sábado, 16 de outubro de 2010

LUCAS: O EVANGELHO SEGUNDO. CAPÍTULO 4, VERSÍCULO 12, TERCEIRA TENTAÇÃO (Programa de 17 e 20 de Outubro/2010)

Tradução BÍBLIA DE JERUSALÉM - Editora Paulus.


Lucas 4:12 - Mas Jesus lhe respondeu: “Foi dito: Não tentarás ao Senhor, teu Deus.



OUÇA NOVAMENTE O ÁUDIO DO PROGRAMA


CLIQUE NO PLAY ("setinha") DA FIGURA ABAIXO:


OU PARA BAIXAR O ARQUIVO DE ÁUDIO DESSE PROGRAMA, CLIQUE NESTE LINK

APONTAMENTOS SOBRE O SENTIDO PROFUNDO DAS TENTAÇÕES NO DESERTO

 Por intermédio de Os Ensinos dos Espíritos, faz-se compreensível que os instintos têm como finalidade alavancar o progresso do Princípio Inteligente, na senda do progresso.

O LIVRO DOS ESPÍRITOS – ALLAN KARDEC – PARTE 3ª - CAPÍTULO XII

907. Será substancialmente mau o princípio originário das paixões, embora esteja na Natureza?

“Não; a paixão está no excesso de que se acresceu a vontade, visto que o princípio que lhe dá origem foi posto no homem para o bem, tanto que as paixões podem levá-lo à realização de grandes coisas. O abuso que delas se faz é que causa o mal.”

908. Como se poderá determinar o limite onde as paixões deixam de ser boas para se tornarem más?

“As paixões são como um corcel, que só tem utilidade quando governado e que se torna perigoso desde que passe a governar. Uma paixão se torna perigosa a partir do momento em que deixais de poder governá-la e que dá em resultado um prejuízo qualquer para vós mesmos, ou para outrem.”

As paixões são alavancas que decuplicam as forças do homem e o auxiliam na execução dos desígnios da Providência. Mas, se, em vez de as dirigir, deixa que elas o dirijam, cai o homem nos excessos e a própria força que, manejada pelas suas mãos, poderia produzir o bem, contra ele se volta e o esmaga.

Todas as paixões têm seu princípio num sentimento, ou numa necessidade natural.

O princípio das paixões não é, assim, um mal, pois que assenta numa das condições providenciais da nossa existência. A paixão propriamente dita é a exageração de uma necessidade ou de um sentimento. Está no excesso e não na causa e este excesso se torna um mal, quando tem como conseqüência um mal qualquer. Toda paixão que aproxima o homem da natureza animal afasta-o da natureza espiritual. Todo sentimento que eleva o homem acima da natureza animal denota predominância do espírito sobre a matéria e o aproxima da perfeição.

 Apresentando Interpretação Profunda para a parábola das Tentações no Deserto, o Professor Carlos Torres Pastorino, em sua obra “Sabedoria do Evangelho”, nos conduz em reflexões sobre essas tentações, como sendo os instintos humanos e os arrastamentos viciosos. E o diabo, que vem do grego “diabolos”, significa “inimigo”, não sendo, pois, uma figura mitológica. Esse “inimigo” está no interior do ser humano, e simboliza a exacerbação desses instintos, atraindo o espírito imortal para a ruína em sua encarnação. Recordemos, mais uma vez, a explicação contida em O Livro dos Espíritos : questão 75 a) - Por que nem sempre é guia infalível a razão? Resposta, “Seria infalível, se não fosse falseada pela má educação, pelo orgulho e pelo egoísmo. O instinto não raciocina; a razão permite a escolha e dá ao homem o livre arbítrio.”

 Porquanto, as três tentações oferecidas pelo inimigo íntimo, e que oferecem risco de falência para o espírito em suas encarnações sucessivas, são na alegoria estudada, respectivamente:

a. I TENTAÇÃO – O EGOÍSMO - transformar as pedras em pães, para saciar a própria fome. Trata-se do desejo animal de satisfazer à própria fome, isto é, aos apetites egoístas do “Eu Inferior”. A resposta de Jesus, extraída de Deuteronômio 8:3, faz-nos compreender que a alimentação espiritual do “Eu Superior” é a única que pode saciar, essas fomes, posto que resolve a questão das mais profundas necessidades existenciais do espírito.

b. II TENTAÇÃO – O ORGULHO - usar qualquer meio bajulatório, de dominação mundana, de poder material, a fim de obter fama e poder de autoridade. Volta Jesus a oferecer subsídio para enfrentarmos o inimigo interior, redargüindo com um versículo do Deuteronômio 6:13, elucidando que Deus está acima de tudo, e só a Ele podemos e devemos prestar culto, reverência e obediência, não devendo, pois, utilizar-nos de meios escusos para adquirir vantagens nem pessoais, nem para grupos.

c. III TENTAÇÃO – A VAIDADE . Lançar-se de grande altura, confiando que Deus mandará mensageiros para ajudá-lo, em fenômenos milagrosos e espetaculares. O adversário apresenta-se com uma frase – adulterada - do Salmo 91:11-12, mas Jesus lhe responde com outra do Deuteronômio 6:16. É a tentação de ceder à vaidade de demonstrações milagreiras, onde não haja necessidade delas, confiando em proteções especiais superiores, ou para a exaltação de si mesmo.

ESTUDOS CIENTÍFICOS SOBRE OS CÉREBRO
















Nenhum comentário:

Postar um comentário