sábado, 25 de setembro de 2010

LUCAS (O EVANGELHO SEGUNDO), CAPÍTULO 4 : VERSÍCULO 12 – TERCEIRA TENTAÇÃO (Programa de 26 e 29 de setembro/2010)

Tradução BÍBLIA DE JERUSALÉM

Lucas 4:12 - Mas Jesus lhe respondeu: “Foi dito: Não tentarás ao Senhor, teu Deus.

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 Jesus utiliza o livro de Moisés, o Deuteronômio 6:16, para dar fundamentação a Sua refutação ao inimigo.

 Recordando os programas anteriores, lembremo-nos que o terceiro Templo de Jerusalém começara a ser construído em 19 aC, com Herodes O Grande, e fora concluído em 62 dC, no entanto, apenas por volta do ano 9dC sua parte principal estaria concluída.

Enormes muros externos rodeavam o Templo, em forma retangular, formando uma área maior que 141.000 m2. Rampas e pórticos davam acesso ao interior das grandes muralhas.

Entre esse muro externo e os muros do Templo, propriamente dito, situava-se o pátio dos gentios, local de acesso livra tanto a hebreus quanto a estrangeiros. Nesse local ficavam os cambistas, figuras de grande importância no Templo, pois eles trocavam o dinheiro do mundo todo pela moeda local. Porquanto, Jesus NÃO expulsou os cambistas, conforme já o explicamos anteriormente. Recordemos que os estrangeiros que adentrassem o interior do templo seriam submetidos à execução imediata. Para adverti-los, havia inscrições me vários idiomas, sobretudo em grego, a língua universal da época.

No interior do retângulo maior situava-se o Templo, que se elevava sobre o Pátio dos Gentios, por conseguinte, existiam escadarias que conduziam a novas muralhas, formadas por colunas e galerias, e que contornavam o prédio do Templo, também de forma retangular. Adentrando-se os muros do templo, encontrar-se-ia o acesso ao pátio das mulheres. Era preciso subir degraus para penetrar no pátio dos homens, simbolizando a superioridades dos homens perante Deus.

PINÁCULO DO TEMPLO: uma das fortificações, ou torres, que ficava acima do pátio do Templo de Jerusalém. Era a torre mais alta. Nessa torre era possível observar todo o povo que transitava nos pátios, e da mesma forma, se alguém saltasse da torre, e flutuasse no ar amparado por anjos, seria visto pelas massas aglomeradas, numa exibição incontestável de poder. Seria um fenômeno deveras impactante.

Um profeta de nome Malaquias havia dito que o Messias faria isso. Sempre necessário termos em mente que mais de oitenta por cento do Antigo Testamento contém linguagem figurada, expressões de linguagem, e figuras de linguagem em seus versículos.


Jesus não viera para provar que tinha poderes incomuns, e que poderia fazer uso desses poderes para – através do espetáculo – provar ser O Messias, atraindo, pois, todo o povo para si.

Jesus nunca usaria Suas formidáveis capacidades psíquicas para demonstrar poder e conquistar adeptos. Todos os prodígios que realizara tinham objetivos específicos, seja curar, ensinar ou amparar algum necessitado. O fenômeno mais impactante não ocorriam em público, mas na companhia de seus discípulos. Ao contrario, obrava em segredo, e pedia que os beneficiados não as divulgassem (curas, tabor).

Ele atraia o povo pela sua caridade enorme, generosa, franca, amiga e ininterrupta.

As religiões cristãs, à semelhança de Jesus, devem se abster de usar fenômenos espetaculares para conquistar adeptos. Todos os fenômenos devem atender – única e exclusivamente – aos imperativos da caridade.

 Livro: Religião dos Espíritos

Capítulo: Fenômeno mediúnico

Emmanuel/Francisco Cândido Xavier

Editora FEB

O fenômeno mediúnico é de todos os tempos e ocioso seria mostrar, num estudo simples, o papel que lhe cabe na gênese de todos os caminhos religiosos.

Importa anotar, porém, que os povos primitivos, sentindo a influência dos desencarnados a lhes pesar no orçamento psíquico, promovem medidas com que supõem garantir-lhes segurança e tranqüilidade no reino da morte.

Egípcios, assírio-caldeus, gregos, israelitas e romanos prestam-lhes homenagens e considerações.

E para vê-los e ouvi-los conservam consigo certa classe de iniciados característicos.

Equivalendo aos médiuns modernos, havia sacerdotes em Tebas, magos em Babilônia, oráculos em Atenas, profetas em Jerusalém e arúspices em Roma.

Administrações e cometimentos, embaixadas e expedições, exércitos e esquadras movimentam-se, quase sempre, sob invocações e predições.

A civilização faraônica adquire mais largo esplendor, ao pé dos túmulos.

A comunidade ninivita consulta adivinhos e astrólogos.

Especifica a tradição que a alma de Teseu, em refulgente armadura, guiava as legiões helênicas, em Maratona.

Conta o Velho Testamento que dedos intangíveis escrevem terrível sentença no festim de Baltasar.

A sociedade patrícia celebra as festas lemurianas, com o intuito de apaziguar os Espíritos errantes.

Contudo, quase todas as manifestações de intercâmbio, entre os vivos da Terra e os vivos da Espiritualidade, evidenciavam-se mescladas de sombra e luz.

No delírio de símbolos e amuletos, em nome dos mortos, estimulavam-se preces e libações, virtudes e vícios, epopéias e bacanais.

Com Jesus, no entanto, recolhe o homem o necessário crivo moral para definir responsabilidades e objetivos.

Em sua luminosa passagem, o fenômeno mediúnico, por toda parte, é intimado à redenção da consciência.

É assim que surpreendemos o Divino Mestre afirmando-se em atitudes claras e decisivas.

Não somente induz Maria de Magdala a que se liberte dos perseguidores invisíveis que a subjugam, mas também a criar, em si própria, as qualidades condignas com que se fará, mais tarde, a mensageira ideal da ressurreição.

Socorre, generoso, os alienados mentais do caminho, desalgemando-os das entidades infelizes que os atenazam; contudo, entretém-se, ele mesmo, com Espíritos glorificados, no cimo do Tabor.

Promete a Simão Pedro auxiliá-lo contra o assalto das trevas e, tolerando-lhe pacientemente as fraquezas na hora da negação, condu-lo, pouco a pouco, à exaltação apostólica.

Honorificando a humildade de Estêvão, que suporta sereno as fúrias que o apedrejam, aciona-lhe os mecanismos da clarividência, e o mártir percebe-lhe a presença sublime, antes de se render à imposição da morte.

Compadece-se de Saulo de Tarso, obsidiado por seres cruéis que o transformam em desalmado verdugo, e aparece-lhe, em espírito, na senda de Damasco, para ensiná-lo, através de longos anos de renunciação e martírio, a converter-se em padrão vivo de bondade e entendimento.

E continuando-lhe o ministério divino, dispomos hoje, na Terra, da Doutrina Espírita a restaurar-lhe as lições como força que educa o fenômeno psíquico, joeirando-lhe as expressões e demonstrando-nos a todos que não bastam mediunidades fulgurantes, endereçadas ao regozijo da inteligência, no palanque das teorias ou no banquete das convicções, e sim que, sobretudo, é inadiável a nossa purificação de espírito para o levantamento do Bem Eterno. Emmanuel/FCX



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