos sagrados transcenderam o Antigo Testamento, abrangendo o Novo Testamento, e na atualidade, merecem revalidação em relação aos livros espíritas.
Os livros espíritas são como a nascente da fonte de nossa religião. Se houver a poluição em seu nascedouro, todo o rio ficará corrompido, e insalubre. Portanto, a alegoria da terceira tentação serve-nos de alerta, face às tentativas dos “inimigos” da Verdade em trazer prejuízo à Obra do Espírito de Verdade.
Conta-se uma estória, na forma de metáfora, que o “inimigo” – ou “diabolos” – saiu com seus comparsas pelo mundo, atirando mentiras no corpo doutrinário das diversas religiões cristãs, com o fito de corroer-lhes as bases, e desviá-las de suas missões redentoras. Em determinado momento, um dos seus asseclas defrontou-se com o edifício do Espiritismo. Por isso, preparou um “pacote” de mentiras, para que fosse introduzido no seu corpo doutrinário, e gerasse grave destruição nos Planos Superiores. No instante em que iria fazer a inserção do material perturbador, o sequaz foi detido pelo próprio chefe das trevas, que o advertiu:
- “Esse é o edifício do Espiritismo. Nele não deveremos tentar enxertar mentiras em seu Corpo Doutrinário, pois os espíritas usam a fé raciocinada, e através do raciocínio irão detectar as mentiras com facilidade. Para destruir a obra do Espírito de Verdade, precisaremos infiltrar MEIAS-VERDADES – cuidadosamente camufladas dentro de conceitos verdadeiros – a fim de fazer os espíritas iludirem a própria vigilância, e através desse despistamento, sutilmente desviaremos a Terceira Revelação dos rumos idealizados pelo Nazareno, porquanto as meias verdades nada mais são do que MENTIRAS INTEIRAS, muito bem disfarçadas.
Por conseguinte, caros amigos, convém recordar as advertências de Allan Kardec, contidas nos artigos intitulados “Exames das comunicações mediúnicas que nos enviam” (maio de 1863) e “Deve-se publicar tudo quanto dizem os Espíritos? (novembro de 1859), com o intuito de nos precavermos contra as meias-verdades:
“... a publicação das comunicações dos Espíritos poderá interessar apenas sob a condição de apresentar qualidades destacadas como forma e como alcance instrutivo...”;
“...convém afastar das publicações tudo quanto é vulgar no estilo e nas idéias, ou pueril pelo assunto...”
“...Todas as precauções são poucas para evitar as publicações lamentáveis. Em tais casos, mais vale Pecar por excessos de prudência, no interesse da causa. Publicando comunicações fracas e insignificantes, faz-se mais mal do que bem...”
“...há comunicações que podem prejudicar essencialmente à causa que querem defender, em escala muito maior quer os grosseiros ataques e as injúrias de certos adversários...”
Reforçamos estas idéias com a afirmativa de Erasto, contida em “O Livro dos Médiuns”, Cap. XX: “Melhor é repelir dez verdades do que admitir uma única falsidade, uma só teoria errônea”, acrescentando-se ainda, que “no mundo invisível como na Terra, não faltam escritores, mas os bons são raros (Allan Kardec, in Revista Espírita, maio 1863)
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