sábado, 30 de outubro de 2010

LUCAS: O EVANGELHO SEGUNDO. CAPÍTULO 4, VERSÍCULO 12, TERCEIRA TENTAÇÃO (Programa de 31 de Outubro e 03 de novembro/2010)

Tradução BÍBLIA DE JERUSALÉM - Editora Paulus.

Lucas 4:12 - Mas Jesus lhe respondeu: “Foi dito: Não tentarás ao Senhor, teu Deus.



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O  N O M E  D E  D E U S

ARTIGO PUBLICADO NA "REVISTA CULTURA ESPÍRITA", DO INSTITUTO DE CULTURA ESPÍRITA DO BRASIL (ICEB), ANO II, N 13, ABRIL DE 2010, p.15.

Autor: Fabiano Nunes


(Impronunciável, pois o homem não seria digno de repetir o Nome de Deus)

Dentre os recursos pedagógicos que Jesus - com genial atilamento - aplicava, um se nos afigura de ímpar importância: a criação de imagens mentais.

Através de histórias belas e singelas, o Mestre Incomparável cunhava imagens visuais com riqueza de nuances, vivas e emocionantes, sempre bem situadas no contexto sócio-cultural dos ouvintes, para que fossem integralmente apreendidas. Desse modo, Jesus conduzia as mentes e os corações - de forma apaixonante - nas artes de pensar e de viver, enquanto, ao mesmo tempo, desvelava as Leis Naturais para todas as gerações de aprendizes, ao longo dos séculos (1).

O impacto dessas figuras visuais na alma dos ouvintes foi tão significativo que, mesmo mais de seis décadas depois, no período em que os Evangelhos teriam sido escritos, foram recordadas com sutilezas e precisão de informações.

Especial beleza é a abordagem do Mestre do Amor no que diz respeito à invocação do nome de Deus.

Naquele tempo, o povo hebreu conhecia 21 denominações (2) para louvar, rogar, agradecer, ou para clamar ao Deus Único, com títulos que evocavam o arquétipo mental de um Soberano Supremo que imprimia grande respeito, mas também singular temor.

Conquanto, grande parte dos religiosos acreditava que o nome de Deus não deveria sequer ser pronunciado, em virtude da indignidade da criatura humana para proferir o Nome Divino, porquanto, havia um tetragrama (3) impronunciável – יהוה - o qual fora posteriormente transliterado para “YHWH”, e interpretado para as línguas modernas como Yahweh (Javé). Até no tempo presente, muitos Judeus Ortodoxos adotam tal prática.

No Antigo Testamento encontraremos as principais alcunhas4: Elohim, O Forte; Adonai, Senhor (Soberano); Yah, Eu Sou; Yahweh, Eu Sou que Sou; El, Deus; El Elyon, Deus Altíssimo; El Olam, Deus Eterno; El Shaddai, Deus Todo Poderoso; Yahweh Sabbaoth, O Senhor dos Exércitos.

Não obstante, Jesus subleva o pensamento corrente, apresentando ao povo (4) uma nova perspectiva de relacionamento entre a criatura e o seu Criador, e para tal fito – de forma original – ensina o emprego de uma nova referência para se dirigir a Deus: Abba.

Na tradução mais habitual (5), Abba significaria “Pai”, malgrado, modernamente encontraremos um novo entendimento para esse termo.

Conforme asseveram as ciências das religiões, e confirma a revelação mediúnica trazida por Francisco Cândido Xavier (6), Jesus falava a língua aramaica, em um dialeto muito específico usado nas cidades do Lago de Tiberíades.

Abba seria a expressão que as criancinhas da Galiléia usavam para falar com seu próprio pai, por conseguinte, tratar-se-ia de um nome informal, que equivaleria às expressões em português “paizinho” ou “querido pai” (7).

Jesus sempre demonstrou ser um professor extremamente “visual”, e numa formidável combinação de simplicidade e inteligência, desconstrói a temível imagem mental do Senhor dos Exércitos, insculpindo nos corações da humanidade o modelo de uma relação pessoal com Deus de grande magnanimidade, que evocava Sua própria relação com o seu paizinho, José de Nazaré, onde havia uma ligação plena em intimidade, proteção, confiança, provisão e, sobretudo, em amor que não mede sacrifícios pelos filhos.

Lembremos, porquanto, nos momentos de desalento que o Deus que Jesus nos ensinou a invocar não é, unicamente, O Criador do Universo, mas também o Paizinho Querido, que como tal devota inexaurível zelo pelos próprios filhinhos.

Um fraternal abraço, Fabiano Pereira Nunes

Referências Bibliográficas

1.Kardec, A. Por que Jesus Fala por Parábolas. In: A. Kardec, O Evangelho Segundo O Espiritismo (E. N. Bezerra, Trad.). Rio de Janeiro: FEB. pp. 427-31

2.Kaschel, W. Dicionário da Bíblia de Almeida (2 ed.). barueri, SP, 2005: Sociedade Bíblica do Brasil.p. 54

3.Extraído de www. wikipedia.org. (s.d.). Acesso em 22 de fevereiro de 2010, disponível em Wikipédia, a enciclopédia livre.: http://pt.wikipedia.org/wiki/Yahweh

4. Ryrie, C. C. A Bíblia Anotada: edição Expandida. Barueri, SP, 2007: Sociedade Bíblica do Brasil.p 8-9

5. Mateus, O Evangelho Segundo. O Novo Testamento, in: Bíblia de Jerusalém. Português. Nova edição rev. e ampl. São Paulo: Paulus, 2002. Mateus, cap. 6, vers. 7-9, p. 1713.

6. Xavier, F. Candido. Ditado pelo espírito Emmanuel. Há Dois Mil Anos (42 ed.). Rio de Janeiro: FEB, 2002. P. 84

7. Drane, John. Enciclopédia da Bíblia. São Paulo, 2009: Edições Paulinas.p.175




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LUCAS: O EVANGELHO SEGUNDO. CAPÍTULO 4, VERSÍCULO 12, TERCEIRA TENTAÇÃO (Programa de 31 de Outubro e 03 de novembro/2010)

Tradução BÍBLIA DE JERUSALÉM - Editora Paulus.

Lucas 4:12 - Mas Jesus lhe respondeu: “Foi dito: Não tentarás ao Senhor, teu Deus.



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O  N O M E  D E  D E U S

ARTIGO PUBLICADO NA "REVISTA CULTURA ESPÍRITA", DO INSTITUTO DE CULTURA ESPÍRITA DO BRASIL (ICEB), ANO II, N 13, ABRIL DE 2010, p.15.

Autor: Fabiano Nunes


(Impronunciável, pois o homem não seria digno de repetir o Nome de Deus)

Dentre os recursos pedagógicos que Jesus - com genial atilamento - aplicava, um se nos afigura de ímpar importância: a criação de imagens mentais.

Através de histórias belas e singelas, o Mestre Incomparável cunhava imagens visuais com riqueza de nuances, vivas e emocionantes, sempre bem situadas no contexto sócio-cultural dos ouvintes, para que fossem integralmente apreendidas. Desse modo, Jesus conduzia as mentes e os corações - de forma apaixonante - nas artes de pensar e de viver, enquanto, ao mesmo tempo, desvelava as Leis Naturais para todas as gerações de aprendizes, ao longo dos séculos (1).

O impacto dessas figuras visuais na alma dos ouvintes foi tão significativo que, mesmo mais de seis décadas depois, no período em que os Evangelhos teriam sido escritos, foram recordadas com sutilezas e precisão de informações.

Especial beleza é a abordagem do Mestre do Amor no que diz respeito à invocação do nome de Deus.

Naquele tempo, o povo hebreu conhecia 21 denominações (2) para louvar, rogar, agradecer, ou para clamar ao Deus Único, com títulos que evocavam o arquétipo mental de um Soberano Supremo que imprimia grande respeito, mas também singular temor.

Conquanto, grande parte dos religiosos acreditava que o nome de Deus não deveria sequer ser pronunciado, em virtude da indignidade da criatura humana para proferir o Nome Divino, porquanto, havia um tetragrama (3) impronunciável – יהוה - o qual fora posteriormente transliterado para “YHWH”, e interpretado para as línguas modernas como Yahweh (Javé). Até no tempo presente, muitos Judeus Ortodoxos adotam tal prática.

No Antigo Testamento encontraremos as principais alcunhas4: Elohim, O Forte; Adonai, Senhor (Soberano); Yah, Eu Sou; Yahweh, Eu Sou que Sou; El, Deus; El Elyon, Deus Altíssimo; El Olam, Deus Eterno; El Shaddai, Deus Todo Poderoso; Yahweh Sabbaoth, O Senhor dos Exércitos.

Não obstante, Jesus subleva o pensamento corrente, apresentando ao povo (4) uma nova perspectiva de relacionamento entre a criatura e o seu Criador, e para tal fito – de forma original – ensina o emprego de uma nova referência para se dirigir a Deus: Abba.

Na tradução mais habitual (5), Abba significaria “Pai”, malgrado, modernamente encontraremos um novo entendimento para esse termo.

Conforme asseveram as ciências das religiões, e confirma a revelação mediúnica trazida por Francisco Cândido Xavier (6), Jesus falava a língua aramaica, em um dialeto muito específico usado nas cidades do Lago de Tiberíades.

Abba seria a expressão que as criancinhas da Galiléia usavam para falar com seu próprio pai, por conseguinte, tratar-se-ia de um nome informal, que equivaleria às expressões em português “paizinho” ou “querido pai” (7).

Jesus sempre demonstrou ser um professor extremamente “visual”, e numa formidável combinação de simplicidade e inteligência, desconstrói a temível imagem mental do Senhor dos Exércitos, insculpindo nos corações da humanidade o modelo de uma relação pessoal com Deus de grande magnanimidade, que evocava Sua própria relação com o seu paizinho, José de Nazaré, onde havia uma ligação plena em intimidade, proteção, confiança, provisão e, sobretudo, em amor que não mede sacrifícios pelos filhos.

Lembremos, porquanto, nos momentos de desalento que o Deus que Jesus nos ensinou a invocar não é, unicamente, O Criador do Universo, mas também o Paizinho Querido, que como tal devota inexaurível zelo pelos próprios filhinhos.

Um fraternal abraço, Fabiano Pereira Nunes

Referências Bibliográficas

1.Kardec, A. Por que Jesus Fala por Parábolas. In: A. Kardec, O Evangelho Segundo O Espiritismo (E. N. Bezerra, Trad.). Rio de Janeiro: FEB. pp. 427-31

2.Kaschel, W. Dicionário da Bíblia de Almeida (2 ed.). barueri, SP, 2005: Sociedade Bíblica do Brasil.p. 54

3.Extraído de www. wikipedia.org. (s.d.). Acesso em 22 de fevereiro de 2010, disponível em Wikipédia, a enciclopédia livre.: http://pt.wikipedia.org/wiki/Yahweh

4. Ryrie, C. C. A Bíblia Anotada: edição Expandida. Barueri, SP, 2007: Sociedade Bíblica do Brasil.p 8-9

5. Mateus, O Evangelho Segundo. O Novo Testamento, in: Bíblia de Jerusalém. Português. Nova edição rev. e ampl. São Paulo: Paulus, 2002. Mateus, cap. 6, vers. 7-9, p. 1713.

6. Xavier, F. Candido. Ditado pelo espírito Emmanuel. Há Dois Mil Anos (42 ed.). Rio de Janeiro: FEB, 2002. P. 84

7. Drane, John. Enciclopédia da Bíblia. São Paulo, 2009: Edições Paulinas.p.175




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domingo, 24 de outubro de 2010

LUCAS: O EVANGELHO SEGUNDO. CAPÍTULO 4, VERSÍCULO 12, TERCEIRA TENTAÇÃO (Programa de 24 e 27 de Outubro/2010)

Tradução BÍBLIA DE JERUSALÉM - Editora Paulus.

Lucas 4:12 - Mas Jesus lhe respondeu: “Foi dito: Não tentarás ao Senhor, teu Deus.



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Jesus viera oferecer um padrão de HUMANIDADE a ser imitado. Ninguém fora tão humano, tão humanista, e tão humanitário quanto O Cristo. Sua Divindadade é para nós inatingível, por ora. Não obstante, sua "humanidade" é perfeitamente reproduzível. E para fazer-nos compreender esse ponto de vista, Jesus, ao referir-se a si mesmo, substituiu o título do Messias - "O Filho do Deus Altíssimo" - pela expressão: "O Filho do Homem".

Abaixo, a pergunta 625 de O LIVRO DOS ESPÍRITOS, no original da terceira edição francesa: 



625. Qual é o tipo mais perfeito que Deus tenha oferecido ao homem, para lhe servir de guia e de modelo?

“Vede Jesus.”

Jesus é para o homem o tipo da perfeição moral a que a Humanidade PODE PRETENDER na Terra. [...]

  A Humanidade de Jesus

HUMANIDADE REAL


“... Eis o Homem!” – Pilatos. (JOÃO, capítulo 19, versículo 5.)

Apresentando o Cristo à multidão, Pilatos não designava um triunfador terrestre.

Nem banquete, nem púrpura.

Nem aplauso, nem flores.

Jesus achava-se diante da morte.

Terminava uma semana de terríveis flagelações.

Traído, não se rebelara.

Preso, exercera a paciência.

Humilhado, não se entregou a revides.

Esquecido, não se confiou à revolta.

Escarnecido, desculpara.

Açoitado, olvidou a ofensa.

Injustiçado, não se defendeu.

Sentenciado ao martírio, soube perdoar.

Crucificado, voltaria à convivência dos mesmos discípulos e beneficiários que o haviam abandonado, para soerguer-lhes a esperança.

Mas, exibindo-o, diante do povo, Pilatos não afirma: — Eis o condenado, eis a vítima!

Diz simplesmente: — “Eis o Homem!”

Aparentemente vencido, o Mestre surgia em plena grandeza espiritual, revelando o mais alto padrão de dignidade humana.

Rememorando, pois, semelhante passagem, recordemos que somente nas linhas morais do Cristo é que atingiremos a Humanidade Real.

Emmanuel/Francisco Candido Xavier

(Livro: Fonte Viva, 127, FEB)




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LUCAS: O EVANGELHO SEGUNDO. CAPÍTULO 4, VERSÍCULO 12, TERCEIRA TENTAÇÃO (Programa de 24 e 27 de Outubro/2010)

Tradução BÍBLIA DE JERUSALÉM - Editora Paulus.

Lucas 4:12 - Mas Jesus lhe respondeu: “Foi dito: Não tentarás ao Senhor, teu Deus.



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Jesus viera oferecer um padrão de HUMANIDADE a ser imitado. Ninguém fora tão humano, tão humanista, e tão humanitário quanto O Cristo. Sua Divindadade é para nós inatingível, por ora. Não obstante, sua "humanidade" é perfeitamente reproduzível. E para fazer-nos compreender esse ponto de vista, Jesus, ao referir-se a si mesmo, substituiu o título do Messias - "O Filho do Deus Altíssimo" - pela expressão: "O Filho do Homem".

Abaixo, a pergunta 625 de O LIVRO DOS ESPÍRITOS, no original da terceira edição francesa: 



625. Qual é o tipo mais perfeito que Deus tenha oferecido ao homem, para lhe servir de guia e de modelo?

“Vede Jesus.”

Jesus é para o homem o tipo da perfeição moral a que a Humanidade PODE PRETENDER na Terra. [...]

  A Humanidade de Jesus

HUMANIDADE REAL


“... Eis o Homem!” – Pilatos. (JOÃO, capítulo 19, versículo 5.)

Apresentando o Cristo à multidão, Pilatos não designava um triunfador terrestre.

Nem banquete, nem púrpura.

Nem aplauso, nem flores.

Jesus achava-se diante da morte.

Terminava uma semana de terríveis flagelações.

Traído, não se rebelara.

Preso, exercera a paciência.

Humilhado, não se entregou a revides.

Esquecido, não se confiou à revolta.

Escarnecido, desculpara.

Açoitado, olvidou a ofensa.

Injustiçado, não se defendeu.

Sentenciado ao martírio, soube perdoar.

Crucificado, voltaria à convivência dos mesmos discípulos e beneficiários que o haviam abandonado, para soerguer-lhes a esperança.

Mas, exibindo-o, diante do povo, Pilatos não afirma: — Eis o condenado, eis a vítima!

Diz simplesmente: — “Eis o Homem!”

Aparentemente vencido, o Mestre surgia em plena grandeza espiritual, revelando o mais alto padrão de dignidade humana.

Rememorando, pois, semelhante passagem, recordemos que somente nas linhas morais do Cristo é que atingiremos a Humanidade Real.

Emmanuel/Francisco Candido Xavier

(Livro: Fonte Viva, 127, FEB)




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sábado, 16 de outubro de 2010

LUCAS: O EVANGELHO SEGUNDO. CAPÍTULO 4, VERSÍCULO 12, TERCEIRA TENTAÇÃO (Programa de 17 e 20 de Outubro/2010)

Tradução BÍBLIA DE JERUSALÉM - Editora Paulus.


Lucas 4:12 - Mas Jesus lhe respondeu: “Foi dito: Não tentarás ao Senhor, teu Deus.



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APONTAMENTOS SOBRE O SENTIDO PROFUNDO DAS TENTAÇÕES NO DESERTO

 Por intermédio de Os Ensinos dos Espíritos, faz-se compreensível que os instintos têm como finalidade alavancar o progresso do Princípio Inteligente, na senda do progresso.

O LIVRO DOS ESPÍRITOS – ALLAN KARDEC – PARTE 3ª - CAPÍTULO XII

907. Será substancialmente mau o princípio originário das paixões, embora esteja na Natureza?

“Não; a paixão está no excesso de que se acresceu a vontade, visto que o princípio que lhe dá origem foi posto no homem para o bem, tanto que as paixões podem levá-lo à realização de grandes coisas. O abuso que delas se faz é que causa o mal.”

908. Como se poderá determinar o limite onde as paixões deixam de ser boas para se tornarem más?

“As paixões são como um corcel, que só tem utilidade quando governado e que se torna perigoso desde que passe a governar. Uma paixão se torna perigosa a partir do momento em que deixais de poder governá-la e que dá em resultado um prejuízo qualquer para vós mesmos, ou para outrem.”

As paixões são alavancas que decuplicam as forças do homem e o auxiliam na execução dos desígnios da Providência. Mas, se, em vez de as dirigir, deixa que elas o dirijam, cai o homem nos excessos e a própria força que, manejada pelas suas mãos, poderia produzir o bem, contra ele se volta e o esmaga.

Todas as paixões têm seu princípio num sentimento, ou numa necessidade natural.

O princípio das paixões não é, assim, um mal, pois que assenta numa das condições providenciais da nossa existência. A paixão propriamente dita é a exageração de uma necessidade ou de um sentimento. Está no excesso e não na causa e este excesso se torna um mal, quando tem como conseqüência um mal qualquer. Toda paixão que aproxima o homem da natureza animal afasta-o da natureza espiritual. Todo sentimento que eleva o homem acima da natureza animal denota predominância do espírito sobre a matéria e o aproxima da perfeição.

 Apresentando Interpretação Profunda para a parábola das Tentações no Deserto, o Professor Carlos Torres Pastorino, em sua obra “Sabedoria do Evangelho”, nos conduz em reflexões sobre essas tentações, como sendo os instintos humanos e os arrastamentos viciosos. E o diabo, que vem do grego “diabolos”, significa “inimigo”, não sendo, pois, uma figura mitológica. Esse “inimigo” está no interior do ser humano, e simboliza a exacerbação desses instintos, atraindo o espírito imortal para a ruína em sua encarnação. Recordemos, mais uma vez, a explicação contida em O Livro dos Espíritos : questão 75 a) - Por que nem sempre é guia infalível a razão? Resposta, “Seria infalível, se não fosse falseada pela má educação, pelo orgulho e pelo egoísmo. O instinto não raciocina; a razão permite a escolha e dá ao homem o livre arbítrio.”

 Porquanto, as três tentações oferecidas pelo inimigo íntimo, e que oferecem risco de falência para o espírito em suas encarnações sucessivas, são na alegoria estudada, respectivamente:

a. I TENTAÇÃO – O EGOÍSMO - transformar as pedras em pães, para saciar a própria fome. Trata-se do desejo animal de satisfazer à própria fome, isto é, aos apetites egoístas do “Eu Inferior”. A resposta de Jesus, extraída de Deuteronômio 8:3, faz-nos compreender que a alimentação espiritual do “Eu Superior” é a única que pode saciar, essas fomes, posto que resolve a questão das mais profundas necessidades existenciais do espírito.

b. II TENTAÇÃO – O ORGULHO - usar qualquer meio bajulatório, de dominação mundana, de poder material, a fim de obter fama e poder de autoridade. Volta Jesus a oferecer subsídio para enfrentarmos o inimigo interior, redargüindo com um versículo do Deuteronômio 6:13, elucidando que Deus está acima de tudo, e só a Ele podemos e devemos prestar culto, reverência e obediência, não devendo, pois, utilizar-nos de meios escusos para adquirir vantagens nem pessoais, nem para grupos.

c. III TENTAÇÃO – A VAIDADE . Lançar-se de grande altura, confiando que Deus mandará mensageiros para ajudá-lo, em fenômenos milagrosos e espetaculares. O adversário apresenta-se com uma frase – adulterada - do Salmo 91:11-12, mas Jesus lhe responde com outra do Deuteronômio 6:16. É a tentação de ceder à vaidade de demonstrações milagreiras, onde não haja necessidade delas, confiando em proteções especiais superiores, ou para a exaltação de si mesmo.

ESTUDOS CIENTÍFICOS SOBRE OS CÉREBRO
















LUCAS: O EVANGELHO SEGUNDO. CAPÍTULO 4, VERSÍCULO 12, TERCEIRA TENTAÇÃO (Programa de 17 e 20 de Outubro/2010)

Tradução BÍBLIA DE JERUSALÉM - Editora Paulus.


Lucas 4:12 - Mas Jesus lhe respondeu: “Foi dito: Não tentarás ao Senhor, teu Deus.



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APONTAMENTOS SOBRE O SENTIDO PROFUNDO DAS TENTAÇÕES NO DESERTO

 Por intermédio de Os Ensinos dos Espíritos, faz-se compreensível que os instintos têm como finalidade alavancar o progresso do Princípio Inteligente, na senda do progresso.

O LIVRO DOS ESPÍRITOS – ALLAN KARDEC – PARTE 3ª - CAPÍTULO XII

907. Será substancialmente mau o princípio originário das paixões, embora esteja na Natureza?

“Não; a paixão está no excesso de que se acresceu a vontade, visto que o princípio que lhe dá origem foi posto no homem para o bem, tanto que as paixões podem levá-lo à realização de grandes coisas. O abuso que delas se faz é que causa o mal.”

908. Como se poderá determinar o limite onde as paixões deixam de ser boas para se tornarem más?

“As paixões são como um corcel, que só tem utilidade quando governado e que se torna perigoso desde que passe a governar. Uma paixão se torna perigosa a partir do momento em que deixais de poder governá-la e que dá em resultado um prejuízo qualquer para vós mesmos, ou para outrem.”

As paixões são alavancas que decuplicam as forças do homem e o auxiliam na execução dos desígnios da Providência. Mas, se, em vez de as dirigir, deixa que elas o dirijam, cai o homem nos excessos e a própria força que, manejada pelas suas mãos, poderia produzir o bem, contra ele se volta e o esmaga.

Todas as paixões têm seu princípio num sentimento, ou numa necessidade natural.

O princípio das paixões não é, assim, um mal, pois que assenta numa das condições providenciais da nossa existência. A paixão propriamente dita é a exageração de uma necessidade ou de um sentimento. Está no excesso e não na causa e este excesso se torna um mal, quando tem como conseqüência um mal qualquer. Toda paixão que aproxima o homem da natureza animal afasta-o da natureza espiritual. Todo sentimento que eleva o homem acima da natureza animal denota predominância do espírito sobre a matéria e o aproxima da perfeição.

 Apresentando Interpretação Profunda para a parábola das Tentações no Deserto, o Professor Carlos Torres Pastorino, em sua obra “Sabedoria do Evangelho”, nos conduz em reflexões sobre essas tentações, como sendo os instintos humanos e os arrastamentos viciosos. E o diabo, que vem do grego “diabolos”, significa “inimigo”, não sendo, pois, uma figura mitológica. Esse “inimigo” está no interior do ser humano, e simboliza a exacerbação desses instintos, atraindo o espírito imortal para a ruína em sua encarnação. Recordemos, mais uma vez, a explicação contida em O Livro dos Espíritos : questão 75 a) - Por que nem sempre é guia infalível a razão? Resposta, “Seria infalível, se não fosse falseada pela má educação, pelo orgulho e pelo egoísmo. O instinto não raciocina; a razão permite a escolha e dá ao homem o livre arbítrio.”

 Porquanto, as três tentações oferecidas pelo inimigo íntimo, e que oferecem risco de falência para o espírito em suas encarnações sucessivas, são na alegoria estudada, respectivamente:

a. I TENTAÇÃO – O EGOÍSMO - transformar as pedras em pães, para saciar a própria fome. Trata-se do desejo animal de satisfazer à própria fome, isto é, aos apetites egoístas do “Eu Inferior”. A resposta de Jesus, extraída de Deuteronômio 8:3, faz-nos compreender que a alimentação espiritual do “Eu Superior” é a única que pode saciar, essas fomes, posto que resolve a questão das mais profundas necessidades existenciais do espírito.

b. II TENTAÇÃO – O ORGULHO - usar qualquer meio bajulatório, de dominação mundana, de poder material, a fim de obter fama e poder de autoridade. Volta Jesus a oferecer subsídio para enfrentarmos o inimigo interior, redargüindo com um versículo do Deuteronômio 6:13, elucidando que Deus está acima de tudo, e só a Ele podemos e devemos prestar culto, reverência e obediência, não devendo, pois, utilizar-nos de meios escusos para adquirir vantagens nem pessoais, nem para grupos.

c. III TENTAÇÃO – A VAIDADE . Lançar-se de grande altura, confiando que Deus mandará mensageiros para ajudá-lo, em fenômenos milagrosos e espetaculares. O adversário apresenta-se com uma frase – adulterada - do Salmo 91:11-12, mas Jesus lhe responde com outra do Deuteronômio 6:16. É a tentação de ceder à vaidade de demonstrações milagreiras, onde não haja necessidade delas, confiando em proteções especiais superiores, ou para a exaltação de si mesmo.

ESTUDOS CIENTÍFICOS SOBRE OS CÉREBRO
















terça-feira, 12 de outubro de 2010

ESTUDOS ESPÍRITAS DO NOVO TESTAMENTO

Convidamos aos amigos para estudarmos juntos o Novo Testamento.

Local: Congregação Espírita Francisco de Paula - Salão do Segundo Andar

Data: 23 de outubro de 2010

Horário: 10h às 12h

Endereço: Rua Conselheiro Zenha 31 - Tijuca

Sem inscrição prévia, estudo aberto ao público interessado.









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ESTUDOS ESPÍRITAS DO NOVO TESTAMENTO

Convidamos aos amigos para estudarmos juntos o Novo Testamento.

Local: Congregação Espírita Francisco de Paula - Salão do Segundo Andar

Data: 23 de outubro de 2010

Horário: 10h às 12h

Endereço: Rua Conselheiro Zenha 31 - Tijuca

Sem inscrição prévia, estudo aberto ao público interessado.









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sábado, 9 de outubro de 2010

LUCAS (O EVANGELHO SEGUNDO), CAPÍTULO 4 : VERSÍCULO 12 – TERCEIRA TENTAÇÃO (Programa de 10 e 13 de Outubro/2010)

LUCAS (O EVANGELHO SEGUNDO), CAPÍTULO 4 : VERSÍCULO 12 – TERCEIRA TENTAÇÃO NO DESERTO (Programa de 10 e 13 de Outubro/2010).

Tradução BÍBLIA DE JERUSALÉM - Editora Paulus.

Lucas 4:12 - Mas Jesus lhe respondeu: “Foi dito: Não tentarás ao Senhor, teu Deus.


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A origem e a utilidade dos instintos humanos

 Cada tentação guarda inolvidáveis lições sobre os desafios a que atividade cristã está submetida, assim como sobre a postura para não haver desvios na trajetória da ação evangelizadora.

 Nada obstante, o simbolismo das tentações no deserto oferece ensinos de suma importância para a compreensão dos percalços que podem servir de obstáculos ao sucesso da reencarnação.

 O Espírito Imortal, em sua jornada evolutiva, em encarnações sucessivas, está sob o jugo dos instintos. Esses instintos são – em verdade - conquistas evolucionárias, que permitiram o aprimoramento das espécies. Dessa forma, foram formadas as diversas estruturas cerebrais que guardam o comportamento instintivo nas diversas espécies. Na espécie humana, as informações instintivas são gravadas e acionadas em regiões muito bem estudadas pelas neurociências:

 Desde a década de 90, o neráx é, didaticamente, dividido em três regiões: trata-s do cérebro triuno de Paul MacLean (MacLean PD. The triune brain in evolution. New York: Plenum; 1990)

a. O cérebro reptiliano : ponte, bulbo, mesencéfalo e cerebelo. Nessas áreas cerebrais se processam impulso sexual primário, agressividade, territorialismo, hierarquia, sobrevivência e conservação.

b. O Cérebro límbico, sistema límbico: giro cingulado, lobo temporal, ístimo do giro cingulado, hipotálamo, mesencéfalo, amígdalas cerebrais, núcleos cerebrais, entre outras. É a evolução do cérebro mamífero, onde se processam as emoções e comportamento lúdico: grupo social, organização gregária, afetividade, compaixão, instinto maternal.

c. Cérebro superior, o Neocórtex, estruturas corticais onde são processadas as funções superiores: discernimento, raciocínio, linguagem, memória associativa, pensamentos lógico e abstrato.





 A doutrina Espírita nos revela que todo processo evolutivo está vinculado, em um processo interdependente, onde O Princípio Inteligente jornadeia nos diversos reinos, e nas diversas espécies, ao longo de bilhões de anos, até adquirir a consciência, característica dos hominídeos, como o homo sapiens, passando, nessa condição, o Princípio Inteligente a ser denominado pela ciência espírita como espírito. Então, a razão de existir a evolução biológica é possibilitar a evolução do Princípio Inteligente.

A obra Evolução Em Dois Mundos, André Luiz/Francisco Cândido Xavier, nos revela que em todo o processo de evolução das espécies não apenas as estruturas cerebrais foram sendo aprimoradas pelas Leis Evolutivas (como a Lei de Seleção Natural), mas também o Perispírito foi sendo modificado e aperfeiçoado, acompanhando as transformações biológicas.

 Na espécie humana, os instintos podem ser agrupados nas seguintes categorias: instinto de competição, instinto de preservação, instinto de proteção, e instinto de reprodução.

 O Espiritismo elucida que esses instintos são verdadeira Bênção de Deus, na Obra da Criação.

REFERÊNCIA: O LIVRO DOS ESPÍRITOS - Parte I – Capítulo IV - Perguntas:

73. O instinto independe da inteligência?

“Precisamente, não, por isso que o instinto é uma espécie de inteligência. É uma inteligência sem raciocínio. Por ele é que todos os seres provêem às suas necessidades.”

74. Pode estabelecer-se uma linha de separação entre o instinto e a inteligência, isto é, precisar onde um acaba e começa a outra?

“Não, porque muitas vezes se confundem. Mas, muito bem se podem distinguir os atos que decorrem do instinto dos que são da inteligência.”

75. É acertado dizer-se que as faculdades instintivas diminuem à medida que crescem as intelectuais?

“Não; o instinto existe sempre, mas o homem o despreza. O instinto também pode conduzir ao bem. Ele quase sempre nos guia e algumas vezes com mais segurança do que a razão. Nunca se transvia.”

a) - Por que nem sempre é guia infalível a razão?

“Seria infalível, se não fosse falseada pela má educação, pelo orgulho e pelo egoísmo. O instinto não raciocina; a razão permite a escolha e dá ao homem o livre arbítrio.”

O instinto é uma inteligência rudimentar, que difere da inteligência propriamente dita, em que suas manifestações são quase sempre espontâneas, ao passo que as da inteligência resultam de uma combinação e de um ato deliberado.

O instinto varia em suas manifestações, conforme às espécies e às suas necessidades. Nos seres que têm a consciência e a percepção das coisas exteriores, ele se alia à inteligência, isto é, à vontade e à liberdade.

 Por conseguinte, compreendemos nos Ensinos dos Espíritos que os instintos têm como finalidade alavancar o progresso do Princípio Inteligente, e mais adiante, do Espírito.

 A Luz da Interpretação Profunda da parábola das Tentações no Deserto, o Professor Carlos Torres Pastorino, em sua obra “Sabedoria do Evangelho”, nos conduz em reflexões sobre essas tentações como sendo os instintos. E o diabo, que vem do grego “diabolos”, significa “inimigo”, não sendo, pois, uma figura mitológica. Esse “inimigo” está no interior do ser humano, e simboliza a exacerbação desses instintos, arrastando o espírito para a ruína. Para a exegese profunda, recordemos, mais uma vez, a explicação de OLE: 75 a) - Por que nem sempre é guia infalível a razão? “Seria infalível, se não fosse falseada pela má educação, pelo orgulho e pelo egoísmo. O instinto não raciocina; a razão permite a escolha e dá ao homem o livre arbítrio.” Analisaremos tais questões na próxima semana.




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LUCAS (O EVANGELHO SEGUNDO), CAPÍTULO 4 : VERSÍCULO 12 – TERCEIRA TENTAÇÃO (Programa de 10 e 13 de Outubro/2010)

LUCAS (O EVANGELHO SEGUNDO), CAPÍTULO 4 : VERSÍCULO 12 – TERCEIRA TENTAÇÃO NO DESERTO (Programa de 10 e 13 de Outubro/2010).

Tradução BÍBLIA DE JERUSALÉM - Editora Paulus.

Lucas 4:12 - Mas Jesus lhe respondeu: “Foi dito: Não tentarás ao Senhor, teu Deus.


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A origem e a utilidade dos instintos humanos

 Cada tentação guarda inolvidáveis lições sobre os desafios a que atividade cristã está submetida, assim como sobre a postura para não haver desvios na trajetória da ação evangelizadora.

 Nada obstante, o simbolismo das tentações no deserto oferece ensinos de suma importância para a compreensão dos percalços que podem servir de obstáculos ao sucesso da reencarnação.

 O Espírito Imortal, em sua jornada evolutiva, em encarnações sucessivas, está sob o jugo dos instintos. Esses instintos são – em verdade - conquistas evolucionárias, que permitiram o aprimoramento das espécies. Dessa forma, foram formadas as diversas estruturas cerebrais que guardam o comportamento instintivo nas diversas espécies. Na espécie humana, as informações instintivas são gravadas e acionadas em regiões muito bem estudadas pelas neurociências:

 Desde a década de 90, o neráx é, didaticamente, dividido em três regiões: trata-s do cérebro triuno de Paul MacLean (MacLean PD. The triune brain in evolution. New York: Plenum; 1990)

a. O cérebro reptiliano : ponte, bulbo, mesencéfalo e cerebelo. Nessas áreas cerebrais se processam impulso sexual primário, agressividade, territorialismo, hierarquia, sobrevivência e conservação.

b. O Cérebro límbico, sistema límbico: giro cingulado, lobo temporal, ístimo do giro cingulado, hipotálamo, mesencéfalo, amígdalas cerebrais, núcleos cerebrais, entre outras. É a evolução do cérebro mamífero, onde se processam as emoções e comportamento lúdico: grupo social, organização gregária, afetividade, compaixão, instinto maternal.

c. Cérebro superior, o Neocórtex, estruturas corticais onde são processadas as funções superiores: discernimento, raciocínio, linguagem, memória associativa, pensamentos lógico e abstrato.





 A doutrina Espírita nos revela que todo processo evolutivo está vinculado, em um processo interdependente, onde O Princípio Inteligente jornadeia nos diversos reinos, e nas diversas espécies, ao longo de bilhões de anos, até adquirir a consciência, característica dos hominídeos, como o homo sapiens, passando, nessa condição, o Princípio Inteligente a ser denominado pela ciência espírita como espírito. Então, a razão de existir a evolução biológica é possibilitar a evolução do Princípio Inteligente.

A obra Evolução Em Dois Mundos, André Luiz/Francisco Cândido Xavier, nos revela que em todo o processo de evolução das espécies não apenas as estruturas cerebrais foram sendo aprimoradas pelas Leis Evolutivas (como a Lei de Seleção Natural), mas também o Perispírito foi sendo modificado e aperfeiçoado, acompanhando as transformações biológicas.

 Na espécie humana, os instintos podem ser agrupados nas seguintes categorias: instinto de competição, instinto de preservação, instinto de proteção, e instinto de reprodução.

 O Espiritismo elucida que esses instintos são verdadeira Bênção de Deus, na Obra da Criação.

REFERÊNCIA: O LIVRO DOS ESPÍRITOS - Parte I – Capítulo IV - Perguntas:

73. O instinto independe da inteligência?

“Precisamente, não, por isso que o instinto é uma espécie de inteligência. É uma inteligência sem raciocínio. Por ele é que todos os seres provêem às suas necessidades.”

74. Pode estabelecer-se uma linha de separação entre o instinto e a inteligência, isto é, precisar onde um acaba e começa a outra?

“Não, porque muitas vezes se confundem. Mas, muito bem se podem distinguir os atos que decorrem do instinto dos que são da inteligência.”

75. É acertado dizer-se que as faculdades instintivas diminuem à medida que crescem as intelectuais?

“Não; o instinto existe sempre, mas o homem o despreza. O instinto também pode conduzir ao bem. Ele quase sempre nos guia e algumas vezes com mais segurança do que a razão. Nunca se transvia.”

a) - Por que nem sempre é guia infalível a razão?

“Seria infalível, se não fosse falseada pela má educação, pelo orgulho e pelo egoísmo. O instinto não raciocina; a razão permite a escolha e dá ao homem o livre arbítrio.”

O instinto é uma inteligência rudimentar, que difere da inteligência propriamente dita, em que suas manifestações são quase sempre espontâneas, ao passo que as da inteligência resultam de uma combinação e de um ato deliberado.

O instinto varia em suas manifestações, conforme às espécies e às suas necessidades. Nos seres que têm a consciência e a percepção das coisas exteriores, ele se alia à inteligência, isto é, à vontade e à liberdade.

 Por conseguinte, compreendemos nos Ensinos dos Espíritos que os instintos têm como finalidade alavancar o progresso do Princípio Inteligente, e mais adiante, do Espírito.

 A Luz da Interpretação Profunda da parábola das Tentações no Deserto, o Professor Carlos Torres Pastorino, em sua obra “Sabedoria do Evangelho”, nos conduz em reflexões sobre essas tentações como sendo os instintos. E o diabo, que vem do grego “diabolos”, significa “inimigo”, não sendo, pois, uma figura mitológica. Esse “inimigo” está no interior do ser humano, e simboliza a exacerbação desses instintos, arrastando o espírito para a ruína. Para a exegese profunda, recordemos, mais uma vez, a explicação de OLE: 75 a) - Por que nem sempre é guia infalível a razão? “Seria infalível, se não fosse falseada pela má educação, pelo orgulho e pelo egoísmo. O instinto não raciocina; a razão permite a escolha e dá ao homem o livre arbítrio.” Analisaremos tais questões na próxima semana.




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sábado, 2 de outubro de 2010

LUCAS (O EVANGELHO SEGUNDO), CAPÍTULO 4 : VERSÍCULO 12 – TERCEIRA TENTAÇÃO (Programa de 03 e 06 de Outubro/2010)

LUCAS (O EVANGELHO SEGUNDO), CAPÍTULO 4 : VERSÍCULO 12 – TERCEIRA TENTAÇÃO (Programa de 03 e 06 de Outubro/2010)

Tradução BÍBLIA DE JERUSALÉM

Lucas 4:12 - Mas Jesus lhe respondeu: “Foi dito: Não tentarás ao Senhor, teu Deus.


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LIVRO “OPINIÃO ESPÍRITA”

Emmanuel/Francisco Cândido Xavier

CAPÍTULO 25 - PRÁTICAS ESTRANHAS (Emmanuel estuda O Livro dos Médiuns - Cap. XXXI - Item XXI)

Muitos, companheiros, sob a alegação de que todas as religiões são boas e respeitáveis, julgam que as tarefas espíritas nada perdem por aceitar a enxertia da práticas estranhas à simplicidade que lhes vige na base, lisonjeando indebitamente situações e personalidades humanas, supostas capazes de beneficiar as construções doutrinárias do Espiritismo.

No entanto, examinemos, sem parcialidade, a expressão contraditória de semelhante atitude, analisando-a, na lógica da vida.

Criaturas de todas as plagas dos Universos são filhas do Criador e chegarão, um dia, à perfeição integral. Mas, no passo evolutivo em que nos achamos, não nos é lícito estar com todas, conquanto respeitemos a todas, de vez que inúmeras se encontram em experiências diametralmente opostas aos objetivos que nos propomos alcançar.

Não existem caminhos que não sejam viáveis e todos podem conduzir a determinado ponto do mundo. Contudo, somente os viajores irresponsáveis escolherão perlustrar atalhos perigosos e desfiladeiros obscuros, espinheiros e charcos, no Dédalo de aventuras marginais, ao longo da estrada justa.

Indiscriminadamente, os produtos expostos num mercado são úteis. Mas sob a desculpa do acatamento que se deve a todos, não nos cabe e sem qualquer consideração para com a própria saúde.

Águas de qualquer procedência liquidam a sede. No entanto, com a desculpa de que todas são valiosas, não é aconselhável se beba qualquer uma, sem qualquer preocupação de limpeza, a menos que a pessoa esteja nas vascas da sofreguidão, ameaçada de morte pelo deserto.

Sabemos que a legislação humana obtida à custa de sofrimento estabelece a segregação dos irmãos delinqüentes para o trabalho reeducativo; sustenta a policia rodoviária para garantir a ordem da passagem correta; mantém fiscalização adequada para o devido asseio nos recursos destinados à alimentação pública e cria agentes de filtragem para que as fontes não se façam veículos de endemias e outras calamidades que arrasariam populações indefesas.

Reflitamos nisso e compreenderemos que assegurar a simplicidade dos princípios espíritas, nas casas doutrinárias, para que as sua atividades atinjam a meta da libertação espiritual da Humanidade não é fanatismo e nem rigorismo de espécie alguma, porquanto, agir de outro modo seria o mesmo que devolver um mapa luminoso ao labirinto das sombras, após séculos de esforço e sacrifício para obtê-lo, como se também, a pretexto de fraternidade, fôssemos obrigados a desertar do lar para residir nas penitenciárias; a deixar o caminho certo para seguir pelo cipoal; a largar o prato saudável para ingerir a refeição deteriorada e desprezar a água potável por líquidos de salubridade suspeita.

Em Doutrina Espírita, pois, seja compreensível afirmar que é certo respeitar tudo e beneficiar sem complicar a cada um de nossos irmãos, onde quer que se encontrem, mas não podemos aceitar tudo e nem abraçar tudo, a fim de podermos estar certos.




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