sábado, 9 de outubro de 2010

LUCAS (O EVANGELHO SEGUNDO), CAPÍTULO 4 : VERSÍCULO 12 – TERCEIRA TENTAÇÃO (Programa de 10 e 13 de Outubro/2010)

LUCAS (O EVANGELHO SEGUNDO), CAPÍTULO 4 : VERSÍCULO 12 – TERCEIRA TENTAÇÃO NO DESERTO (Programa de 10 e 13 de Outubro/2010).

Tradução BÍBLIA DE JERUSALÉM - Editora Paulus.

Lucas 4:12 - Mas Jesus lhe respondeu: “Foi dito: Não tentarás ao Senhor, teu Deus.


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A origem e a utilidade dos instintos humanos

 Cada tentação guarda inolvidáveis lições sobre os desafios a que atividade cristã está submetida, assim como sobre a postura para não haver desvios na trajetória da ação evangelizadora.

 Nada obstante, o simbolismo das tentações no deserto oferece ensinos de suma importância para a compreensão dos percalços que podem servir de obstáculos ao sucesso da reencarnação.

 O Espírito Imortal, em sua jornada evolutiva, em encarnações sucessivas, está sob o jugo dos instintos. Esses instintos são – em verdade - conquistas evolucionárias, que permitiram o aprimoramento das espécies. Dessa forma, foram formadas as diversas estruturas cerebrais que guardam o comportamento instintivo nas diversas espécies. Na espécie humana, as informações instintivas são gravadas e acionadas em regiões muito bem estudadas pelas neurociências:

 Desde a década de 90, o neráx é, didaticamente, dividido em três regiões: trata-s do cérebro triuno de Paul MacLean (MacLean PD. The triune brain in evolution. New York: Plenum; 1990)

a. O cérebro reptiliano : ponte, bulbo, mesencéfalo e cerebelo. Nessas áreas cerebrais se processam impulso sexual primário, agressividade, territorialismo, hierarquia, sobrevivência e conservação.

b. O Cérebro límbico, sistema límbico: giro cingulado, lobo temporal, ístimo do giro cingulado, hipotálamo, mesencéfalo, amígdalas cerebrais, núcleos cerebrais, entre outras. É a evolução do cérebro mamífero, onde se processam as emoções e comportamento lúdico: grupo social, organização gregária, afetividade, compaixão, instinto maternal.

c. Cérebro superior, o Neocórtex, estruturas corticais onde são processadas as funções superiores: discernimento, raciocínio, linguagem, memória associativa, pensamentos lógico e abstrato.





 A doutrina Espírita nos revela que todo processo evolutivo está vinculado, em um processo interdependente, onde O Princípio Inteligente jornadeia nos diversos reinos, e nas diversas espécies, ao longo de bilhões de anos, até adquirir a consciência, característica dos hominídeos, como o homo sapiens, passando, nessa condição, o Princípio Inteligente a ser denominado pela ciência espírita como espírito. Então, a razão de existir a evolução biológica é possibilitar a evolução do Princípio Inteligente.

A obra Evolução Em Dois Mundos, André Luiz/Francisco Cândido Xavier, nos revela que em todo o processo de evolução das espécies não apenas as estruturas cerebrais foram sendo aprimoradas pelas Leis Evolutivas (como a Lei de Seleção Natural), mas também o Perispírito foi sendo modificado e aperfeiçoado, acompanhando as transformações biológicas.

 Na espécie humana, os instintos podem ser agrupados nas seguintes categorias: instinto de competição, instinto de preservação, instinto de proteção, e instinto de reprodução.

 O Espiritismo elucida que esses instintos são verdadeira Bênção de Deus, na Obra da Criação.

REFERÊNCIA: O LIVRO DOS ESPÍRITOS - Parte I – Capítulo IV - Perguntas:

73. O instinto independe da inteligência?

“Precisamente, não, por isso que o instinto é uma espécie de inteligência. É uma inteligência sem raciocínio. Por ele é que todos os seres provêem às suas necessidades.”

74. Pode estabelecer-se uma linha de separação entre o instinto e a inteligência, isto é, precisar onde um acaba e começa a outra?

“Não, porque muitas vezes se confundem. Mas, muito bem se podem distinguir os atos que decorrem do instinto dos que são da inteligência.”

75. É acertado dizer-se que as faculdades instintivas diminuem à medida que crescem as intelectuais?

“Não; o instinto existe sempre, mas o homem o despreza. O instinto também pode conduzir ao bem. Ele quase sempre nos guia e algumas vezes com mais segurança do que a razão. Nunca se transvia.”

a) - Por que nem sempre é guia infalível a razão?

“Seria infalível, se não fosse falseada pela má educação, pelo orgulho e pelo egoísmo. O instinto não raciocina; a razão permite a escolha e dá ao homem o livre arbítrio.”

O instinto é uma inteligência rudimentar, que difere da inteligência propriamente dita, em que suas manifestações são quase sempre espontâneas, ao passo que as da inteligência resultam de uma combinação e de um ato deliberado.

O instinto varia em suas manifestações, conforme às espécies e às suas necessidades. Nos seres que têm a consciência e a percepção das coisas exteriores, ele se alia à inteligência, isto é, à vontade e à liberdade.

 Por conseguinte, compreendemos nos Ensinos dos Espíritos que os instintos têm como finalidade alavancar o progresso do Princípio Inteligente, e mais adiante, do Espírito.

 A Luz da Interpretação Profunda da parábola das Tentações no Deserto, o Professor Carlos Torres Pastorino, em sua obra “Sabedoria do Evangelho”, nos conduz em reflexões sobre essas tentações como sendo os instintos. E o diabo, que vem do grego “diabolos”, significa “inimigo”, não sendo, pois, uma figura mitológica. Esse “inimigo” está no interior do ser humano, e simboliza a exacerbação desses instintos, arrastando o espírito para a ruína. Para a exegese profunda, recordemos, mais uma vez, a explicação de OLE: 75 a) - Por que nem sempre é guia infalível a razão? “Seria infalível, se não fosse falseada pela má educação, pelo orgulho e pelo egoísmo. O instinto não raciocina; a razão permite a escolha e dá ao homem o livre arbítrio.” Analisaremos tais questões na próxima semana.




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