sábado, 28 de maio de 2011

Origens de O Evangelho Segundo Lucas - programa 7


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# Estando em Trôade, com Silas e Timóteo, Paulo de Tarso tem a grata alegria de reencontrá-lo, numa casa de comércio, a fazer compras. Lucas (como o conhecemos) fala ao amigo que há dois anos, trabalha em uma embarcação que se encontra a caminho da Samotrácia.
 #  Ao saber do projeto de viagem de Paulo à Macedônia e da inexistência de recursos para o custeio do percurso, Lucano se dispõe a pagar todas as despesas. Não é rico, mas tem proventos.
# Como sua mãe já houvesse partido para a esfera espiritual, o Apóstolo dos gentios o convida a se dedicar inteiramente ao trabalho do Mestre Jesus. No dia seguinte, ele já estava participando da equipe de Paulo. Licenciou-se, por um ano, dos serviços médicos no navio, apresentando um substituto, para conseguir seu intento.
# Seguidor de Paulo, conheceu o Apóstolo dos Gentios em Antioquia, utiliza várias vezes o “nós”, referindo-se a Paulo. A ele associou-se desde as primeiras pregações na Grécia, acompanhou-o na sua visita final à Palestina, e também na viagem a Roma.
# De forma intermitente, embora, Lucas segue o amigo. Em Jerusalém, quando o ex-rabino está sendo apedrejado, ele não hesita em comparecer perante as autoridades romanas, solicitando-lhes a interferência e, assim, impedindo o suplício. Nos anos finais de Paulo, lhe constitui o esteio moral e físico, vivendo ambos sob o terror implantado por Tigelino, ao tempo do Imperador Nero, em Roma
# Na 2.ª  Carta de Paulo (4:11) a Timóteo, Paulo escreve “só Lucas está comigo”. Paulo na sua prisão havia sido abandonado por todos, menos Lucas.
# Livro “Paulo e Estevão” -  Ditado pelo espírito Emmanuel ao médium Francisco Cândido Xavier - Capítulo  “MARTÍRIO EM JERUSALÉM”:
“À vista disso, embora respeitado pela franqueza e lealdade, Paulo houve de amargar dois anos de reclusão em Cesaréia, tempo esse aproveitado em relações constantes com as suas igrejas bem-amadas. Inumeráveis mensagens iam e vinham, trazendo consultas e levando pareceres e instruções.
A esse tempo, o ex-doutor de Jerusalém chamou a atenção de Lucas para o velho projeto de escrever uma biografia de Jesus, valendo-se das informações de Maria; lamentou não poder ir a Éfeso, incumbindo-o desse trabalho, que reputava de capital importância para os adeptos do Cristianismo.
O médico amigo satisfez-lhe integralmente o desejo, legando à posteridade o precioso relato da vida do Mestre, rico de luzes e esperanças divinas.
Terminadas as anotações evangélicas, o espírito dinâmico do Apóstolo da gentilidade encareceu a necessidade de um trabalho que fixasse as atividades apostólicas logo após a partida do Cristo, para que o mundo conhecesse as gloriosas revelações do Pentecostes, e assim se originou o magnífico relatório de Lucas, que é — Atos dos Apóstolos.”
***

Origens de O Evangelho Segundo Lucas - programa 7


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# Estando em Trôade, com Silas e Timóteo, Paulo de Tarso tem a grata alegria de reencontrá-lo, numa casa de comércio, a fazer compras. Lucas (como o conhecemos) fala ao amigo que há dois anos, trabalha em uma embarcação que se encontra a caminho da Samotrácia.
 #  Ao saber do projeto de viagem de Paulo à Macedônia e da inexistência de recursos para o custeio do percurso, Lucano se dispõe a pagar todas as despesas. Não é rico, mas tem proventos.
# Como sua mãe já houvesse partido para a esfera espiritual, o Apóstolo dos gentios o convida a se dedicar inteiramente ao trabalho do Mestre Jesus. No dia seguinte, ele já estava participando da equipe de Paulo. Licenciou-se, por um ano, dos serviços médicos no navio, apresentando um substituto, para conseguir seu intento.
# Seguidor de Paulo, conheceu o Apóstolo dos Gentios em Antioquia, utiliza várias vezes o “nós”, referindo-se a Paulo. A ele associou-se desde as primeiras pregações na Grécia, acompanhou-o na sua visita final à Palestina, e também na viagem a Roma.
# De forma intermitente, embora, Lucas segue o amigo. Em Jerusalém, quando o ex-rabino está sendo apedrejado, ele não hesita em comparecer perante as autoridades romanas, solicitando-lhes a interferência e, assim, impedindo o suplício. Nos anos finais de Paulo, lhe constitui o esteio moral e físico, vivendo ambos sob o terror implantado por Tigelino, ao tempo do Imperador Nero, em Roma
# Na 2.ª  Carta de Paulo (4:11) a Timóteo, Paulo escreve “só Lucas está comigo”. Paulo na sua prisão havia sido abandonado por todos, menos Lucas.
# Livro “Paulo e Estevão” -  Ditado pelo espírito Emmanuel ao médium Francisco Cândido Xavier - Capítulo  “MARTÍRIO EM JERUSALÉM”:
“À vista disso, embora respeitado pela franqueza e lealdade, Paulo houve de amargar dois anos de reclusão em Cesaréia, tempo esse aproveitado em relações constantes com as suas igrejas bem-amadas. Inumeráveis mensagens iam e vinham, trazendo consultas e levando pareceres e instruções.
A esse tempo, o ex-doutor de Jerusalém chamou a atenção de Lucas para o velho projeto de escrever uma biografia de Jesus, valendo-se das informações de Maria; lamentou não poder ir a Éfeso, incumbindo-o desse trabalho, que reputava de capital importância para os adeptos do Cristianismo.
O médico amigo satisfez-lhe integralmente o desejo, legando à posteridade o precioso relato da vida do Mestre, rico de luzes e esperanças divinas.
Terminadas as anotações evangélicas, o espírito dinâmico do Apóstolo da gentilidade encareceu a necessidade de um trabalho que fixasse as atividades apostólicas logo após a partida do Cristo, para que o mundo conhecesse as gloriosas revelações do Pentecostes, e assim se originou o magnífico relatório de Lucas, que é — Atos dos Apóstolos.”
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quinta-feira, 26 de maio de 2011

ARTIGO: FIEL OBEDIÊNCIA ÀS LEIS


FIEL OBEDIÊNCIA ÀS LEIS
Autor Fabiano P Nunes

Artigo publicado na REVISTA CULTURA ESPÍRITA, do Instituto de Cultura Espírita do Brasil, ano III, n. 26, Maio de 2011. p.15. 

Na atualidade, observam-se lamentáveis desrespeitos às leis, nas mais variadas esferas da sociedade. Referimo-nos não somente às ações claramente marginais aos códigos legais, mas também aos atos de menor expressão, muitas vezes sutilmente justificado por uma, suposta, nobreza quanto aos seus fins. Sonegação de impostos, desrespeito aos estatutos sociais, trabalho informal, cópias ilegais, desprezo às normas éticas, ofensas à moral e danos ao patrimônio, estão entre os atos censuráveis comuns.

O cristão, mormente os espíritas, jamais deverá se postar à margem da lei, sob qualquer pretexto, ainda que esteja ao açodar das injustiças e penúrias. Urge nunca assentar o espiritismo-cristão na marginalidade legal, em tempo algum.

Como usual, Jesus apresenta-se como probo exemplo de obediência aos códigos legalísticos.

Conquanto importantes pesquisadores tenham defendido a tese de que o Jesus da História teria assumido uma postura revolucionária1, sabe-se que – ao contrário – Ele fora o modelo e guia da integral observância das leis sociais.

Paulo de Tarso, considerado como um dos maiores intérpretes do Evangelho em toda a história cristã, em sua carta aos Filipenses2 assevera que Ele, “tornando-se semelhante aos homens e reconhecido em seu aspecto como um homem, abaixou-se, tornando-se obediente até a morte, à morte sobre uma cruz.”

Nessa ímpar exegese, o apóstolo dos gentios estabelece três conceitos essências para o entendimento da missão do Cristo na Terra: a humanidade de Jesus, Sua humildade e Sua obediência às leis vigentes. Esta ideia reveste-se de sublime comprobação ao observarmos a integral obediência, e a absoluta resignação, com que Jesus vivenciara as arbitrariedades de Seu processo de prisão, julgamento e execução.

Notáveis pesquisadores têm demonstrado as inúmeras ilegalidades dos julgamentos sofridos por Jesus, não apenas na Corte Suprema Judaica daquele tempo, o Sinédrio, como também na aplicação do Direito Romano exercida por Pôncio Pilatos.

Dentre as ilicitudes cometidas pelo Tribunal Judaico no Seu processo de prisão e julgamento, uma se nos apresenta com especial gravidade: a inexistência de – no mínimo – duas testemunhas de acusação, verazes. Em verdade, essa violação fora extremamente elementar, posto que o livro de Moisés - o Deuteronômio – assim determinava:

“Somente pela deposição de duas ou três testemunhas poder-se-á condenar alguém à morte; ninguém será morto pela deposição de uma só testemunha”3

“Uma única testemunha não é suficiente contra alguém, em qualquer caso de iniqüidade ou de pecado que haja cometido” 4. 

“Se a testemunha for uma testemunha falsa, e tiver caluniado seu irmão, então vós a tratareis conforme ela própria maquinava tratar o seu próximo”5.

À luz dessas chaves ao entendimento contidas no Antigo Testamento, poder-se-á apreender  - em Marcos6 - a seriedade das ilicitudes cometidas pelo referido tribunal hebreu:

Ora, os chefes dos sacerdotes e todo o Sinédrio procuravam um testemunho contra Jesus para matá-lo, mas nada encontravam. Pois muitos davam falso testemunho contra Ele, mas os testemunhos não eram congruentes. Alguns, levantando-se, davam falso testemunho contra Ele”.[...]

[...] O Sumo Sacerdote, então, rasgando as suas túnicas disse: Que necessidade temos ainda de testemunhas? Ouvistes a blasfêmia. Que vos parece? E todos julgaram-no réu de morte”.

Dessa forma, houvera uma inequívoca, e voluntária, transgressão da Lei Mosaica por parte do próprio Sinédrio, a qual seria passível da mesma punição imputada ao Humilde Réu.

Para agravar a injustiça da condenação do Carpinteiro de Nazaré, Ele ainda estivera sob o julgamento de outras duas instâncias, a de Herodes Antipas e a de Pôncio Pilatos, que também não encontraram peças judiciais condenatórias robustas, e, por conseguinte, exoraram Sua inocência. Mesmo assim, Jesus fora conduzido à pena capital.

Não obstante Jesus fosse o único Espírito Puro que já pisara a Terra, e porquanto, o mais inocente homem da história, Ele aceitara todos os ajuizamentos - arbitrários, incoerentes e ilegais – sem indignar-se e nem ao menos protestar, mas ao contrário, sendo obediente até o limite de Suas forças, tendo como conseqüência a própria morte por crucificação, vergonhosa e com dores excruciantes, a fim de exemplificar a mais excelente manifestação de fidelidade à Deus, aos amigos, à Causa, assim como às leis da sociedade.

Nunca esqueçamos, pois, que o espírita-cristão deverá ser, sobretudo, um exemplar partidário da boa cidadania, observando fielmente as legislações e as disposições judiciais.

  1. CROSSAN, John D. Jesus, Uma Biografia Revolucionária. Rio de Janeiro, Imago Ed: 1995. 216 p.
  2. BÍBLIA. Português. Bíblia de Jerusalém. Nova edição rev. e ampl. São Paulo: Paulus, 2002. Epístola aos Filipenses, cap. 2, vers. 8, p. 2049.
  3. Ibidem. Deuteronômio, cap. 17, vers. 6, p. 279.
  4. Ibidem. Deuteronômio, cap.19, vers. 15, p. 282.
  5. Ibidem. Deuteronômio, cap.19, vers. 18-19, p. 282.
  6. Ibidem. Evangelho Segundo Marcos, cap. 14, vers. 55-64, p.1782
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ARTIGO: FIEL OBEDIÊNCIA ÀS LEIS


FIEL OBEDIÊNCIA ÀS LEIS
Autor Fabiano P Nunes

Artigo publicado na REVISTA CULTURA ESPÍRITA, do Instituto de Cultura Espírita do Brasil, ano III, n. 26, Maio de 2011. p.15. 

Na atualidade, observam-se lamentáveis desrespeitos às leis, nas mais variadas esferas da sociedade. Referimo-nos não somente às ações claramente marginais aos códigos legais, mas também aos atos de menor expressão, muitas vezes sutilmente justificado por uma, suposta, nobreza quanto aos seus fins. Sonegação de impostos, desrespeito aos estatutos sociais, trabalho informal, cópias ilegais, desprezo às normas éticas, ofensas à moral e danos ao patrimônio, estão entre os atos censuráveis comuns.

O cristão, mormente os espíritas, jamais deverá se postar à margem da lei, sob qualquer pretexto, ainda que esteja ao açodar das injustiças e penúrias. Urge nunca assentar o espiritismo-cristão na marginalidade legal, em tempo algum.

Como usual, Jesus apresenta-se como probo exemplo de obediência aos códigos legalísticos.

Conquanto importantes pesquisadores tenham defendido a tese de que o Jesus da História teria assumido uma postura revolucionária1, sabe-se que – ao contrário – Ele fora o modelo e guia da integral observância das leis sociais.

Paulo de Tarso, considerado como um dos maiores intérpretes do Evangelho em toda a história cristã, em sua carta aos Filipenses2 assevera que Ele, “tornando-se semelhante aos homens e reconhecido em seu aspecto como um homem, abaixou-se, tornando-se obediente até a morte, à morte sobre uma cruz.”

Nessa ímpar exegese, o apóstolo dos gentios estabelece três conceitos essências para o entendimento da missão do Cristo na Terra: a humanidade de Jesus, Sua humildade e Sua obediência às leis vigentes. Esta ideia reveste-se de sublime comprobação ao observarmos a integral obediência, e a absoluta resignação, com que Jesus vivenciara as arbitrariedades de Seu processo de prisão, julgamento e execução.

Notáveis pesquisadores têm demonstrado as inúmeras ilegalidades dos julgamentos sofridos por Jesus, não apenas na Corte Suprema Judaica daquele tempo, o Sinédrio, como também na aplicação do Direito Romano exercida por Pôncio Pilatos.

Dentre as ilicitudes cometidas pelo Tribunal Judaico no Seu processo de prisão e julgamento, uma se nos apresenta com especial gravidade: a inexistência de – no mínimo – duas testemunhas de acusação, verazes. Em verdade, essa violação fora extremamente elementar, posto que o livro de Moisés - o Deuteronômio – assim determinava:

“Somente pela deposição de duas ou três testemunhas poder-se-á condenar alguém à morte; ninguém será morto pela deposição de uma só testemunha”3

“Uma única testemunha não é suficiente contra alguém, em qualquer caso de iniqüidade ou de pecado que haja cometido” 4. 

“Se a testemunha for uma testemunha falsa, e tiver caluniado seu irmão, então vós a tratareis conforme ela própria maquinava tratar o seu próximo”5.

À luz dessas chaves ao entendimento contidas no Antigo Testamento, poder-se-á apreender  - em Marcos6 - a seriedade das ilicitudes cometidas pelo referido tribunal hebreu:

Ora, os chefes dos sacerdotes e todo o Sinédrio procuravam um testemunho contra Jesus para matá-lo, mas nada encontravam. Pois muitos davam falso testemunho contra Ele, mas os testemunhos não eram congruentes. Alguns, levantando-se, davam falso testemunho contra Ele”.[...]

[...] O Sumo Sacerdote, então, rasgando as suas túnicas disse: Que necessidade temos ainda de testemunhas? Ouvistes a blasfêmia. Que vos parece? E todos julgaram-no réu de morte”.

Dessa forma, houvera uma inequívoca, e voluntária, transgressão da Lei Mosaica por parte do próprio Sinédrio, a qual seria passível da mesma punição imputada ao Humilde Réu.

Para agravar a injustiça da condenação do Carpinteiro de Nazaré, Ele ainda estivera sob o julgamento de outras duas instâncias, a de Herodes Antipas e a de Pôncio Pilatos, que também não encontraram peças judiciais condenatórias robustas, e, por conseguinte, exoraram Sua inocência. Mesmo assim, Jesus fora conduzido à pena capital.

Não obstante Jesus fosse o único Espírito Puro que já pisara a Terra, e porquanto, o mais inocente homem da história, Ele aceitara todos os ajuizamentos - arbitrários, incoerentes e ilegais – sem indignar-se e nem ao menos protestar, mas ao contrário, sendo obediente até o limite de Suas forças, tendo como conseqüência a própria morte por crucificação, vergonhosa e com dores excruciantes, a fim de exemplificar a mais excelente manifestação de fidelidade à Deus, aos amigos, à Causa, assim como às leis da sociedade.

Nunca esqueçamos, pois, que o espírita-cristão deverá ser, sobretudo, um exemplar partidário da boa cidadania, observando fielmente as legislações e as disposições judiciais.

  1. CROSSAN, John D. Jesus, Uma Biografia Revolucionária. Rio de Janeiro, Imago Ed: 1995. 216 p.
  2. BÍBLIA. Português. Bíblia de Jerusalém. Nova edição rev. e ampl. São Paulo: Paulus, 2002. Epístola aos Filipenses, cap. 2, vers. 8, p. 2049.
  3. Ibidem. Deuteronômio, cap. 17, vers. 6, p. 279.
  4. Ibidem. Deuteronômio, cap.19, vers. 15, p. 282.
  5. Ibidem. Deuteronômio, cap.19, vers. 18-19, p. 282.
  6. Ibidem. Evangelho Segundo Marcos, cap. 14, vers. 55-64, p.1782
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domingo, 22 de maio de 2011

Origens de O Evangelho Segundo Lucas - programa 6


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# Atos dos Apóstolos, 11:26

"e tendo-o achado, o levou para Antioquia. E durante um ano inteiro reuniram-se naquela igreja e instruíram muita gente; e em Antioquia os discípulos pela primeira vez foram chamados cristãos."

# Livro “Paulo e Estevão”, Ditado pelo espírito Emmanuel ao médium Francisco Cândido Xavier. Capítulo “LABORES APOSTÓLICOS”:

“A instituição fora iniciada por discípulos de Jerusalém, sob os alvitres generosos de Simão Pedro.”

“Antioquia era dos maiores centros operários.” “Não faltavam contribuintes para o custeio das obras [...] entretanto, escasseavam os legítimos trabalhadores do pensamento.” [...]

[...] “A instituição de Antioquia era, então, muito mais sedutora que a própria igreja de Jerusalém. Vivia-se ali num ambiente de simplicidade pura [...]. Havia riqueza, porque não faltava trabalho. Todos amavam as obrigações diuturnas, aguardando o repouso da noite nas reuniões da igreja, qual uma bênção de Deus.” [...]

“A união de pensamentos em torno de um só objetivo dava ensejo a formosas manifestações de espiritualidade. Em noites determinadas, havia fenômenos de ‘vozes diretas’”

“A igreja tornou-se venerável por suas obras de caridade e pelos fenômenos de que se constituíra organismo central – Viajantes ilustres visitavam-na cheios de interesse.”

“Os mais generosos faziam questão de lhe amparar os encargos de benemerência social. Foi aí que surgiu, certa vez, um médico muito jovem, de nome Lucas.

De passagem pela cidade, aproximou-se da igreja animado por sincero desejo de aprender algo de novo.”

[...] “Sua atenção fixou-se, de modo especial, naquele homem de aparência quase rude, que fermentava as opiniões, antes que Barnabé empreendesse a abertura dos trabalhos.”

“Aquelas atitudes de Saulo, evidenciando a preocupação generosa de ensinar e aprender simultaneamente, impressionaran-no a ponto de apresentar-se ao ex-rabino, desejoso de ouvi-lo com mais frequência.

— Pois não — disse o Apóstolo satisfeito —, minha tenda está às suas ordens. E enquanto permaneceu na cidade, ambos se empenhavam diariamente em proveitosas palestras, concernentes ao ensino de Jesus.” [...]

[...] “Na véspera de partir, fez uma observação que modificaria para sempre a denominação dos discípulos do Evangelho.

Barnabé havia terminado os comentários da noite, quando o médico tomou a palavra para despedir-se. Falava emocionado e, por fim, considerou acertadamente:

— Irmãos, afastando-me de vós, levo o propósito de trabalhar pelo Mestre, empregando nisso todo o cabedal de minhas fracas forças. Não tenho dúvida alguma quanto à extensão deste movimento espiritual. Para mim, ele transformará o mundo inteiro. Entretanto, pondero a necessidade de imprimirmos a melhor expressão de unidade às suas manifestações.

Quero referir-me aos títulos que nos identificam a comunidade. Não vejo na palavra “caminho” uma designação perfeita, que traduza o nosso esforço, Os discípulos do Cristo são chamados viajores”, “peregrinos”, “caminheiros”.

Mas há viandantes e estiadas de todos os matizes. O mal tem, igualmente, os seus caminhos.

Não seria mais justo chamarmo-nos — cristãos — uns aos outros?

Este título nos recordará a presença do Mestre, nos dará energia em seu nome e caracterizará, de modo perfeito, as nossas atividades em concordância com os Seus ensinos. A sugestão de Lucas foi aprovada com alegria geral” [...]

[...] O alvitre de Lucas estendeu-se rapidamente a todos os núcleos evangélicos, inclusive Jerusalém, que o recebeu com especial simpatia. Dentro de breve tempo, em toda parte, a palavra “cristianismo” substituía a palavra caminho.

A igreja de Antioquia continuava oferecendo as mais belas expressões evolutivas. De todas as grandes cidades afluíam colaboradores sinceros. As assembleias estavam sempre cheias de revelações.”[...]



***

Origens de O Evangelho Segundo Lucas - programa 6


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# Atos dos Apóstolos, 11:26

"e tendo-o achado, o levou para Antioquia. E durante um ano inteiro reuniram-se naquela igreja e instruíram muita gente; e em Antioquia os discípulos pela primeira vez foram chamados cristãos."

# Livro “Paulo e Estevão”, Ditado pelo espírito Emmanuel ao médium Francisco Cândido Xavier. Capítulo “LABORES APOSTÓLICOS”:

“A instituição fora iniciada por discípulos de Jerusalém, sob os alvitres generosos de Simão Pedro.”

“Antioquia era dos maiores centros operários.” “Não faltavam contribuintes para o custeio das obras [...] entretanto, escasseavam os legítimos trabalhadores do pensamento.” [...]

[...] “A instituição de Antioquia era, então, muito mais sedutora que a própria igreja de Jerusalém. Vivia-se ali num ambiente de simplicidade pura [...]. Havia riqueza, porque não faltava trabalho. Todos amavam as obrigações diuturnas, aguardando o repouso da noite nas reuniões da igreja, qual uma bênção de Deus.” [...]

“A união de pensamentos em torno de um só objetivo dava ensejo a formosas manifestações de espiritualidade. Em noites determinadas, havia fenômenos de ‘vozes diretas’”

“A igreja tornou-se venerável por suas obras de caridade e pelos fenômenos de que se constituíra organismo central – Viajantes ilustres visitavam-na cheios de interesse.”

“Os mais generosos faziam questão de lhe amparar os encargos de benemerência social. Foi aí que surgiu, certa vez, um médico muito jovem, de nome Lucas.

De passagem pela cidade, aproximou-se da igreja animado por sincero desejo de aprender algo de novo.”

[...] “Sua atenção fixou-se, de modo especial, naquele homem de aparência quase rude, que fermentava as opiniões, antes que Barnabé empreendesse a abertura dos trabalhos.”

“Aquelas atitudes de Saulo, evidenciando a preocupação generosa de ensinar e aprender simultaneamente, impressionaran-no a ponto de apresentar-se ao ex-rabino, desejoso de ouvi-lo com mais frequência.

— Pois não — disse o Apóstolo satisfeito —, minha tenda está às suas ordens. E enquanto permaneceu na cidade, ambos se empenhavam diariamente em proveitosas palestras, concernentes ao ensino de Jesus.” [...]

[...] “Na véspera de partir, fez uma observação que modificaria para sempre a denominação dos discípulos do Evangelho.

Barnabé havia terminado os comentários da noite, quando o médico tomou a palavra para despedir-se. Falava emocionado e, por fim, considerou acertadamente:

— Irmãos, afastando-me de vós, levo o propósito de trabalhar pelo Mestre, empregando nisso todo o cabedal de minhas fracas forças. Não tenho dúvida alguma quanto à extensão deste movimento espiritual. Para mim, ele transformará o mundo inteiro. Entretanto, pondero a necessidade de imprimirmos a melhor expressão de unidade às suas manifestações.

Quero referir-me aos títulos que nos identificam a comunidade. Não vejo na palavra “caminho” uma designação perfeita, que traduza o nosso esforço, Os discípulos do Cristo são chamados viajores”, “peregrinos”, “caminheiros”.

Mas há viandantes e estiadas de todos os matizes. O mal tem, igualmente, os seus caminhos.

Não seria mais justo chamarmo-nos — cristãos — uns aos outros?

Este título nos recordará a presença do Mestre, nos dará energia em seu nome e caracterizará, de modo perfeito, as nossas atividades em concordância com os Seus ensinos. A sugestão de Lucas foi aprovada com alegria geral” [...]

[...] O alvitre de Lucas estendeu-se rapidamente a todos os núcleos evangélicos, inclusive Jerusalém, que o recebeu com especial simpatia. Dentro de breve tempo, em toda parte, a palavra “cristianismo” substituía a palavra caminho.

A igreja de Antioquia continuava oferecendo as mais belas expressões evolutivas. De todas as grandes cidades afluíam colaboradores sinceros. As assembleias estavam sempre cheias de revelações.”[...]



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domingo, 15 de maio de 2011

O ESPIRITISMO É UMA RELIGIÃO?


Com a palavra, Allan Kardec - o apóstolo da Terceira Revelação:

O Espiritismo é uma religião?

[...] “Por que, então, temos declarado que o Espiritismo não é uma religião?

Em razão de não haver senão uma palavra para exprimir duas idéias diferentes, e que, na opinião geral, a palavra religião é inseparável da de culto; porque desperta exclusivamente uma idéia de forma, que o Espiritismo não tem.

Se o Espiritismo se dissesse uma religião, o público não veria aí mais que uma nova edição, uma variante, se se quiser, dos princípios absolutos em matéria de fé; uma casta sacerdotal com seu cortejo de hierarquias, de cerimônias e de privilégios; não o separaria das idéias de misticismo e dos abusos contra os quais tantas vezes a opinião se levantou.

Não tendo o Espiritismo nenhum dos caracteres de uma religião, na acepção usual da palavra, não podia nem devia enfeitar-se com um título sobre cujo valor inevitavelmente se teria equivocado.

Eis por que simplesmente se diz: doutrina filosófica e moral.

As reuniões espíritas podem, pois, ser feitas religiosamente, isto é, com o recolhimento e o respeito que comporta a natureza grave dos assuntos de que se ocupa; pode-se mesmo, na ocasião, aí fazer preces que, em vez de serem ditas em particular, são ditas em comum, sem que, por isto, sejam tomadas por assembleias religiosas.

Não se pense que isto seja um jogo de palavras; a nuança é perfeitamente clara, e a aparente confusão não provém senão da falta de uma palavra para cada idéia.

Qual é, pois, o laço que deve existir entre os espíritas?

Eles não estão unidos entre si por nenhum contrato material, por nenhuma prática obrigatória.

Qual o sentimento no qual se deve confundir todos os pensamentos?

É um sentimento todo moral, todo espiritual, todo humanitário: o da caridade para com todos ou, em outras palavras: o amor do próximo, que compreende os vivos e os mortos, pois sabemos que os mortos sempre fazem parte da Humanidade.

A caridade é a alma do Espiritismo; ela resume todos os deveres do homem para consigo mesmo e para com os seus semelhantes, razão por que se pode dizer que não há verdadeiro espírita sem caridade.” [...]

[...] “Crer num Deus Todo-Poderoso, soberanamente justo e bom; crer na alma e em sua imortalidade; na preexistência da alma como única justificação do presente; na pluralidade das existências como meio de expiação, de reparação e de adiantamento intelectual e moral; na perfectibilidade dos seres mais imperfeitos; na felicidade crescente com a perfeição; na eqüitativa remuneração do bem e do mal, segundo o princípio: a cada um segundo as suas obras; na igualdade da justiça para todos, sem exceções, favores nem privilégios para nenhuma criatura; na duração da expiação limitada à da imperfeição; no livre-arbítrio do homem, que lhe deixa sempre a escolha entre o bem e o mal; crer na continuidade das relações entre o mundo visível e o mundo invisível; na solidariedade que religa todos os seres passados, presentes efuturos, encarnados e desencarnados; considerar a vida terrestre como transitória e uma das fases da vida do Espírito, que é eterno; aceitar corajosamente as provações, em vista de um futuro mais invejável que o presente; praticar a caridade em pensamentos, em palavras e obras na mais larga acepção do termo; esforçar-se cada dia para ser melhor que na véspera, extirpando toda imperfeição de sua alma; submeter todas as crenças ao controle do livre-exame e da razão, e nada aceitar pela fé cega; respeitar todas as crenças sinceras, por mais irracionais que nos pareçam, e não violentar a consciência de ninguém; ver, enfim, nas descobertas da Ciência, a revelação das leis da Natureza, que são as leis de Deus: eis o Credo, a religião do Espiritismo, religião que pode conciliar-se com todos os cultos, isto é, com todas as maneiras de adorar a Deus.

É o laço que deve unir todos os espíritas numa santa comunhão de pensamentos, esperando que ligue todos os homens sob a bandeira da fraternidade universal.

Com a fraternidade, filha da caridade, os homens viverão em paz e se pouparão males inumeráveis, que nascem da discórdia, por sua vez filha do orgulho, do egoísmo, da ambição, da inveja e de todas as imperfeições da Humanidade.

O Espiritismo dá aos homens tudo o que é preciso para a sua felicidade aqui na Terra, porque lhes ensina a se contentarem com o que têm.

Que os espíritas sejam, pois, os primeiros a aproveitar os benefícios que ele traz, e que inaugurem entre si o reino da harmonia, que resplandecerá nas gerações futuras.” [...]

Discurso de Allan Kardec na Sessão Anual Comemorativa do dia dos Mortos, Sociedade de Paris, 1o de novembro de 1868

Título: O Espiritismo é uma religião?

Revista Espírita: jornal de estudos psicológicos. Ano XI, dezembro de 1868. Tradução Evandro Noleto Bezerra: FEB, 2005; p. 491-5.
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O ESPIRITISMO É UMA RELIGIÃO?


Com a palavra, Allan Kardec - o apóstolo da Terceira Revelação:

O Espiritismo é uma religião?

[...] “Por que, então, temos declarado que o Espiritismo não é uma religião?

Em razão de não haver senão uma palavra para exprimir duas idéias diferentes, e que, na opinião geral, a palavra religião é inseparável da de culto; porque desperta exclusivamente uma idéia de forma, que o Espiritismo não tem.

Se o Espiritismo se dissesse uma religião, o público não veria aí mais que uma nova edição, uma variante, se se quiser, dos princípios absolutos em matéria de fé; uma casta sacerdotal com seu cortejo de hierarquias, de cerimônias e de privilégios; não o separaria das idéias de misticismo e dos abusos contra os quais tantas vezes a opinião se levantou.

Não tendo o Espiritismo nenhum dos caracteres de uma religião, na acepção usual da palavra, não podia nem devia enfeitar-se com um título sobre cujo valor inevitavelmente se teria equivocado.

Eis por que simplesmente se diz: doutrina filosófica e moral.

As reuniões espíritas podem, pois, ser feitas religiosamente, isto é, com o recolhimento e o respeito que comporta a natureza grave dos assuntos de que se ocupa; pode-se mesmo, na ocasião, aí fazer preces que, em vez de serem ditas em particular, são ditas em comum, sem que, por isto, sejam tomadas por assembleias religiosas.

Não se pense que isto seja um jogo de palavras; a nuança é perfeitamente clara, e a aparente confusão não provém senão da falta de uma palavra para cada idéia.

Qual é, pois, o laço que deve existir entre os espíritas?

Eles não estão unidos entre si por nenhum contrato material, por nenhuma prática obrigatória.

Qual o sentimento no qual se deve confundir todos os pensamentos?

É um sentimento todo moral, todo espiritual, todo humanitário: o da caridade para com todos ou, em outras palavras: o amor do próximo, que compreende os vivos e os mortos, pois sabemos que os mortos sempre fazem parte da Humanidade.

A caridade é a alma do Espiritismo; ela resume todos os deveres do homem para consigo mesmo e para com os seus semelhantes, razão por que se pode dizer que não há verdadeiro espírita sem caridade.” [...]

[...] “Crer num Deus Todo-Poderoso, soberanamente justo e bom; crer na alma e em sua imortalidade; na preexistência da alma como única justificação do presente; na pluralidade das existências como meio de expiação, de reparação e de adiantamento intelectual e moral; na perfectibilidade dos seres mais imperfeitos; na felicidade crescente com a perfeição; na eqüitativa remuneração do bem e do mal, segundo o princípio: a cada um segundo as suas obras; na igualdade da justiça para todos, sem exceções, favores nem privilégios para nenhuma criatura; na duração da expiação limitada à da imperfeição; no livre-arbítrio do homem, que lhe deixa sempre a escolha entre o bem e o mal; crer na continuidade das relações entre o mundo visível e o mundo invisível; na solidariedade que religa todos os seres passados, presentes efuturos, encarnados e desencarnados; considerar a vida terrestre como transitória e uma das fases da vida do Espírito, que é eterno; aceitar corajosamente as provações, em vista de um futuro mais invejável que o presente; praticar a caridade em pensamentos, em palavras e obras na mais larga acepção do termo; esforçar-se cada dia para ser melhor que na véspera, extirpando toda imperfeição de sua alma; submeter todas as crenças ao controle do livre-exame e da razão, e nada aceitar pela fé cega; respeitar todas as crenças sinceras, por mais irracionais que nos pareçam, e não violentar a consciência de ninguém; ver, enfim, nas descobertas da Ciência, a revelação das leis da Natureza, que são as leis de Deus: eis o Credo, a religião do Espiritismo, religião que pode conciliar-se com todos os cultos, isto é, com todas as maneiras de adorar a Deus.

É o laço que deve unir todos os espíritas numa santa comunhão de pensamentos, esperando que ligue todos os homens sob a bandeira da fraternidade universal.

Com a fraternidade, filha da caridade, os homens viverão em paz e se pouparão males inumeráveis, que nascem da discórdia, por sua vez filha do orgulho, do egoísmo, da ambição, da inveja e de todas as imperfeições da Humanidade.

O Espiritismo dá aos homens tudo o que é preciso para a sua felicidade aqui na Terra, porque lhes ensina a se contentarem com o que têm.

Que os espíritas sejam, pois, os primeiros a aproveitar os benefícios que ele traz, e que inaugurem entre si o reino da harmonia, que resplandecerá nas gerações futuras.” [...]

Discurso de Allan Kardec na Sessão Anual Comemorativa do dia dos Mortos, Sociedade de Paris, 1o de novembro de 1868

Título: O Espiritismo é uma religião?

Revista Espírita: jornal de estudos psicológicos. Ano XI, dezembro de 1868. Tradução Evandro Noleto Bezerra: FEB, 2005; p. 491-5.
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sábado, 14 de maio de 2011

Origens de O Evangelho Segundo Lucas - programa 5


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  • As origens dos escritos de Lucas

 LUCAS DE ANTIOQUIA

Matéria publicada no Jornal Mundo Espírita - março/2003

Capturado de http://www.feparana.com.br/biografia.php?cod_biog=195 em 10 de maio de 2011.

' Ele não era judeu. Não conheceu pessoalmente Jesus. Filho de um erudito escravo grego, de nome Enéias, que servia em casa de um tribuno romano, depois nomeado governador de Antioquia, na Síria, de nome Diodoro Cirino. Sua mãe chamava-se Íris e dizia-se ser extremamente bela.
  Lucano, ou Lucianus (em latim) nasceu em Antioquia e estudou Medicina na Escola de Alexandria. Conheceu o Apóstolo Paulo, nessa mesma cidade, e se tornou seu amigo fiel, médico dedicado e companheiro de muitas andanças.
  Estando em Trôade, com Silas e Timóteo, Paulo de Tarso tem a grata alegria de reencontrá-lo, numa casa de comércio, a fazer compras. Lucas (como o conhecemos) fala ao amigo que há dois anos, trabalha em uma embarcação que se encontra a caminho da Samotrácia.
  Ao saber do projeto de viagem de Paulo à Macedônia e da inexistência de recursos para o custeio do percurso, Lucano se dispõe a pagar todas as despesas. Não é rico, mas tem proventos.
  Como sua mãe já houvesse partido para a esfera espiritual, o Apóstolo dos gentios o convida a se dedicar inteiramente ao trabalho do Mestre Jesus. No dia seguinte, ele já estava participando da equipe de Paulo. Licenciou-se, por um ano, dos serviços médicos no navio, apresentando um substituto, para conseguir seu intento.
  De forma intermitente, embora, Lucas segue o amigo. Em Jerusalém, quando o ex-rabino está sendo apedrejado, ele não hesita em comparecer perante as autoridades romanas, solicitando-lhes a interferência e, assim, impedindo o suplício. Nos anos finais de Paulo, lhe constitui o esteio moral e físico, vivendo ambos sob o terror implantado por Tigelino, ao tempo do Imperador Nero, em Roma.
  Foi ele, Lucas, quem sugeriu o nome de cristãos aos primeiros trabalhadores da Boa Nova, que eram conhecidos, até então, como viajores, peregrinos, caminhantes, "homens do caminho".
  Em Cesaréia, no cativeiro, o ex-doutor de Jerusalém chama a atenção de Lucas para o seu próprio projeto de escrever uma biografia de Jesus, valendo-se das informações de Maria, Sua mãe. Na impossibilidade de ir a Éfeso, roga a ele que o faça. "O médico amigo satisfez-lhe integralmente o desejo, legando à posteridade o precioso relato da vida do Mestre, rico de luzes e esperanças divinas."(06)
  Como era costume nos círculos literários da época, dedicar o trabalho a um amigo ou patrono, ele o dedica a Theophilus, chamando-o Excelentíssimo Teófilo. O nome era comum entre os judeus e não judeus de fala grega, e significa "amigo de Deus".
  Lucas fez o trabalho de um verdadeiro repórter, entrevistando testemunhas oculares dos ditos e feitos do Galileu. Todos os Evangelhos falam da negação de Pedro, mas somente Lucas comenta que Jesus, naquele momento, voltou-se para ele e o olhou fixamente.(Lc. 22:61) Detalhe que ele colheu, pessoalmente, do velho pescador.
  "(...) Como médico, tinha interesse incomum por retratar assuntos da medicina. Deu muita atenção para os acontecimentos relevantes ao nascimento de Cristo. Investigou Isabel e Maria, por isso foi o único que descreveu seus cânticos, bem como os pensamentos íntimos de Maria.(...) era um investigador minucioso, que captou particularidades de Cristo. Percebeu que até seu olhar tinha grande significado intelectual."(01)
  O Evangelho que escreveu, em grego correto, bonito e cheio de vocábulos, em 24 capítulos e 1.151 versículos, contempla, além da história de Jesus criança, dezoito parábolas e seis dos chamados milagres do filho de Maria e José.
  Percebe-se sua preocupação em destacar o carinho de Jesus para com os excluídos da época: doentes, pobres, mulheres e pecadores.
  Ele é o único que descreve o perdão de Jesus a Madalena (Lc. 7:47-48); a parábola da ovelha desgarrada (Lc. 15:3-7), do bom samaritano (Lc. 10:25-37), do filho pródigo (Lc. 15:11-32).
  "Um dos aspectos mais interessantes de Lucas é que freqüentemente fazia a justaposição de uma história de um homem com a de uma mulher. Por exemplo, a cura do demoníaco (Lc. 4:31-37) é seguida da cura da sogra de Pedro ([Lc.]4:38-39), o escravo do centurião é curado([Lc.]7:1-10), o filho da viúva de Naim é curado[Lc.4:11-15], o geraseno demoníaco é curado ([Lc.]8:26-39) seguido pela cura da filha de Jairus e da mulher com hemorragia ([Lc.]8:40-56)."(08)
  "(...) Terminadas as anotações evangélicas, o espírito dinâmico do Apóstolo da gentilidade encareceu a necessidade de um trabalho que fixasse as atividades apostólicas logo após a partida do Cristo, para que o mundo conhecesse as gloriosas revelações do Pentecoste, e assim se originou o magnífico relatório de Lucas, que é - Atos dos Apóstolos"(06), contendo 28 capítulos.
  Cada um dos seus escritos dava, aproximadamente, para preencher um rolo de papiro.
  Considerado patrono dos médicos e dos pintores, nas Artes é "tradicionalmente associado à figura de um touro, umas das quatro criaturas (homem, leão, touro e águia) que cantam junto ao trono de Deus no Apocalipse 4,6-9, e que é interpretado como uma alegoria dos quatro evangelistas.(...)"(04)
  Após a morte de Paulo, pregou na Grécia e desencarnou aos 84 anos de idade.'

  Bibliografia:
  01.CURY, Augusto Jorge. Características intrigantes da personalidade de Cristo. In:___. O mestre dos mestres. (Coleção Análise da inteligência de Cristo). 29. ed. São Paulo:Academia de Inteligência, 1999. cap. I.
  02.BRASILEIRO, Emídio Silva Falcão. O evangelho de Lucas. In:___. O livro dos evangelhos. 2. ed. São Paulo:Lúmen, 2001.
  03.MIRANDA, Hermínio C. Os amigos. In:___. As marcas do Cristo. Rio [de Janeiro]:FEB, 1979. v. I, cap. 4.
  04.READER'S DIGEST. Herdeiros de Jesus Cristo. In:___. Depois de Jesus - o triunfo do cristianismo. Rio de Janeiro: Reader's Digest Brasil, 1999. cap. 3.
  05.VAN DER OSTEN, A . Lucas. In:___. Dicionário enciclopédico da bíblia. 3. ed. Petrópolis: Vozes, 1985.
  06.XAVIER, Francisco Cândido. O martírio em Jerusalém. In:___. Paulo e Estevão. Pelo espírito Emmanuel. Edição especial. Rio de Janeiro:FEB, 2002. pt. 2, cap. VIII.
  07.______. Peregrinações e sacrifícios. In:___. Op. cit. pt. 2, cap. VI.
  08. http://www.cademeusanto.com.br/sao_lucas.htm
 
  • [...]“E de onde Lucas  conseguiu as tradições que lhe são próprias?”
  Questionamento feito por exegetas protestantes e católicos, da Escola Bíblica de Jerusalém, francesa, contido em a “Bíblia de Jerusalém”, edição de 2002, pág. 1691.

  • O projeto de Paulo de Tarso:
  Carta de Paulo aos Romanos, 2:16
  "no dia em que Deus há de julgar os segredos dos homens, por Cristo Jesus, segundo o meu evangelho."
 
Carta de Paulo aos Romanos, 16:25
  "Ora, àquele que é poderoso para vos confirmar, segundo o meu evangelho e a pregação de Jesus Cristo, conforme a revelação do mistério guardado em silêncio desde os tempos eternos,”
 
2º Carta de Paulo a Timóteo, 2:8
  "Lembra-te de Jesus Cristo, ressurgido dentre os mortos, descendente de Davi, segundo o meu evangelho,”

  • Atos dos Apóstolos, 11:26
  "e tendo-o achado, o levou para Antioquia. E durante um ano inteiro reuniram-se naquela igreja e instruíram muita gente; e em Antioquia os discípulos pela primeira vez foram chamados cristãos.


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