LUCAS – CAPÍTULO 4 – VERSÍCULO 2
PROGRAMA DE 04/04/2010 e 07/04/2010
2 durante quarenta dias, [e tentado pelo diabo]. Nada comeu nesses dias e, passado esse tempo, teve fome.
No programa dessa semana, apresentaremos a argumentação prodigiosa de Allan Kardec, no que diz respeito a impossibilidade de existir um ser diabólico, anjo decaído, opositor ao Criador, com poderes para tentar e seduzir os homens para o caminho do mal.
a) O LIVRO DOS ESPÍRITOS
“Questão n. 3
Deus é infinito em Suas perfeições”
“Questão n. 13
Deus é eterno. Se tivesse tido princípio, teria saído do nada, ou, então, também teria sido criado, por um ser anterior. É assim que, de degrau em degrau, remontamos ao infinito e à eternidade.
É imutável. Se estivesse sujeito a mudanças, as leis que regem o Universo nenhuma estabilidade teriam.
É imaterial. Quer isto dizer que a sua natureza difere de tudo o que chamamos matéria. De outro modo, ele não seria imutável, porque estaria sujeito às transformações da matéria.
É único. Se muitos Deuses houvesse, não haveria unidade de vistas, nem unidade de poder na ordenação do Universo.
É onipotente. Ele o é, porque é único. Se não dispusesse do soberano poder, algo haveria mais poderoso ou tão poderoso quanto ele, que então não teria feito todas as coisas.
As que não houvesse feito seriam obra de outro Deus.
É soberanamente justo e bom. A sabedoria providencial das leis divinas se revela, assim nas mais pequeninas coisas, como nas maiores, e essa sabedoria não permite se duvide nem da justiça nem da bondade de Deus.”
b) A GÊNESE - Capítulo III – editora CELD
Origem do bem e do mal
“1. Sendo Deus o princípio de todas as coisas, e sendo este princípio todo sabedoria, todo bondade, todo justiça, tudo o que dele procede deve participar desses atributos, uma vez que, o que é infinitamente sábio, justo e bom, não pode produzir nada que seja insensato, mau e injusto. Portanto, o mal que observamos não pode ter sua origem nele.
2. Se o mal estivesse nas atribuições de um ser especial, quer o chamem Arimane ou Satanás, de duas coisas, uma: ou esse ser seria igual a Deus — e, por onseqüência, tão poderoso e de toda a eternidade como ele — ou lhe seria inferior.
No primeiro caso, haveria duas potências rivais, lutando incessantemente, cada uma procurando desfazer o que a outra fizesse, contrariando-se mutuamente.
Esta hipótese é inconciliável com a conformidade que se observa na organização do Universo.
No segundo caso, sendo esse ser inferior a Deus, ser-lhe-ia subordinado. Não podendo existir de toda a eternidade como Deus, sem ser seu igual, ele, teria tido um começo; se foi criado, só pode ter sido por Deus. Deus teria assim criado o espírito do mal, o que seria a negação da bondade infinita.
3. Segundo uma doutrina, o espírito do mal, criado bom, teria se tornado mau, e Deus, para puni-lo, o teria condenado a permanecer eternamente mau, dando-lhe, por missão, seduzir os homens para induzi-los ao mal. Ora, podendo um único erro custar-lhe os mais cruéis castigos pela eternidade, sem esperança de perdão, haveria aqui mais que uma falta de bondade, seria uma crueldade premeditada porque, para tornar a sedução mais fácil, e melhor ocultar a cilada, Satã seria autorizado a se transformar em anjo de luz e a simular as próprias obras de Deus até ao ponto de se enganar. Aí haveria mais iniqüidade e imprevidência da parte de Deus, porque dando a Satã toda a liberdade para sair do império das trevas e de se entregar aos prazeres mundanos, para a eles arrastar os homens, o provocador do mal seria menos punido que as vítimas de suas astúcias, que nelas caem por fraqueza, visto que, uma vez dentro do abismo, dele não conseguem mais sair.
Deus lhes recusa um copo de água para saciar a sede, e durante toda a eternidade escuta, ele e seus anjos, os gemidos dessas vítimas sem se deixar comover, enquanto permite a Satã ter todos os prazeres que deseje.
De todas as doutrinas sobre a teoria do mal, esta é, sem dúvida, a mais irracional e a mais injuriosa para a Divindade. (Ver O Céu e o Inferno, cap. IX, “Os Demônios”.)”
c) A GÊNESE CAP XIII – editora CELD
“16. Admitindo-se que Deus tenha, por motivos que não podemos avaliar, derrogado acidentalmente as leis que ele estabeleceu, essas leis não são mais imutáveis; mas, pelo menos é racional pensar que só ele tem esse poder. Não se poderia admitir, sem lhe negar a onipotência, que seja dado ao espírito do mal desfazer a obra de Deus, fazendo, de sua parte, prodígios para seduzir até mesmo os eleitos, o que implicaria a idéia de um poder igual ao de Deus, contudo, é o que ensinam. Se Satanás tem o poder de interromper o curso das leis naturais, que são obra divina, sem a permissão de Deus, ele é mais poderoso do que Deus, logo Deus não tem a onipotência, e se Deus, como pretendem, delega esse poder a Satanás para induzir mais facilmente os homens ao mal, Deus não teria a soberana bondade. Tanto em um como em outro caso ocorre a negação de um dos atributos sem os quais Deus não seria mais Deus.”
d) A GÊNESE CAP XIV – editora CELD
“12. Assim, tudo se liga, tudo se encadeia no Universo; tudo está submetido à grande e harmoniosa lei de unidade, desde a materialidade mais compacta até a mais pura espiritualidade. A Terra é como um vaso de onde escapa uma fumaça densa que vai se aclarando, à medida que ela se eleva, e cujas partes rarefeitas se perdem no espaço infinito.
A potência divina refulge em todas as partes desse grandioso conjunto e, no entanto, queriam que, para melhor atestar o seu poder, Deus, não satisfeito com o que fez, viesse perturbar essa harmonia! Que se rebaixasse ao papel de mágico por efeitos pueris, dignos de um prestidigitador! E ainda ousam, por acréscimo, dar-lhe o próprio Satanás como seu rival em habilidade! Em verdade, jamais se poderia amesquinhar mais a majestade divina, e ainda se admiram do progresso da incredulidade!”
Ouça os Programas de 4 e 7 de abril de 2010 clicando neste link
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