sábado, 26 de março de 2011

A Elaboração dos Evangelhos - programa 2

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 Alguns exegetas e pesquisadores não estão em consonância com a tese de que Marcos teria sido o primeiro evangelho manuscrito, e atribuem a Levi/Mateus o texto evangélico mais antigo. Vejamos alguns dos defensores desta tese:

1. Segundo Papias, “LEVI COMPILOU A LOGIA NO IDIOMA ARAMAICO, E TODOS TRADUZIRAM-NA DA MELHOR MANEIRA QUE PODIAM”. PAPIAS

(Papias de Hierápolis (c.e 65 - 155 d.C) foi bispo (líder da comunidade cristã) de Hierápolis, na Frígia Pacatiana, homem curioso investigou as origens do cristianismo. Sua obra principal é Interpretação das Palavras do Senhor ou Exposição dos Oráculos do Senhor, em cinco volumes. Irineu diz que ele foi companheiro de Policarpo, consequentemente discípulo do Apóstolo João. Conforme a tradição ele foi martirizado junto com Policarpo). Referência: Dougla J D. O Novo Dicionário da Bíblia. 3ª Ed Rev. Editora Vida Nova, São Paulo, 2006.

2. Proposta de Agostinho, Bispo de Hipona : Mateus teria sido o primeiro evangelho a ser escrito. Marcos teria usado o material de Mateus, e Lucas o material de ambos.

3. Gotthold Ephraim Lessing : Segundo esse crítico e exegeta alemão, a semelhança existente nos três primeiros evangelhos pode ter sido oriunda da utilização de um “Proto-evangelho”, que fora escrito em hebraico ou aramaico. Referência: CARSON, D. A.; MOO, D. J.; MORRIS, Leon. Introdução ao Novo Testamento. São Paulo: Vida Nova, 1997. p. 31

4. O exegeta Xavier Leon-Dufour aponta esse primeiro evangelho como sendo o Evangelho de Mateus escrito primeiramente em aramaico, e acrescenta uma dependência à tradição oral. Referência: CARSON, D. A.; MOO, D. J.; MORRIS, Leon. Introdução ao Novo Testamento. São Paulo: Vida Nova, 1997. p. 31

5. O exegeta J J Griesbach defendeu a tese dos dois evangelhos: Mateus seria o primeiro evangelho, Lucas o segundo, enquanto Marcos teria sido um resumo de ambos. Referência: CARSON, D. A.; MOO, D. J.; MORRIS, L. Introdução ao Novo Testamento. São Paulo: Vida Nova, 1997. p. 34

6. Estudiosos como William Farmer e C S Mann sustentam a hipótese de Griesbach: Mateus foi o primeiro que escreveu, depois Lucas, baseando-se em Mateus, e finalmente Marcos compôs uma síntese combinando Mateus e Lucas. Referência: Meier, John p. Um Judeu Marginal: repensando o Jesus Histórico. As raízes do problema e da pessoa. 3. ed. Rio de Janeiro: Imago, 1992. Vol. I, p.53.

 Qual teria sido o primeiro evangelho, ou proto-evangelho, à luz da revelação mediúnica?

Sobre essa temática conversaremos nos programas dos dias 3 e 6 de abril. Não percam!


***

A Elaboração dos Evangelhos - programa 2

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 Alguns exegetas e pesquisadores não estão em consonância com a tese de que Marcos teria sido o primeiro evangelho manuscrito, e atribuem a Levi/Mateus o texto evangélico mais antigo. Vejamos alguns dos defensores desta tese:

1. Segundo Papias, “LEVI COMPILOU A LOGIA NO IDIOMA ARAMAICO, E TODOS TRADUZIRAM-NA DA MELHOR MANEIRA QUE PODIAM”. PAPIAS

(Papias de Hierápolis (c.e 65 - 155 d.C) foi bispo (líder da comunidade cristã) de Hierápolis, na Frígia Pacatiana, homem curioso investigou as origens do cristianismo. Sua obra principal é Interpretação das Palavras do Senhor ou Exposição dos Oráculos do Senhor, em cinco volumes. Irineu diz que ele foi companheiro de Policarpo, consequentemente discípulo do Apóstolo João. Conforme a tradição ele foi martirizado junto com Policarpo). Referência: Dougla J D. O Novo Dicionário da Bíblia. 3ª Ed Rev. Editora Vida Nova, São Paulo, 2006.

2. Proposta de Agostinho, Bispo de Hipona : Mateus teria sido o primeiro evangelho a ser escrito. Marcos teria usado o material de Mateus, e Lucas o material de ambos.

3. Gotthold Ephraim Lessing : Segundo esse crítico e exegeta alemão, a semelhança existente nos três primeiros evangelhos pode ter sido oriunda da utilização de um “Proto-evangelho”, que fora escrito em hebraico ou aramaico. Referência: CARSON, D. A.; MOO, D. J.; MORRIS, Leon. Introdução ao Novo Testamento. São Paulo: Vida Nova, 1997. p. 31

4. O exegeta Xavier Leon-Dufour aponta esse primeiro evangelho como sendo o Evangelho de Mateus escrito primeiramente em aramaico, e acrescenta uma dependência à tradição oral. Referência: CARSON, D. A.; MOO, D. J.; MORRIS, Leon. Introdução ao Novo Testamento. São Paulo: Vida Nova, 1997. p. 31

5. O exegeta J J Griesbach defendeu a tese dos dois evangelhos: Mateus seria o primeiro evangelho, Lucas o segundo, enquanto Marcos teria sido um resumo de ambos. Referência: CARSON, D. A.; MOO, D. J.; MORRIS, L. Introdução ao Novo Testamento. São Paulo: Vida Nova, 1997. p. 34

6. Estudiosos como William Farmer e C S Mann sustentam a hipótese de Griesbach: Mateus foi o primeiro que escreveu, depois Lucas, baseando-se em Mateus, e finalmente Marcos compôs uma síntese combinando Mateus e Lucas. Referência: Meier, John p. Um Judeu Marginal: repensando o Jesus Histórico. As raízes do problema e da pessoa. 3. ed. Rio de Janeiro: Imago, 1992. Vol. I, p.53.

 Qual teria sido o primeiro evangelho, ou proto-evangelho, à luz da revelação mediúnica?

Sobre essa temática conversaremos nos programas dos dias 3 e 6 de abril. Não percam!


***

sábado, 19 de março de 2011

A Elaboração dos Evangelhos - programa 1


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Justificativa para o foco nos estudos sobre o "Jesus histórico", pelos espíritas:

III. NOTÍCIAS HISTÓRICAS

“Para compreender melhor algumas passagens dos Evangelhos, é necessário conhecer o valor de certas palavras, que neles são empregadas freqüentemente e que caracterizam a situação da sociedade judaica e dos costumes naquela época.

Essas palavras, não tendo mais, para nós, o mesmo sentido, muitas vezes foram mal interpretadas e, por isso mesmo, criaram muitas dúvidas. A compreensão do seu significado explica, além disso, o verdadeiro sentido de certas máximas que, à primeira vista, parecem estranhas.”

Kardec, Allan. O Evangelho Segundo O Espiritismo. Introdução, item III.

[...] "Cumpre, ao demais, se atenda aos costumes e ao caráter dos povos, pelo muito que influem sobre o gênio particular de seus idiomas. Sem esse conhecimento, escapa amiúde o sentido verdadeiro de certas palavras. De uma língua para outra, o mesmo termo se reveste de maior ou menor energia. Pode, numa, envolver injúria ou blasfêmia, e carecer de importância noutra, conforme a idéia que suscite. Na mesma língua, algumas palavras perdem seu valor com o correr dos séculos. Por isso é que uma tradução rigorosamente literal nem sempre exprime perfeitamente o pensamento e que, para manter a exatidão, se tem às vezes de empregar, não termos correspondentes, mas outros equivalentes, ou perífrases.

Estas notas encontram aplicação especial na interpretação das Santas Escrituras e, em particular, dos Evangelhos. Se não tiver em conta o meio em que Jesus vivia, fica-se exposto a equívocos sobre o valor de certas expressões e de certos fatos, em conseqüência do hábito em que se está de assimilar os outros a si próprio.”[...]

Allan Kardec, In: O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO - ESTRANHA -  MORAL CAPÍTULO XXIII – item 3
Acesse a página do Codex Sinaiticus: http://www.codexsinaiticus.org/en/

 Informações comuns e informações exclusivas, nos diferentes evangelhos:


QUERIGMA

No grego, essa palavra significa “a coisa pregada”, a pregação dos primeiros cristãos, ou melhor, o conjunto de crenças básicas por eles defendidas e divulgadas.

“A Elaboração das teorias dos sinóticos é um assunto sem fim” [...]

John P Meier. In: Um Judeu Marginal: repensando o Jesus Histórico. As raízes do problema e da pessoa. 3. ed. Rio de Janeiro: Imago, 1992. Vol. I, p.60.

TEORIA DAS DUAS FONTES

H. Holzmann propunha a teoria das duas fontes, segundo a qual Marcos e “Q” representavam as mais antigas e confiáveis fontes para a reconstrução do quadro biográfico do Cristo. Segundo essa teoria – que não explica todos os questionamentos das ciências históricas e teológicas – o documento “Q” e o Evangelho de Marcos teriam sido as bases usadas para a elaboração dos Evangelhos de Mateus e Lucas.

  DOCUMENTO “QUELLE” ou “Q”

Termo alemão que significa “fonte”. Friedrich Daniel Ernst Schleiermacher .

Schleiermacher (1768 -1834) foi pregador em Berlim na Igreja da Trindade, deu aula de Filosofia e Teologia em Halle. Traduziu as obras de Platão para o alemão. Foi influenciado Kant e Fichte, mas não se tornou um idealista subjetivo.
Schleiermacher foi o primeiro a propor a existência de uma coletânea de declarações de Jesus como uma das fontes dos evangelhos.

O trabalho dos estudiosos tem sido selecionar ditos de Jesus, nos evangelhos de Mateus e Lucas, ausentes no evangelho de Marcos, propondo que essa seleção aponte para a suposta fonte “Q”.

 Ordem em que os evangelhos teriam sido escritos, na visão de muitos dos pesquisadores:




A Elaboração dos Evangelhos - programa 1


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Justificativa para o foco nos estudos sobre o "Jesus histórico", pelos espíritas:

III. NOTÍCIAS HISTÓRICAS

“Para compreender melhor algumas passagens dos Evangelhos, é necessário conhecer o valor de certas palavras, que neles são empregadas freqüentemente e que caracterizam a situação da sociedade judaica e dos costumes naquela época.

Essas palavras, não tendo mais, para nós, o mesmo sentido, muitas vezes foram mal interpretadas e, por isso mesmo, criaram muitas dúvidas. A compreensão do seu significado explica, além disso, o verdadeiro sentido de certas máximas que, à primeira vista, parecem estranhas.”

Kardec, Allan. O Evangelho Segundo O Espiritismo. Introdução, item III.

[...] "Cumpre, ao demais, se atenda aos costumes e ao caráter dos povos, pelo muito que influem sobre o gênio particular de seus idiomas. Sem esse conhecimento, escapa amiúde o sentido verdadeiro de certas palavras. De uma língua para outra, o mesmo termo se reveste de maior ou menor energia. Pode, numa, envolver injúria ou blasfêmia, e carecer de importância noutra, conforme a idéia que suscite. Na mesma língua, algumas palavras perdem seu valor com o correr dos séculos. Por isso é que uma tradução rigorosamente literal nem sempre exprime perfeitamente o pensamento e que, para manter a exatidão, se tem às vezes de empregar, não termos correspondentes, mas outros equivalentes, ou perífrases.

Estas notas encontram aplicação especial na interpretação das Santas Escrituras e, em particular, dos Evangelhos. Se não tiver em conta o meio em que Jesus vivia, fica-se exposto a equívocos sobre o valor de certas expressões e de certos fatos, em conseqüência do hábito em que se está de assimilar os outros a si próprio.”[...]

Allan Kardec, In: O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO - ESTRANHA -  MORAL CAPÍTULO XXIII – item 3
Acesse a página do Codex Sinaiticus: http://www.codexsinaiticus.org/en/

 Informações comuns e informações exclusivas, nos diferentes evangelhos:


QUERIGMA

No grego, essa palavra significa “a coisa pregada”, a pregação dos primeiros cristãos, ou melhor, o conjunto de crenças básicas por eles defendidas e divulgadas.

“A Elaboração das teorias dos sinóticos é um assunto sem fim” [...]

John P Meier. In: Um Judeu Marginal: repensando o Jesus Histórico. As raízes do problema e da pessoa. 3. ed. Rio de Janeiro: Imago, 1992. Vol. I, p.60.

TEORIA DAS DUAS FONTES

H. Holzmann propunha a teoria das duas fontes, segundo a qual Marcos e “Q” representavam as mais antigas e confiáveis fontes para a reconstrução do quadro biográfico do Cristo. Segundo essa teoria – que não explica todos os questionamentos das ciências históricas e teológicas – o documento “Q” e o Evangelho de Marcos teriam sido as bases usadas para a elaboração dos Evangelhos de Mateus e Lucas.

  DOCUMENTO “QUELLE” ou “Q”

Termo alemão que significa “fonte”. Friedrich Daniel Ernst Schleiermacher .

Schleiermacher (1768 -1834) foi pregador em Berlim na Igreja da Trindade, deu aula de Filosofia e Teologia em Halle. Traduziu as obras de Platão para o alemão. Foi influenciado Kant e Fichte, mas não se tornou um idealista subjetivo.
Schleiermacher foi o primeiro a propor a existência de uma coletânea de declarações de Jesus como uma das fontes dos evangelhos.

O trabalho dos estudiosos tem sido selecionar ditos de Jesus, nos evangelhos de Mateus e Lucas, ausentes no evangelho de Marcos, propondo que essa seleção aponte para a suposta fonte “Q”.

 Ordem em que os evangelhos teriam sido escritos, na visão de muitos dos pesquisadores:




Artigo

HUMANIDADE

ARTIGO PUBLICADO NA REVISTA CULTURA ESPÍRITA - ICEB, ANO II, N. 24, MARÇO DE 2011

Autor: Fabiano Pereira Nunes

A interpretação para a expressão Filho do Homem sempre acarretou muitas controvérsias, e ainda hoje tem sido um dos grandes objetos de discussões nos estudos do Novo Testamento(1). Esse termo aparece 82 vezes no Novo Testamento(2), sendo empregada somente por Jesus nos evangelhos.
Naquele tempo, Filho do Homem não era reconhecido como uma titulação, nem na língua hebraica e nem na aramaica3. Tradutores do grego conjecturaram se não seria ela uma figura de linguagem cotidiana da época, derivada da própria palavra “homem”. John Dominic Crossan3, professor de estudos bíblicos na DePaul University de Chicago, EUA , assevera que tal expressão foi a única alcunha que Jesus relacionou explicitamente a si mesmo, conquanto, para esse eminente pesquisador, usando uma analogia poética, da mesma forma que o inglês emprega as palavras “man” para “homem” e “mankind” para descrever a “humanidade”, o aramaico talvez utilizasse Filho do Homem para assinalar a raça humana. Malgrado, essa tese ainda não encontrou consenso, prosseguindo à mesa de debates.
Allan Kardec - epíteto do cientista e pedagogo francês H.L.D. Rivail – cerca de um século e meio antes dos grandes autores contemporâneos, apresentou o fanal da exegese perfeita para as mais difíceis questões interpretativas do Novo Testamento. Também nesta temática, hermenêutica Kardeciana é ímpar, posto que dimana do próprio Pensamento do Cristo(4).
Em Obras Póstumas(5), o Apóstolo da Terceira Revelação oferece-nos definitivas elucidações sobre as diferenças entre as expressões “O Filho de Deus” e “O Filho do Homem”, assim como sobre a questão das naturezas divina e humana de Jesus. Para clarificar o contexto do termo “O Filho do Homem”, o fundador do espiritismo remete-nos ao livro do profeta Ezequiel. Nele, Deus referir-se-ia a Ezequiel usando tal denominação, com o fito de lhe lembrar que, não obstante o seu excepcional dom de profecia, ele não deixaria de pertencer ao restante da humanidade. Prosseguindo em suas aclarações insofismáveis, ainda no que diz respeito à figura de linguagem “Filho do Homem”, o insigne educador Lionês definiu a mais segura exegese para o termo:

[...] “Jesus dá a si mesmo essa qualificação com persistência notável, pois só em circunstâncias muito raras ele se diz Filho de Deus. Em sua boca, não pode ter ela outra significação, que não lembrar que também Ele pertence à Humanidade” [...]

Igualmente inolvidável é a elucidação de Allan Kardec acerca da resposta6 dos Bons Espíritos sobre “qual é o tipo mais perfeito que Deus tem oferecido ao homem, para lhe servir de guia e de modelo”, no caso, “Vede Jesus.” O incansável servo de O Espírito de Verdade assevera que “Jesus é para o homem o tipo da perfeição moral a que a Humanidade pode pretender(7) na Terra.” [...]
O Ser Humano Jesus de Nazaré é altamente cativante e inspirador. Deus no-lo ofereceu como um padrão de “humanidade” que podemos vivenciar, sem pretensões. De igual modo, ninguém foi tão humanista e humanitário quanto o dileto filho de Maria e José de Nazaré. Por ora, a "Divindade" de Jesus é ainda para nós inatingível, em face da distância que nos separa da condição de Espírito Puro, nada obstante, Sua "humanidade" é perfeitamente reproduzível, totalmente passível de repetição. Foi para fazer-nos compreender esse ponto de vista que Jesus – modestamente - alcunhou a si mesmo pela nomenclatura O Filho do Homem, em substituição do título do Messias - "O Filho do Deus Altíssimo".
Porquanto, em sublime Projeto Divino, o Filho do Deus Altíssimo converteu-se em Filho do Homem, e, ensinando-nos a viver numa condição humana de plenitude, levar-nos-á a todos – que efetivamente somos filhos dos homens - a alçarmos a condição de “Filhos do Deus Altíssimo”.
Refletindo sobre a extraordinária demonstração de compaixão, humildade e empatia do Nazareno, ressoemos a vida humana de Jesus, jamais olvidando que somente nas linhas morais do Cristo é que atingiremos a Humanidade Real(8).

1. Drane, John. Jesus, sua vida, seu evangelho para o homem de hoje. Tradução de Macintyre.São Paulo: Edições Paulinas, 1982. p. 49
2. Bíblia. Português. Bíblia de Jerusalém. Nova edição rev. e ampl. São Paulo: Paulus, 2002, 2206 p.
3. CROSSAN, John Dominic. O Jesus histórico: a vida de um camponês judeu mediterrâneo. Trad. André Cardoso. 2. ed. Rio de Janeiro: Imago, 1994, 543 p.
4. KARDEC, Allan. Obras Póstumas. Tradução de Guillon Ribeiro. 33. Ed. Rio de Janeiro: FEB, 2003. Segunda parte, p. 307-308.
5. KARDEC, Allan. Obras Póstumas. Tradução de Guillon Ribeiro. 33. Ed. Rio de Janeiro: FEB, 2003. Primeira Parte, Item IX, p. 149-153.
6. KARDEC, Allan. Le Livre Des Esprits. Quatorzième Édition. Paris: Didier Et Cie Libraires-Éditeurs, 1866. Q.625. p. 268.
7. O grifo e a tradução são nossos.
8. Xavier, Francisco C. Fonte Viva. Pelo espírito Emmanuel. 23. Ed. Rio de Janeiro: FEB, 1999. Cap. 127, p. 287.

***

FIEL OBEDIÊNCIA ÀS LEIS
Autor Fabiano P Nunes

Artigo publicado na REVISTA CULTURA ESPÍRITA, do Instituto de Cultura Espírita do Brasil, ano III, n. 26, Maio de 2011. p.15.

Na atualidade, observam-se lamentáveis desrespeitos às leis, nas mais variadas esferas da sociedade. Referimo-nos não somente às ações claramente marginais aos códigos legais, mas também aos atos de menor expressão, muitas vezes sutilmente justificado por uma, suposta, nobreza quanto aos seus fins. Sonegação de impostos, desrespeito aos estatutos sociais, trabalho informal, cópias ilegais, desprezo às normas éticas, ofensas à moral e danos ao patrimônio, estão entre os atos censuráveis comuns.
O cristão, mormente os espíritas, jamais deverá se postar à margem da lei, sob qualquer pretexto, ainda que esteja ao açodar das injustiças e penúrias. Urge nunca assentar o espiritismo-cristão na marginalidade legal, em tempo algum.
Como usual, Jesus apresenta-se como probo exemplo de obediência aos códigos legalísticos.
Conquanto importantes pesquisadores tenham defendido a tese de que o Jesus da História teria assumido uma postura revolucionária1, sabe-se que – ao contrário – Ele fora o modelo e guia da integral observância das leis sociais.
Paulo de Tarso, considerado como um dos maiores intérpretes do Evangelho em toda a história cristã, em sua carta aos Filipenses2 assevera que Ele, “tornando-se semelhante aos homens e reconhecido em seu aspecto como um homem, abaixou-se, tornando-se obediente até a morte, à morte sobre uma cruz.”
Nessa ímpar exegese, o apóstolo dos gentios estabelece três conceitos essências para o entendimento da missão do Cristo na Terra: a humanidade de Jesus, Sua humildade e Sua obediência às leis vigentes. Esta ideia reveste-se de sublime comprobação ao observarmos a integral obediência, e a absoluta resignação, com que Jesus vivenciara as arbitrariedades de Seu processo de prisão, julgamento e execução.
Notáveis pesquisadores têm demonstrado as inúmeras ilegalidades dos julgamentos sofridos por Jesus, não apenas na Corte Suprema Judaica daquele tempo, o Sinédrio, como também na aplicação do Direito Romano exercida por Pôncio Pilatos.
Dentre as ilicitudes cometidas pelo Tribunal Judaico no Seu processo de prisão e julgamento, uma se nos apresenta com especial gravidade: a inexistência de – no mínimo – duas testemunhas de acusação, verazes. Em verdade, essa violação fora extremamente elementar, posto que o livro de Moisés - o Deuteronômio – assim determinava:
“Somente pela deposição de duas ou três testemunhas poder-se-á condenar alguém à morte; ninguém será morto pela deposição de uma só testemunha”3 .
“Uma única testemunha não é suficiente contra alguém, em qualquer caso de iniqüidade ou de pecado que haja cometido” 4.
“Se a testemunha for uma testemunha falsa, e tiver caluniado seu irmão, então vós a tratareis conforme ela própria maquinava tratar o seu próximo”5.
À luz dessas chaves ao entendimento contidas no Antigo Testamento, poder-se-á apreender - em Marcos6 - a seriedade das ilicitudes cometidas pelo referido tribunal hebreu:
Ora, os chefes dos sacerdotes e todo o Sinédrio procuravam um testemunho contra Jesus para matá-lo, mas nada encontravam. Pois muitos davam falso testemunho contra Ele, mas os testemunhos não eram congruentes. Alguns, levantando-se, davam falso testemunho contra Ele”.[...]
[...] O Sumo Sacerdote, então, rasgando as suas túnicas disse: Que necessidade temos ainda de testemunhas? Ouvistes a blasfêmia. Que vos parece? E todos julgaram-no réu de morte”.
Dessa forma, houvera uma inequívoca, e voluntária, transgressão da Lei Mosaica por parte do próprio Sinédrio, a qual seria passível da mesma punição imputada ao Humilde Réu.
Para agravar a injustiça da condenação do Carpinteiro de Nazaré, Ele ainda estivera sob o julgamento de outras duas instâncias, a de Herodes Antipas e a de Pôncio Pilatos, que também não encontraram peças judiciais condenatórias robustas, e, por conseguinte, exoraram Sua inocência. Mesmo assim, Jesus fora conduzido à pena capital.
Não obstante Jesus fosse o único Espírito Puro que já pisara a Terra, e porquanto, o mais inocente homem da história, Ele aceitara todos os ajuizamentos - arbitrários, incoerentes e ilegais – sem indignar-se e nem ao menos protestar, mas ao contrário, sendo obediente até o limite de Suas forças, tendo como conseqüência a própria morte por crucificação, vergonhosa e com dores excruciantes, a fim de exemplificar a mais excelente manifestação de fidelidade à Deus, aos amigos, à Causa, assim como às leis da sociedade.
Nunca esqueçamos, pois, que o espírita-cristão deverá ser, sobretudo, um exemplar partidário da boa cidadania, observando fielmente as legislações e as disposições judiciais.

 
  1. CROSSAN, John D. Jesus, Uma Biografia Revolucionária. Rio de Janeiro, Imago Ed: 1995. 216 p.
  2. BÍBLIA. Português. Bíblia de Jerusalém. Nova edição rev. e ampl. São Paulo: Paulus, 2002. Epístola aos Filipenses, cap. 2, vers. 8, p. 2049.
  3. Ibidem. Deuteronômio, cap. 17, vers. 6, p. 279.
  4. Ibidem. Deuteronômio, cap.19, vers. 15, p. 282.
  5. Ibidem. Deuteronômio, cap.19, vers. 18-19, p. 282.
  6. Ibidem. Evangelho Segundo Marcos, cap. 14, vers. 55-64, p.1782.


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Artigo

HUMANIDADE

ARTIGO PUBLICADO NA REVISTA CULTURA ESPÍRITA - ICEB, ANO II, N. 24, MARÇO DE 2011

Autor: Fabiano Pereira Nunes

A interpretação para a expressão Filho do Homem sempre acarretou muitas controvérsias, e ainda hoje tem sido um dos grandes objetos de discussões nos estudos do Novo Testamento(1). Esse termo aparece 82 vezes no Novo Testamento(2), sendo empregada somente por Jesus nos evangelhos.
Naquele tempo, Filho do Homem não era reconhecido como uma titulação, nem na língua hebraica e nem na aramaica3. Tradutores do grego conjecturaram se não seria ela uma figura de linguagem cotidiana da época, derivada da própria palavra “homem”. John Dominic Crossan3, professor de estudos bíblicos na DePaul University de Chicago, EUA , assevera que tal expressão foi a única alcunha que Jesus relacionou explicitamente a si mesmo, conquanto, para esse eminente pesquisador, usando uma analogia poética, da mesma forma que o inglês emprega as palavras “man” para “homem” e “mankind” para descrever a “humanidade”, o aramaico talvez utilizasse Filho do Homem para assinalar a raça humana. Malgrado, essa tese ainda não encontrou consenso, prosseguindo à mesa de debates.
Allan Kardec - epíteto do cientista e pedagogo francês H.L.D. Rivail – cerca de um século e meio antes dos grandes autores contemporâneos, apresentou o fanal da exegese perfeita para as mais difíceis questões interpretativas do Novo Testamento. Também nesta temática, hermenêutica Kardeciana é ímpar, posto que dimana do próprio Pensamento do Cristo(4).
Em Obras Póstumas(5), o Apóstolo da Terceira Revelação oferece-nos definitivas elucidações sobre as diferenças entre as expressões “O Filho de Deus” e “O Filho do Homem”, assim como sobre a questão das naturezas divina e humana de Jesus. Para clarificar o contexto do termo “O Filho do Homem”, o fundador do espiritismo remete-nos ao livro do profeta Ezequiel. Nele, Deus referir-se-ia a Ezequiel usando tal denominação, com o fito de lhe lembrar que, não obstante o seu excepcional dom de profecia, ele não deixaria de pertencer ao restante da humanidade. Prosseguindo em suas aclarações insofismáveis, ainda no que diz respeito à figura de linguagem “Filho do Homem”, o insigne educador Lionês definiu a mais segura exegese para o termo:

[...] “Jesus dá a si mesmo essa qualificação com persistência notável, pois só em circunstâncias muito raras ele se diz Filho de Deus. Em sua boca, não pode ter ela outra significação, que não lembrar que também Ele pertence à Humanidade” [...]

Igualmente inolvidável é a elucidação de Allan Kardec acerca da resposta6 dos Bons Espíritos sobre “qual é o tipo mais perfeito que Deus tem oferecido ao homem, para lhe servir de guia e de modelo”, no caso, “Vede Jesus.” O incansável servo de O Espírito de Verdade assevera que “Jesus é para o homem o tipo da perfeição moral a que a Humanidade pode pretender(7) na Terra.” [...]
O Ser Humano Jesus de Nazaré é altamente cativante e inspirador. Deus no-lo ofereceu como um padrão de “humanidade” que podemos vivenciar, sem pretensões. De igual modo, ninguém foi tão humanista e humanitário quanto o dileto filho de Maria e José de Nazaré. Por ora, a "Divindade" de Jesus é ainda para nós inatingível, em face da distância que nos separa da condição de Espírito Puro, nada obstante, Sua "humanidade" é perfeitamente reproduzível, totalmente passível de repetição. Foi para fazer-nos compreender esse ponto de vista que Jesus – modestamente - alcunhou a si mesmo pela nomenclatura O Filho do Homem, em substituição do título do Messias - "O Filho do Deus Altíssimo".
Porquanto, em sublime Projeto Divino, o Filho do Deus Altíssimo converteu-se em Filho do Homem, e, ensinando-nos a viver numa condição humana de plenitude, levar-nos-á a todos – que efetivamente somos filhos dos homens - a alçarmos a condição de “Filhos do Deus Altíssimo”.
Refletindo sobre a extraordinária demonstração de compaixão, humildade e empatia do Nazareno, ressoemos a vida humana de Jesus, jamais olvidando que somente nas linhas morais do Cristo é que atingiremos a Humanidade Real(8).

1. Drane, John. Jesus, sua vida, seu evangelho para o homem de hoje. Tradução de Macintyre.São Paulo: Edições Paulinas, 1982. p. 49
2. Bíblia. Português. Bíblia de Jerusalém. Nova edição rev. e ampl. São Paulo: Paulus, 2002, 2206 p.
3. CROSSAN, John Dominic. O Jesus histórico: a vida de um camponês judeu mediterrâneo. Trad. André Cardoso. 2. ed. Rio de Janeiro: Imago, 1994, 543 p.
4. KARDEC, Allan. Obras Póstumas. Tradução de Guillon Ribeiro. 33. Ed. Rio de Janeiro: FEB, 2003. Segunda parte, p. 307-308.
5. KARDEC, Allan. Obras Póstumas. Tradução de Guillon Ribeiro. 33. Ed. Rio de Janeiro: FEB, 2003. Primeira Parte, Item IX, p. 149-153.
6. KARDEC, Allan. Le Livre Des Esprits. Quatorzième Édition. Paris: Didier Et Cie Libraires-Éditeurs, 1866. Q.625. p. 268.
7. O grifo e a tradução são nossos.
8. Xavier, Francisco C. Fonte Viva. Pelo espírito Emmanuel. 23. Ed. Rio de Janeiro: FEB, 1999. Cap. 127, p. 287.

***

FIEL OBEDIÊNCIA ÀS LEIS
Autor Fabiano P Nunes

Artigo publicado na REVISTA CULTURA ESPÍRITA, do Instituto de Cultura Espírita do Brasil, ano III, n. 26, Maio de 2011. p.15.

Na atualidade, observam-se lamentáveis desrespeitos às leis, nas mais variadas esferas da sociedade. Referimo-nos não somente às ações claramente marginais aos códigos legais, mas também aos atos de menor expressão, muitas vezes sutilmente justificado por uma, suposta, nobreza quanto aos seus fins. Sonegação de impostos, desrespeito aos estatutos sociais, trabalho informal, cópias ilegais, desprezo às normas éticas, ofensas à moral e danos ao patrimônio, estão entre os atos censuráveis comuns.
O cristão, mormente os espíritas, jamais deverá se postar à margem da lei, sob qualquer pretexto, ainda que esteja ao açodar das injustiças e penúrias. Urge nunca assentar o espiritismo-cristão na marginalidade legal, em tempo algum.
Como usual, Jesus apresenta-se como probo exemplo de obediência aos códigos legalísticos.
Conquanto importantes pesquisadores tenham defendido a tese de que o Jesus da História teria assumido uma postura revolucionária1, sabe-se que – ao contrário – Ele fora o modelo e guia da integral observância das leis sociais.
Paulo de Tarso, considerado como um dos maiores intérpretes do Evangelho em toda a história cristã, em sua carta aos Filipenses2 assevera que Ele, “tornando-se semelhante aos homens e reconhecido em seu aspecto como um homem, abaixou-se, tornando-se obediente até a morte, à morte sobre uma cruz.”
Nessa ímpar exegese, o apóstolo dos gentios estabelece três conceitos essências para o entendimento da missão do Cristo na Terra: a humanidade de Jesus, Sua humildade e Sua obediência às leis vigentes. Esta ideia reveste-se de sublime comprobação ao observarmos a integral obediência, e a absoluta resignação, com que Jesus vivenciara as arbitrariedades de Seu processo de prisão, julgamento e execução.
Notáveis pesquisadores têm demonstrado as inúmeras ilegalidades dos julgamentos sofridos por Jesus, não apenas na Corte Suprema Judaica daquele tempo, o Sinédrio, como também na aplicação do Direito Romano exercida por Pôncio Pilatos.
Dentre as ilicitudes cometidas pelo Tribunal Judaico no Seu processo de prisão e julgamento, uma se nos apresenta com especial gravidade: a inexistência de – no mínimo – duas testemunhas de acusação, verazes. Em verdade, essa violação fora extremamente elementar, posto que o livro de Moisés - o Deuteronômio – assim determinava:
“Somente pela deposição de duas ou três testemunhas poder-se-á condenar alguém à morte; ninguém será morto pela deposição de uma só testemunha”3 .
“Uma única testemunha não é suficiente contra alguém, em qualquer caso de iniqüidade ou de pecado que haja cometido” 4.
“Se a testemunha for uma testemunha falsa, e tiver caluniado seu irmão, então vós a tratareis conforme ela própria maquinava tratar o seu próximo”5.
À luz dessas chaves ao entendimento contidas no Antigo Testamento, poder-se-á apreender - em Marcos6 - a seriedade das ilicitudes cometidas pelo referido tribunal hebreu:
Ora, os chefes dos sacerdotes e todo o Sinédrio procuravam um testemunho contra Jesus para matá-lo, mas nada encontravam. Pois muitos davam falso testemunho contra Ele, mas os testemunhos não eram congruentes. Alguns, levantando-se, davam falso testemunho contra Ele”.[...]
[...] O Sumo Sacerdote, então, rasgando as suas túnicas disse: Que necessidade temos ainda de testemunhas? Ouvistes a blasfêmia. Que vos parece? E todos julgaram-no réu de morte”.
Dessa forma, houvera uma inequívoca, e voluntária, transgressão da Lei Mosaica por parte do próprio Sinédrio, a qual seria passível da mesma punição imputada ao Humilde Réu.
Para agravar a injustiça da condenação do Carpinteiro de Nazaré, Ele ainda estivera sob o julgamento de outras duas instâncias, a de Herodes Antipas e a de Pôncio Pilatos, que também não encontraram peças judiciais condenatórias robustas, e, por conseguinte, exoraram Sua inocência. Mesmo assim, Jesus fora conduzido à pena capital.
Não obstante Jesus fosse o único Espírito Puro que já pisara a Terra, e porquanto, o mais inocente homem da história, Ele aceitara todos os ajuizamentos - arbitrários, incoerentes e ilegais – sem indignar-se e nem ao menos protestar, mas ao contrário, sendo obediente até o limite de Suas forças, tendo como conseqüência a própria morte por crucificação, vergonhosa e com dores excruciantes, a fim de exemplificar a mais excelente manifestação de fidelidade à Deus, aos amigos, à Causa, assim como às leis da sociedade.
Nunca esqueçamos, pois, que o espírita-cristão deverá ser, sobretudo, um exemplar partidário da boa cidadania, observando fielmente as legislações e as disposições judiciais.

 
  1. CROSSAN, John D. Jesus, Uma Biografia Revolucionária. Rio de Janeiro, Imago Ed: 1995. 216 p.
  2. BÍBLIA. Português. Bíblia de Jerusalém. Nova edição rev. e ampl. São Paulo: Paulus, 2002. Epístola aos Filipenses, cap. 2, vers. 8, p. 2049.
  3. Ibidem. Deuteronômio, cap. 17, vers. 6, p. 279.
  4. Ibidem. Deuteronômio, cap.19, vers. 15, p. 282.
  5. Ibidem. Deuteronômio, cap.19, vers. 18-19, p. 282.
  6. Ibidem. Evangelho Segundo Marcos, cap. 14, vers. 55-64, p.1782.


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