sábado, 23 de abril de 2011

Origens de O Evangelho Segundo Lucas - programa 2

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 [...] “E de onde Lucas conseguiu as tradições que lhe são próprias?” Tal questionamento foi feito por exegetas protestantes e católicos, da Escola Bíblica de Jerusalém, francesa, contido em a “Bíblia de Jerusalém”, edição de 2002, pág. 1691. Na visão das revelações trazidas pelo espírito Emmanuel ao médium Francisco Cândido Xavier, contidas no livro “Paulo e Estevão”, da FEB, o notável conhecimento que é desvelado em O Evangelho Segundo Lucas tem por origem um projeto do próprio Apóstolo dos Gentios de lograr à humanidade uma ampliação e aprofundamento das informações disponíveis nos apontamentos de Levi ("apontamentos de Levi" seriam a versão anterior do nosso atual Evangelho de Mateus, que teria sido escrito em aramaico, e usado pelas comunidades cristãs primitivas)

 Vejamos algumas passagens da referida obra, em que Emmanuel/Francisco Cândido Xavier nos oferece informes sobre tal projeto de Paulo de Tarso de dilatar o teor do evangelho segundo Mateus:

* Livro “Paulo e Estevão”, ditado pelo espírito Emmanuel ao médium Francisco Cândido Xavier, Capítulo “RUMO AO DESERTO”:

[...] “— Ananias, meu mestre — disse o ex-rabino, com entusiasmo —, onde poderei obter o Evangelho sagrado?

O antigo discípulo sorriu com bondade, e observou:

— Antes de tudo, não me chames mestre. Este é e será sempre o Cristo.

Nós outros, por acréscimo da misericórdia divina, somos discípulos, irmãos na necessidade e no trabalho redentor. Quanto à aquisição do Evangelho, somente na igreja do “Caminho”, em Jerusalém, poderíamos obter uma cópia integral das anotações de Levi.

E revolvendo o interior de surrada patrona, retirava alguns pergaminhos amarelentos, nos quais conseguira reunir alguns elementos da tradição apostólica. Apresentando essas notas dispersas, Ananias acrescentava:

— Verbalmente, tenho de cor quase todos os ensinamentos; mas, no que se refere à parte escrita, aqui tens tudo que possuo.” [...]

* Livro “Paulo e Estevão”, ditado pelo espírito Emmanuel ao médium Francisco Cândido Xavier, Capítulo “O TECELÃO”:

[...] ““É verdade que em Jerusalém havia sido cruel verdugo, mas contava apenas trinta anos. Buscaria reconciliar-se com todos a quem havia ofendido no seu rigorismo sectário.

Sentia-se jovem, trabalharia para Jesus enquanto lhe restassem energias. A palavra carinhosa do ancião veio arrancá-lo das profundas cismas.

— Tens o Evangelho? — perguntou o velhinho com bondoso interesse.

Saulo mostrou-lhe a parte fragmentária que trazia, explicando-lhe o trabalho que teve, em Damasco, para copiá-la dos manuscritos do generoso pregador que lhe curara a cegueira repentina. Gamaliel examinou-a com atenção e, depois de concentrar-se longo tempo, acrescentou:

— Tenho uma cópia integral das anotações de Levi, cobrador de impostos em Cafarnaum, que se fez Apóstolo do Messias — lembrança generosa de Simão Pedro à minha pobre amizade: presentemente não necessito mais desses pergaminhos, que considero sagrados. Para gravar na memória as lições do Mestre, procurei copiar todos os ensinos, fixando-os na retentiva, para sempre. Já possuo três exemplares completos do Evangelho, sem a cooperação de escriba algum. Desse modo, por considerar a dádiva de Pedro como santificada relíquia de nobre afeição, quero depô-la em tuas mãos.

Levarás contigo as páginas escritas na igreja do “Caminho”, como fiéis companheiras do teu novo trabalho.” [...]

• Livro “Paulo e Estevão”, ditado pelo espírito Emmanuel ao médium Francisco Cândido Xavier, Capítulo “LUTAS E HUMILHAÇÕES”:

[...] “ao penetrar na Palestina, atravessando vagarosamente extensas regiões da Galiléia.

Fazia questão de conhecer o teatro das primeiras lutas do Mestre, identificar-se com as paisagens mais queridas, visitar Cafarnaum e Nazaré, ouvir a palavra dos filhos da região. Naquele tempo, já o ardoroso Apóstolo dos gentios desejava inteirar-se de todos os fatos referentes à vida de Jesus, ansiava por coordená-los com segurança, de maneira a legar aos irmãos em Humanidade o melhor repositório de informações sobre o Emissário Divino.

Quando chegou a Cafarnaum, um crepúsculo de ouro entornava maravilhas de luz na bucólica paisagem. O ex-rabino desceu religiosamente às margens do lago. Embebeu-se na contemplação das águas marulhosas. Pensando em Jesus, no poder do seu amor, chorou, dominado por singular emoção. Queria ter sido pescador humilde para captar os ensinamentos sublimes na fonte de suas palavras generosas e imortais.” [...]


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