sábado, 19 de março de 2011

A Elaboração dos Evangelhos - programa 1


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Justificativa para o foco nos estudos sobre o "Jesus histórico", pelos espíritas:

III. NOTÍCIAS HISTÓRICAS

“Para compreender melhor algumas passagens dos Evangelhos, é necessário conhecer o valor de certas palavras, que neles são empregadas freqüentemente e que caracterizam a situação da sociedade judaica e dos costumes naquela época.

Essas palavras, não tendo mais, para nós, o mesmo sentido, muitas vezes foram mal interpretadas e, por isso mesmo, criaram muitas dúvidas. A compreensão do seu significado explica, além disso, o verdadeiro sentido de certas máximas que, à primeira vista, parecem estranhas.”

Kardec, Allan. O Evangelho Segundo O Espiritismo. Introdução, item III.

[...] "Cumpre, ao demais, se atenda aos costumes e ao caráter dos povos, pelo muito que influem sobre o gênio particular de seus idiomas. Sem esse conhecimento, escapa amiúde o sentido verdadeiro de certas palavras. De uma língua para outra, o mesmo termo se reveste de maior ou menor energia. Pode, numa, envolver injúria ou blasfêmia, e carecer de importância noutra, conforme a idéia que suscite. Na mesma língua, algumas palavras perdem seu valor com o correr dos séculos. Por isso é que uma tradução rigorosamente literal nem sempre exprime perfeitamente o pensamento e que, para manter a exatidão, se tem às vezes de empregar, não termos correspondentes, mas outros equivalentes, ou perífrases.

Estas notas encontram aplicação especial na interpretação das Santas Escrituras e, em particular, dos Evangelhos. Se não tiver em conta o meio em que Jesus vivia, fica-se exposto a equívocos sobre o valor de certas expressões e de certos fatos, em conseqüência do hábito em que se está de assimilar os outros a si próprio.”[...]

Allan Kardec, In: O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO - ESTRANHA -  MORAL CAPÍTULO XXIII – item 3
Acesse a página do Codex Sinaiticus: http://www.codexsinaiticus.org/en/

 Informações comuns e informações exclusivas, nos diferentes evangelhos:


QUERIGMA

No grego, essa palavra significa “a coisa pregada”, a pregação dos primeiros cristãos, ou melhor, o conjunto de crenças básicas por eles defendidas e divulgadas.

“A Elaboração das teorias dos sinóticos é um assunto sem fim” [...]

John P Meier. In: Um Judeu Marginal: repensando o Jesus Histórico. As raízes do problema e da pessoa. 3. ed. Rio de Janeiro: Imago, 1992. Vol. I, p.60.

TEORIA DAS DUAS FONTES

H. Holzmann propunha a teoria das duas fontes, segundo a qual Marcos e “Q” representavam as mais antigas e confiáveis fontes para a reconstrução do quadro biográfico do Cristo. Segundo essa teoria – que não explica todos os questionamentos das ciências históricas e teológicas – o documento “Q” e o Evangelho de Marcos teriam sido as bases usadas para a elaboração dos Evangelhos de Mateus e Lucas.

  DOCUMENTO “QUELLE” ou “Q”

Termo alemão que significa “fonte”. Friedrich Daniel Ernst Schleiermacher .

Schleiermacher (1768 -1834) foi pregador em Berlim na Igreja da Trindade, deu aula de Filosofia e Teologia em Halle. Traduziu as obras de Platão para o alemão. Foi influenciado Kant e Fichte, mas não se tornou um idealista subjetivo.
Schleiermacher foi o primeiro a propor a existência de uma coletânea de declarações de Jesus como uma das fontes dos evangelhos.

O trabalho dos estudiosos tem sido selecionar ditos de Jesus, nos evangelhos de Mateus e Lucas, ausentes no evangelho de Marcos, propondo que essa seleção aponte para a suposta fonte “Q”.

 Ordem em que os evangelhos teriam sido escritos, na visão de muitos dos pesquisadores:




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