quarta-feira, 31 de março de 2010

LUCAS – CAPÍTULO 4 – VERSÍCULO 2

PROGRAMA DE 28/03/2010 e 31/03/2010

2 [durante quarenta dias], e tentado pelo diabo. Nada comeu nesses dias e, passado esse tempo, teve fome.

 DURANTE 40 DIAS



Numero de grande significado no Velho Testamento:


- O dilúvio dura quarenta dias (Gên. 7:17);


- Moisés jejua no Sinai, por duas vezes, durante quarenta dias e quarenta noites de cada vez (Deut. 9:9 e 9:18);


- Os israelitas ficam 40 anos a peregrinar pelo deserto (Núm. 14:33) ;


- Elias jejua 40 dias (1 Reis 19:8);


- David e Salomão reinam quarenta anos cada um (1 Reis, 2:11 e 11:42) e outros passos ainda.


- A mulher e o filho – em virtude do sangue do parto – deveriam ficar 40 dias em purificação, comparecendo a Sinagoga ou ao Templo para a cerimônia de purificação, no qual havia o sacrifício de um cordeiro, de duas rolinhas ou pombas.

- Números, 14:34

"Segundo o número dos dias em que espiastes a terra, a saber, QUARENTA dias, levareis sobre vós as vossas iniqüidades por QUARENTA anos, um ano por um dia, e conhecereis a minha oposição."


- Portanto, havia uma correlação com purificação, expiação e aptidão para a Comunhão com Deus através do numero 40, não só referindo-se aos dias, como também aos anos.



Ouça o Programa de 31/03/2010 clicando neste linhk.

LUCAS – CAPÍTULO 4 – VERSÍCULO 2

PROGRAMA DE 28/03/2010 e 31/03/2010

2 [durante quarenta dias], e tentado pelo diabo. Nada comeu nesses dias e, passado esse tempo, teve fome.

 DURANTE 40 DIAS



Numero de grande significado no Velho Testamento:


- O dilúvio dura quarenta dias (Gên. 7:17);


- Moisés jejua no Sinai, por duas vezes, durante quarenta dias e quarenta noites de cada vez (Deut. 9:9 e 9:18);


- Os israelitas ficam 40 anos a peregrinar pelo deserto (Núm. 14:33) ;


- Elias jejua 40 dias (1 Reis 19:8);


- David e Salomão reinam quarenta anos cada um (1 Reis, 2:11 e 11:42) e outros passos ainda.


- A mulher e o filho – em virtude do sangue do parto – deveriam ficar 40 dias em purificação, comparecendo a Sinagoga ou ao Templo para a cerimônia de purificação, no qual havia o sacrifício de um cordeiro, de duas rolinhas ou pombas.

- Números, 14:34

"Segundo o número dos dias em que espiastes a terra, a saber, QUARENTA dias, levareis sobre vós as vossas iniqüidades por QUARENTA anos, um ano por um dia, e conhecereis a minha oposição."


- Portanto, havia uma correlação com purificação, expiação e aptidão para a Comunhão com Deus através do numero 40, não só referindo-se aos dias, como também aos anos.



Ouça o Programa de 31/03/2010 clicando neste linhk.

sábado, 27 de março de 2010

LUCAS - CAPÍTULO 4 - VERSÍCULO 1

1 Jesus, [pleno do Espírito Santo], voltou do Jordão; era conduzido pelo Espírito, através do deserto,


 PLENO DO ESPÍRITO SANTO

Lucas tinha um interesse especial pelo intercâmbio mediúnico, conquanto, a intervenção de “O Espírito” aparece descrita diversas vezes em seus relatos, conforme observaremos nas passagens acerca de Isabel, da anunciação à Maria, de Zacarias, de Simeão, e de Anna. No livro Paulo e Estevão compreenderemos a motivação por tais estudos por parte de Lucas, haja vista que ele testemunhara os fenômenos de materialização luminosa, e de voz direta, que aconteciam intensamente na IGREJA DE ANTIOQUIA, sobretudo por ter podido observar outros fenômenos que ocorreram na presença de Paulo de Tarso, especialmente os de cura.

A Expressão “Pleno do Espírito Santo” desvelava intercâmbio mediúnico. Jesus seria, pois, médium? Pela superioridade de sua natureza espiritual, tinha todas as faculdades psíquicas desenvolvidas em um nível inimaginável, até para a ciência espírita. Nada obstante, em virtude de Sua superioridade sobre todo e qualquer espírito que circunda o orbe da terra, não pode Ser definido como médium, na acepção da palavra, posto que nenhum espírito seria suficientemente evoluído para usá-lo como veículo de comunicação espiritual. Jesus é, no entanto, Médium de Deus, e nesse sentido entenderemos a condição de “Plenitude no Espírito Santo”.

O LIVRO DOS ESPÍRITOS: 625. Qual o tipo mais perfeito que Deus tem oferecido ao homem, para lhe servir de guia e modelo?

“Jesus.” “Para o homem, Jesus constitui o tipo da perfeição moral a que a Humanidade pode aspirar na Terra. Deus no-lo oferece como o mais perfeito modelo e a doutrina que ensinou é a expressão mais pura da lei do Senhor, porque, sendo ele o mais puro de quantos têm aparecido na Terra, o Espírito Divino o animava.”

Livro “O Consolador” – Emmanuel/Chico Xavier: 312 – Como interpretar a afirmativa de João: - “Três são os que fornecem testemunho no céu: o Pai, o Verbo e o Espírito Santo?”.
“-João referia-se ao Criador, a Jesus, que constituía para a Terra a sua mais perfeita personificação, e à legião dos Espíritos redimidos e santificados que cooperam com o Divino Mestre, desde os primeiros dias da organização terrestre, sob a misericórdia de Deus.”

Ademais, não devemos olvidar que “Pleno do Espírito Santo” seria uma expressão de linguagem, significando que Jesus se apresentava ao Seu Ministério sem ocultar a própria condição de Messias prometido. Jesus fora conhecido em sua região apenas como um carpinteiro, doravante, não mais ocultaria Sua condição de Mestre Inigualável.

LUCAS - CAPÍTULO 4 - VERSÍCULO 1

1 Jesus, [pleno do Espírito Santo], voltou do Jordão; era conduzido pelo Espírito, através do deserto,


 PLENO DO ESPÍRITO SANTO

Lucas tinha um interesse especial pelo intercâmbio mediúnico, conquanto, a intervenção de “O Espírito” aparece descrita diversas vezes em seus relatos, conforme observaremos nas passagens acerca de Isabel, da anunciação à Maria, de Zacarias, de Simeão, e de Anna. No livro Paulo e Estevão compreenderemos a motivação por tais estudos por parte de Lucas, haja vista que ele testemunhara os fenômenos de materialização luminosa, e de voz direta, que aconteciam intensamente na IGREJA DE ANTIOQUIA, sobretudo por ter podido observar outros fenômenos que ocorreram na presença de Paulo de Tarso, especialmente os de cura.

A Expressão “Pleno do Espírito Santo” desvelava intercâmbio mediúnico. Jesus seria, pois, médium? Pela superioridade de sua natureza espiritual, tinha todas as faculdades psíquicas desenvolvidas em um nível inimaginável, até para a ciência espírita. Nada obstante, em virtude de Sua superioridade sobre todo e qualquer espírito que circunda o orbe da terra, não pode Ser definido como médium, na acepção da palavra, posto que nenhum espírito seria suficientemente evoluído para usá-lo como veículo de comunicação espiritual. Jesus é, no entanto, Médium de Deus, e nesse sentido entenderemos a condição de “Plenitude no Espírito Santo”.

O LIVRO DOS ESPÍRITOS: 625. Qual o tipo mais perfeito que Deus tem oferecido ao homem, para lhe servir de guia e modelo?

“Jesus.” “Para o homem, Jesus constitui o tipo da perfeição moral a que a Humanidade pode aspirar na Terra. Deus no-lo oferece como o mais perfeito modelo e a doutrina que ensinou é a expressão mais pura da lei do Senhor, porque, sendo ele o mais puro de quantos têm aparecido na Terra, o Espírito Divino o animava.”

Livro “O Consolador” – Emmanuel/Chico Xavier: 312 – Como interpretar a afirmativa de João: - “Três são os que fornecem testemunho no céu: o Pai, o Verbo e o Espírito Santo?”.
“-João referia-se ao Criador, a Jesus, que constituía para a Terra a sua mais perfeita personificação, e à legião dos Espíritos redimidos e santificados que cooperam com o Divino Mestre, desde os primeiros dias da organização terrestre, sob a misericórdia de Deus.”

Ademais, não devemos olvidar que “Pleno do Espírito Santo” seria uma expressão de linguagem, significando que Jesus se apresentava ao Seu Ministério sem ocultar a própria condição de Messias prometido. Jesus fora conhecido em sua região apenas como um carpinteiro, doravante, não mais ocultaria Sua condição de Mestre Inigualável.

LUCAS - CAPÍTULO 4 - INTRODUÇÃO

INTRODUÇÃO


 Conforme encontraremos no livro PAULO E ESTEVÃO, de Emmanuel/Chico Xavier, Lucas foi enviado por Paulo – que se encontrava numa prisão em Cesaréia - para Éfeso, a fim de efetivar o antigo projeto de Paulo, e escrever um evangelho:

“À vista disso, embora respeitado pela franqueza e lealdade, Paulo houve de amargar dois anos de reclusão em Cesaréia, tempo esse aproveitado em relações constantes com as suas igrejas bem-amadas. Inumeráveis mensagens iam e vinham, trazendo consultas e levando pareceres e instruções.

A esse tempo, o ex-doutor de Jerusalém chamou a atenção de Lucas para o velho projeto de escrever uma biografia de Jesus, valendo-se das informações de Maria; lamentou não poder ir a Éfeso, incumbindo-o desse trabalho, que reputava de capital importância para os adeptos do Cristianismo, O médico amigo satisfez-lhe integralmente o desejo, legando à posteridade o precioso relato da vida do Mestre, rico de luzes e esperanças divinas.

Terminadas as anotações evangélicas, o espírito dinâmico do Apóstolo da gentilidade encareceu a necessidade de um trabalho que fixasse as atividades apostólicas logo após a partida do Cristo, para que o mundo conhecesse as gloriosas revelações do Pentecostes, e assim se originou o magnífico relatório de Lucas, que é — Atos dos Apóstolos.”

Livro “PAULO E ESTEVÃO “ – capítulo “O Martírio em Jerusalém”- Emmanuel/Francisco Cândido Xavier

 Lucas procedeu, pois, a uma averiguação, conversando com a Mãe de Jesus, com testemunhas oculares, agregando as informações investigadas aos ensinos que já houvera obtido com Barbabé, Simão Pedro, João, Filipe, e próprio Paulo.

 Nenhum deles presenciou o período de retiro de Jesus no deserto da Judéia. Toda informação viera da tradição oral, a partir da qual fora compilada nos evangelhos.

 Pela simbologia que trazem, e lições importantes, Lucas julgou necessário inseri-las em seus relatos.

 Lucas fizera uma HARMONIZAÇÃO dos conteúdos que estão nos relatos de Marcos (40 dias de tentações), e Mateus (três tentações após 40 dias de jejum)







Imagens das ruínas de Cesaréia Marítima (dias auais), sede do governo Romano na Província da Judéia ao tempo de Jesus.

LUCAS - CAPÍTULO 4 - INTRODUÇÃO

INTRODUÇÃO


 Conforme encontraremos no livro PAULO E ESTEVÃO, de Emmanuel/Chico Xavier, Lucas foi enviado por Paulo – que se encontrava numa prisão em Cesaréia - para Éfeso, a fim de efetivar o antigo projeto de Paulo, e escrever um evangelho:

“À vista disso, embora respeitado pela franqueza e lealdade, Paulo houve de amargar dois anos de reclusão em Cesaréia, tempo esse aproveitado em relações constantes com as suas igrejas bem-amadas. Inumeráveis mensagens iam e vinham, trazendo consultas e levando pareceres e instruções.

A esse tempo, o ex-doutor de Jerusalém chamou a atenção de Lucas para o velho projeto de escrever uma biografia de Jesus, valendo-se das informações de Maria; lamentou não poder ir a Éfeso, incumbindo-o desse trabalho, que reputava de capital importância para os adeptos do Cristianismo, O médico amigo satisfez-lhe integralmente o desejo, legando à posteridade o precioso relato da vida do Mestre, rico de luzes e esperanças divinas.

Terminadas as anotações evangélicas, o espírito dinâmico do Apóstolo da gentilidade encareceu a necessidade de um trabalho que fixasse as atividades apostólicas logo após a partida do Cristo, para que o mundo conhecesse as gloriosas revelações do Pentecostes, e assim se originou o magnífico relatório de Lucas, que é — Atos dos Apóstolos.”

Livro “PAULO E ESTEVÃO “ – capítulo “O Martírio em Jerusalém”- Emmanuel/Francisco Cândido Xavier

 Lucas procedeu, pois, a uma averiguação, conversando com a Mãe de Jesus, com testemunhas oculares, agregando as informações investigadas aos ensinos que já houvera obtido com Barbabé, Simão Pedro, João, Filipe, e próprio Paulo.

 Nenhum deles presenciou o período de retiro de Jesus no deserto da Judéia. Toda informação viera da tradição oral, a partir da qual fora compilada nos evangelhos.

 Pela simbologia que trazem, e lições importantes, Lucas julgou necessário inseri-las em seus relatos.

 Lucas fizera uma HARMONIZAÇÃO dos conteúdos que estão nos relatos de Marcos (40 dias de tentações), e Mateus (três tentações após 40 dias de jejum)







Imagens das ruínas de Cesaréia Marítima (dias auais), sede do governo Romano na Província da Judéia ao tempo de Jesus.

domingo, 14 de março de 2010

TENTAÇÃO NO DESERTO - Exegese de Allan Kardec

Exegese de Allan Kardec contida em “A Gênese”, cap. XV.


52. - Jesus, transportado pelo diabo ao pináculo do Templo, depois ao cume de uma montanha e por ele tentado, constitui uma daquelas parábolas que lhe eram familiares e que a credulidade pública transformou em fatos materiais.


Nota de Allan Kardec: “A explicação que se segue foi tirada textualmente de um ensino dado a este respeito por um Espírito.”


53. - «Jesus não foi arrebatado. Ele apenas quis fazer que os homens compreendessem que a Humanidade se acha sujeita a falir e que deve estar sempre em guarda contra as más inspirações a que, pela sua natureza fraca, é impelida a ceder. A tentação de Jesus é, pois, uma figura e fora preciso ser cego para tomá-la ao pé da letra. Como pretenderíeis que o Messias, o Verbo de Deus encarnado, tenha estado submetido, por algum tempo, embora muito curto fosse este, às sugestões do demônio e que, como o diz o Evangelho de Lucas, o demônio o houvesse deixado por algum tempo, o que daria a supor que o Cristo continuou submetido ao poder daquela entidade? Não; compreendei melhor os ensinos que vos foram dados. O Espírito do mal nada poderia sobre a essência do bem. Ninguém diz ter visto Jesus no cume da montanha, nem no pináculo do Templo. Certamente, tal fato teria sido de natureza a se espalhar por todos os povos. A tentação, portanto, não constituiu um ato material e físico. Quanto ao ato moral, admitiríeis que o Espírito das trevas pudesse dizer àquele que conhecia sua própria origem e o seu poder: «Adora-me, que te darei todos os reinos da Terra?» Desconheceria então o demônio aquele a quem fazia tais oferecimentos? Não é provável. Ora, se o conhecia, suas propostas eram uma insensatez, pois ele não ignorava que seria repelido por aquele que viera destruir-lhe o império sobre os homens.


«Compreendei, portanto, o sentido dessa parábola, que outra coisa aí não tendes, do mesmo modo que nos casos do Filho Pródigo e do Bom Samaritano. Aquela mostra os perigos que correm os homens, se não resistem à voz íntima que lhes clama sem cessar: «Podes ser mais do que és; podes possuir mais do que possuis; podes engrandecer-te, adquirir muito; cede à voz da ambição e todos os teus desejos serão satisfeitos.» Ela vos mostra o perigo e o meio de o evitardes, dizendo às más inspirações: Retira-te, Satanás ou, por outras palavras: Vai-te, tentação!


«As duas outras parábolas que lembrei mostram o que ainda pode esperar aquele que, por muito fraco para expulsar o demônio, lhe sucumbiu às tentações. Mostram a misericórdia do pai de família, pousando a mão sobre a fronte do filho arrependido e concedendo-lhe, com amor, o perdão implorado.


Mostram o culpado, o cismático, o homem repelido por seus irmãos, valendo mais, aos olhos do Juiz Supremo, do que os que o desprezam, por praticar ele as virtudes que a lei de amor ensina.


«Pesai bem os ensinamentos que os Evangelhos contêm; sabei distinguir o que ali está em sentido próprio, ou em sentido figurado, e os erros que vos hão cegado durante tanto tempo se apagarão pouco a pouco, cedendo lugar à brilhante luz da Verdade.»


- João Evangelista, Bordéus, 1862.


ALLAN KARDEC, In: A GÊNESE, capítulo XV, itens 52 e 53.

TENTAÇÃO NO DESERTO - Exegese de Allan Kardec

Exegese de Allan Kardec contida em “A Gênese”, cap. XV.


52. - Jesus, transportado pelo diabo ao pináculo do Templo, depois ao cume de uma montanha e por ele tentado, constitui uma daquelas parábolas que lhe eram familiares e que a credulidade pública transformou em fatos materiais.


Nota de Allan Kardec: “A explicação que se segue foi tirada textualmente de um ensino dado a este respeito por um Espírito.”


53. - «Jesus não foi arrebatado. Ele apenas quis fazer que os homens compreendessem que a Humanidade se acha sujeita a falir e que deve estar sempre em guarda contra as más inspirações a que, pela sua natureza fraca, é impelida a ceder. A tentação de Jesus é, pois, uma figura e fora preciso ser cego para tomá-la ao pé da letra. Como pretenderíeis que o Messias, o Verbo de Deus encarnado, tenha estado submetido, por algum tempo, embora muito curto fosse este, às sugestões do demônio e que, como o diz o Evangelho de Lucas, o demônio o houvesse deixado por algum tempo, o que daria a supor que o Cristo continuou submetido ao poder daquela entidade? Não; compreendei melhor os ensinos que vos foram dados. O Espírito do mal nada poderia sobre a essência do bem. Ninguém diz ter visto Jesus no cume da montanha, nem no pináculo do Templo. Certamente, tal fato teria sido de natureza a se espalhar por todos os povos. A tentação, portanto, não constituiu um ato material e físico. Quanto ao ato moral, admitiríeis que o Espírito das trevas pudesse dizer àquele que conhecia sua própria origem e o seu poder: «Adora-me, que te darei todos os reinos da Terra?» Desconheceria então o demônio aquele a quem fazia tais oferecimentos? Não é provável. Ora, se o conhecia, suas propostas eram uma insensatez, pois ele não ignorava que seria repelido por aquele que viera destruir-lhe o império sobre os homens.


«Compreendei, portanto, o sentido dessa parábola, que outra coisa aí não tendes, do mesmo modo que nos casos do Filho Pródigo e do Bom Samaritano. Aquela mostra os perigos que correm os homens, se não resistem à voz íntima que lhes clama sem cessar: «Podes ser mais do que és; podes possuir mais do que possuis; podes engrandecer-te, adquirir muito; cede à voz da ambição e todos os teus desejos serão satisfeitos.» Ela vos mostra o perigo e o meio de o evitardes, dizendo às más inspirações: Retira-te, Satanás ou, por outras palavras: Vai-te, tentação!


«As duas outras parábolas que lembrei mostram o que ainda pode esperar aquele que, por muito fraco para expulsar o demônio, lhe sucumbiu às tentações. Mostram a misericórdia do pai de família, pousando a mão sobre a fronte do filho arrependido e concedendo-lhe, com amor, o perdão implorado.


Mostram o culpado, o cismático, o homem repelido por seus irmãos, valendo mais, aos olhos do Juiz Supremo, do que os que o desprezam, por praticar ele as virtudes que a lei de amor ensina.


«Pesai bem os ensinamentos que os Evangelhos contêm; sabei distinguir o que ali está em sentido próprio, ou em sentido figurado, e os erros que vos hão cegado durante tanto tempo se apagarão pouco a pouco, cedendo lugar à brilhante luz da Verdade.»


- João Evangelista, Bordéus, 1862.


ALLAN KARDEC, In: A GÊNESE, capítulo XV, itens 52 e 53.

TENTAÇÃO NO DESERTO - Imagens do Deserto da Judéia






TENTAÇÃO NO DESERTO - Imagens do Deserto da Judéia






sexta-feira, 12 de março de 2010

AUTOCONTROLE COM JESUS

Como parte do processo de evolução intelecto-moral, em nossas vidas seguramente haverá situações críticas, algumas com grave ameaça a nossa integridade física, emocional ou moral. Faz-se imperativo, pois, estarmos preparados para tais momentos, para que o equilíbrio prevaleça diante das vicissitudes.



O autocontrole – na visão da “Inteligência Emocional”- é uma capacidade de controlar, e redirecionar, impulsos e estados de espírito perturbadores. Nas situações nuviosas, faz-se condição essencial para a manutenção da harmonia interior, facultando o enfrentamento dos desafios e a superação das crises.




Lembremos sempre Jesus, que conforme a resposta à questão 625 de O Livro dos Espíritos, “para o homem representa o tipo da perfeição moral a que a humanidade pode aspirar na terra”.




Achava-se o Dileto Amigo nas suas últimas horas de vida na terra, tendo ido ao Monte das Oliveiras para aguardar os momentos de pungente dor que se sucederiam, e na companhia de seus discípulos buscava a oração, a vigilância, em Comunhão com Deus. De acordo com o evangelista Lucas, ajoelhou-se e orou. Portador de incomparável presciência, já antevia o sofrimento excruciante que lhe estaria reservado: a traição do amado amigo Judas, a prisão violenta pelos guardas do Templo de Jerusalém, a injustiça a que seria submetido em três tribunais corrompidos e ilegais, o abandono dos discípulos, as calúnias e as ofensas vociferadas por perseguidores cruéis, as dores da flagelação com o conseqüente choque hemorrágico, e a morte por asfixia numa cruz infame.




De acordo com o evangelho de Lucas (que era médico), Jesus agonizava nesse momento crucial, e sofria uma abundante transpiração misturada em sangue: “E, estando em agonia, orava mais intensamente. E aconteceu que o seu suor se tornou como gotas de sangue caindo sobre a terra” (Lucas cap. 22:44).




A ciência médica possui estudos desse fenômeno – a hemohidrose – no qual ocorre uma rotura dos vasos arteriais que suprem e envolvem as glândulas sudoríparas, causando a combinação da transpiração com o sangue proveniente das arteríolas rotas, tendo como causa uma severa descarga adrenérgica na circulação sanguínea. As situações de grande angústia e estresse são os fatores desencadeantes desse evento, conforme publicações médicas sobre o assunto estudando o mesmo fenômeno em americanos condenados à pena capital, justamente nos momentos que antecederam a sua execução. Tem por conseqüência um estado de choque.
Malgrado, Jesus apresenta-nos inolvidável exemplo de autocontrole e superação. Sobrepujando um estado físico já muito comprometido pela própria hemohidrose, busca na prece a Comunhão com Deus, e corajosamente levanta-se em direção a superação dos ásperos momentos que se seguiram: apresenta-se aos seus perseguidores impiedosos, docilmente cumprindo as injustas determinações das autoridades locais, protege os seus discípulos de uma condenação semelhante, controla uma iminente revolução por parte do povo que O amava e O defenderia em Jerusalém, aceita humildemente o flagrun e a crucificação, na hora derradeira confortando seus amigos e perdoando aos agressores, por fim doando a própria vida para alcançar e conquistar o coração enregelado de seus verdugos, e de toda humanidade.




Porquanto, nas pelejas árduas de nossas vidas, deixemo-nos arrebatar pelo Cordeirinho de Deus, para que Sua vida sirva-nos de inspiração e de bússola para a manutenção do autocontrole que logra a vitória do bem.


Um abraço fraternal do seu amigo Fabiano Nunes

AUTOCONTROLE COM JESUS

Como parte do processo de evolução intelecto-moral, em nossas vidas seguramente haverá situações críticas, algumas com grave ameaça a nossa integridade física, emocional ou moral. Faz-se imperativo, pois, estarmos preparados para tais momentos, para que o equilíbrio prevaleça diante das vicissitudes.



O autocontrole – na visão da “Inteligência Emocional”- é uma capacidade de controlar, e redirecionar, impulsos e estados de espírito perturbadores. Nas situações nuviosas, faz-se condição essencial para a manutenção da harmonia interior, facultando o enfrentamento dos desafios e a superação das crises.




Lembremos sempre Jesus, que conforme a resposta à questão 625 de O Livro dos Espíritos, “para o homem representa o tipo da perfeição moral a que a humanidade pode aspirar na terra”.




Achava-se o Dileto Amigo nas suas últimas horas de vida na terra, tendo ido ao Monte das Oliveiras para aguardar os momentos de pungente dor que se sucederiam, e na companhia de seus discípulos buscava a oração, a vigilância, em Comunhão com Deus. De acordo com o evangelista Lucas, ajoelhou-se e orou. Portador de incomparável presciência, já antevia o sofrimento excruciante que lhe estaria reservado: a traição do amado amigo Judas, a prisão violenta pelos guardas do Templo de Jerusalém, a injustiça a que seria submetido em três tribunais corrompidos e ilegais, o abandono dos discípulos, as calúnias e as ofensas vociferadas por perseguidores cruéis, as dores da flagelação com o conseqüente choque hemorrágico, e a morte por asfixia numa cruz infame.




De acordo com o evangelho de Lucas (que era médico), Jesus agonizava nesse momento crucial, e sofria uma abundante transpiração misturada em sangue: “E, estando em agonia, orava mais intensamente. E aconteceu que o seu suor se tornou como gotas de sangue caindo sobre a terra” (Lucas cap. 22:44).




A ciência médica possui estudos desse fenômeno – a hemohidrose – no qual ocorre uma rotura dos vasos arteriais que suprem e envolvem as glândulas sudoríparas, causando a combinação da transpiração com o sangue proveniente das arteríolas rotas, tendo como causa uma severa descarga adrenérgica na circulação sanguínea. As situações de grande angústia e estresse são os fatores desencadeantes desse evento, conforme publicações médicas sobre o assunto estudando o mesmo fenômeno em americanos condenados à pena capital, justamente nos momentos que antecederam a sua execução. Tem por conseqüência um estado de choque.
Malgrado, Jesus apresenta-nos inolvidável exemplo de autocontrole e superação. Sobrepujando um estado físico já muito comprometido pela própria hemohidrose, busca na prece a Comunhão com Deus, e corajosamente levanta-se em direção a superação dos ásperos momentos que se seguiram: apresenta-se aos seus perseguidores impiedosos, docilmente cumprindo as injustas determinações das autoridades locais, protege os seus discípulos de uma condenação semelhante, controla uma iminente revolução por parte do povo que O amava e O defenderia em Jerusalém, aceita humildemente o flagrun e a crucificação, na hora derradeira confortando seus amigos e perdoando aos agressores, por fim doando a própria vida para alcançar e conquistar o coração enregelado de seus verdugos, e de toda humanidade.




Porquanto, nas pelejas árduas de nossas vidas, deixemo-nos arrebatar pelo Cordeirinho de Deus, para que Sua vida sirva-nos de inspiração e de bússola para a manutenção do autocontrole que logra a vitória do bem.


Um abraço fraternal do seu amigo Fabiano Nunes